Fleboscopia por transluminação

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Introdução[editar | editar código-fonte]

O emprego da transluminação venosa teve inicio quando o medico cirurgião brasileiro Pedro Fernandes Neto, criou um transluminador e utilizou o mesmo para o diagnóstico das enfermidades venosas dos membros inferiores em 1992.

Historia[editar | editar código-fonte]

Em 1989, Blanchemaison e Gorny descrevem suas experiências sobre Angioscopia, e que foi divulgado na Phebologie de 1990,43,543-550, sobre o título “Angioscopie ET traitement chirugical dês varices du territore de La veine safhene externe”. Essa abordagem abriu caminho para as técnicas das ligaduras endoscópicas de perfurantes, que tentaram substituir a cirurgia de Linton para a cura da IVC. Em 1993 Gradman divulgou sua experiência, com a fleboscopia venosa endoscópica retrograda e um estudo detalhado sobre as válvulas da safena interna e origem das perfurantes. Estudou também através desta técnica de “endoscopia venosa”, os vários tipos de refluxo safeno-femoral. Em 1998 foi dado inicio ao emprego da transluminação superficial, incentivado por esses estudos de Blanchemaison e Gradman e pelos e pelos achados de Godart com o emprego da transluminação em estudos experimentais em Linfáticos. Em 2001, foi apresentado o primeiro trabalho sobre Transluminação do Sistema Venoso Superficial, no XXIV Congresso Brasileiro de Angiologia no Rio de Janeiro. O emprego da Fleboscopia por Transluminação, durante as ligaduras de perfurantes se tornavauma tecnica mais simples que os procedimentos endoscópicos com a utilização de fibroscópios. A cirurgia de Linton caia em desuso. A Angioscopia, Fibroscopia Endoscópica, Epiluminação, Venografia e Fleboscopia por Transluminação foram caracterizados como técnicas distintas, de acordo com o processo a ser aplicado. Portanto a transluminação é mais uma técnica não invasiva que procura ocupar um lugar de destaque no momento atual e com o tempo, a mesma se tornara uma ferramenta imprescindivel para o diagnóstico das doenças venosas dos membros inferiores.As cores observadas pela nossa visão durante uma varredura pelo transluminador variam na impressão do vermelho ao verde–amarelo na epiluminação, enquanto o segmento venoso é visto em escala cinza ou na cor azul escura, destacado pela sombra. As modificações nos ângulos de incidências da fonte, a intensidade luminosa associado à pressão que projetamos sobre a região, modulam e decodificam (transforma) a cor branca, nos espectros acima referidos. A análise do histograma de cores é outra ferramenta importante, porque pode indicar a maior ou menor saturação do sangue nesses segmentos.

Aspectos técnicos[editar | editar código-fonte]

Nossa Visão como instrumento para o diagnóstico pela transluminação.[editar | editar código-fonte]

Adaptar nossa visão a uma seqüência de alterações de luminâncias, é uma das práticas que deve ser treinada para quem quer começar a usar a fleboscopia por transluminação. A fotosensibilidade do globo ocular difere entre as espécies. A mesma é processada através das células denominadas cones e bastonetes, que transcodificam as cores vermelha, azul e verde nas demais. Os bastonetes estão localizados na periferia de nossa retina e atua como "visão periférica" com uma rapidez infinita o que faz com que os cones realizem as interpretações das cores através de sinais elétricos produzidos quimicamente por sua fotosensibilidade. Como a transluminação venosa é realizada mais no escuro, dependemos dos bastonetes por serem células fotoreceptoras da retina que conseguem funcionar com níveis de luminosidade baixos. São responsáveis pela visão noturna Há estudos recentes que demonstram características individuais que diferenciam um indivíduo de outro em relação à sensibilidade de ver um objeto, uma cor ou a configuração estrutural do mesmo. Esse fato pode estar relacionado à quantidade dessas células entre um indivíduo e outro. Por outro lado, há quem relacione a visão a um processo em que, a informação que vem dos nossos olhos converge com a que vem “das nossas memórias”. ”Vemos o mundo de acordo com a maneira como o nosso cérebro o organiza”. Visão é portanto, a captura de freqüências do espectro eletro magnético da luz, que nosso cérebro interpreta e decodifica em formas e cores do espectro visível. O que acontece acima do violeta ou abaixo do vermelho, acima da imagem 3D ou abaixo do universo unidimensional, não se sabe. Surgem de repente duas perguntas, sobre essas questões: Como seria a nossa “visão do mundo” se não existisse as células fotossensíveis da nossa retina? Como o homem interpretaria o mundo em que vive se não existisse o sentido da visão em sua espécie desde o nascimento. Somente como exemplo, uma pequena abordagem a ser considerada, é a respeito do daltonismo, que se trata de uma pequena alteração na fotosensibilidade e que poderia atingir um operador de imagens que ficaria limitado nas distinções das cores e também durante uma visão de imagens transluminadas, não saberia distinguir nem artefatos nem a poluição luminosa.

Os novos modelos de transluminadores a serem desenvolvidos devem aprimorar as fontes de emissão luminosa e elaborar um software que auxilie o operador. Finalizando essa abordagem, volto a filosofar que é através da nossa visão que mantemos o primeiro contato relativo a um quadro mórbido e então empregamos as nossas habilidades para realizar o diagnostico. Não o diagnóstico dito de ‘relance’, mais o que aflora da nossa sensibilidade e experiência. Não é por nada que se diz, que o médico além de ser dotado do olho clínico, tem a visão de um profeta e a sensibilidade de um artista. No final desse livro voltaremos a falar sobre esses paradigmas.

Sumario[editar | editar código-fonte]

Por ser uma técnica simples é que utiliza instrumentos não sofisticados, a transluminação venosa ainda não ocupou o lugar que deveria ter como um meio auxiliar para o disgnóstico objetivo das alterações do sistema venoso superficial, assim é que as redes de pequenas varizes, denominadas comunicantes, são melhor estudadas por essa técnica, inclusive auxiliando o Doppler que não consegue fazer o mesmo.

Referencias Bibliográficas[editar | editar código-fonte]

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