Febo Moniz de Lusignan, reposteiro-mor

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 Nota: Para o neto homónimo, veja Febo Moniz de Lusignan.
Febo Moniz de Lusignan, reposteiro-mor

Febo Moniz de Lusignan, F.C.R., também chamado Febo Moniz, moço fidalgo da Casa de El-Rei D. João II e cavaleiro da Ordem de Cristo,[1] foi um nobre português, mestre de sala (1498),[2] reposteiro-mor de D. Manuel[3] e vereador da cidade de Lisboa.

D. Jaime, Duque de Bragança deu-lhe a alcaidaria-mor de Arraiolos, e já era alcaide-mor em 1492. Mas que a deixa pela incompatibilidade de servir simultaneamente a Casa de Bragança e a Casa Real.[4]

Em 1498, o rei D. Manuel ̟parte para Casteia a fazer-se jurar novo casamento e na sua comitiva ia Febo Moniz como mestre sala e no ano de 1506 já servia de reposteiro-mór.[5]

Documentado como vereador de Lisboa em alvarás reais de 2 e 12 de Janeiro de 1502, com o título de Fidalgo da Casa Real, ao ser encarregado por D. Manuel do alargamento da Porta do Ferro da mesma cidade, e da via pública onde ela estava situada.[6]

Era filho de Vasco Gil Moniz e Leonor de Lusignan, filha esta de Febo de Lusignan, senhorio de Saida.

Em 1496 Febo Moniz casou com D. Catarina da Cunha, aia da Duqueza de Bragança D. Isabel, que era filha do Gonçalo Correia, senhor do couto de Farelães, e de sua mulher D. Margarida do Prado.[7]

De sua mulher deixou os seguintes filhos:

  • Jerónimo Moniz
  • Gil Aires Moniz, que faleceu em criança,
  • António Moniz que foi progenitor de vários ramos de Monizes, cruzados com os Pereiras, Patos, Cunhas, da vila de Alcochete, com basta descendência.[8]

Foi avô de Febo Moniz de Lusignan.

Referências

  1. Capela da Piedade na Antiga Igreja do Carmo em Lisboa, Conde de São Payo (D. António), Trabalhos da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Junta de Educação Nacional, Lisboa, 1934, Vol. I, pág. 161
  2. Naquele ano porém de 1497 já Febos Monis havia passado ao serviço da rainha D. Isabel, que em fins de Setembro casara com D. Manuel. Junto a estes régios esposos, exercendo o ofício de mestre sala, partiu Febos na sua comitiva, quando foram a ser jurados príncipes herdeiros de Castela e Aragão "Brasões da Sala de Sintra", Anselmo Braancamp Freire, Livro terceiro, Coimbra, 1921, pág. 64
  3. Cardoso 2009, p. 429
  4. Capela da Piedade na Antiga Igreja do Carmo em Lisboa, Conde de São Payo (D. António), Trabalhos da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Junta de Educação Nacional, Lisboa, 1934, Vol. I, pág. 162 e 163
  5. Capela da Piedade na Antiga Igreja do Carmo em Lisboa, Conde de São Payo (D. António), Trabalhos da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Junta de Educação Nacional, Lisboa, 1934, Vol. I, pág. 163
  6. Herculano 1981, p. 182
  7. Capela da Piedade na Antiga Igreja do Carmo em Lisboa, Conde de São Payo (D. António), Trabalhos da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Junta de Educação Nacional, Lisboa, 1934, Vol. I, pág. 161 e 162
  8. Capela da Piedade na Antiga Igreja do Carmo em Lisboa, Conde de São Payo (D. António), Trabalhos da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Junta de Educação Nacional, Lisboa, 1934, Vol. I, pág. 164

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Cardoso, Jerónimo (2009), Obra literária: Poesia latina, ISBN 9789898074928, Imprensa da Univ. de Coimbra 
  • Herculano, Alexandre (1981), Vitorino Nemésio; António C. Lucas, eds., Lendas e narrativas, 1–2, Livraria Bertrand 
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