Fonte tipográfica

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 Nota: Para outros significados, veja Fonte.

Uma fonte tipográfica (também chamada de tipo ou, simplesmente, fonte) é um padrão, variedade ou coleção de caracteres tipográficos com o mesmo desenho ou atributos e, por vezes, com o mesmo tamanho (corpo). Assim, dizemos fonte Garamond, fonte Arial, fonte Baskerville, ou fonte negrita, fonte itálica. A utilização do anglicismo fonte com o sentido de tipo se deve principalmente à disseminação desde a década de 80 por usuários de computadores anglicizados e por programas Microsoft adaptados para o português, a partir do termo inglês font (do latim fundita, do verbo fundere, fundir), que tem uma origem diversa da origem da palavra fonte do português (do latim fons, fontis, à qual corresponde fount ou fountain em inglês). Embora o processador de texto Microsoft Word e NÃO SÓ na versão portuguesa de Portugal use a expressão "tipo de letra" (que é o mais correto em Português) em vez de fonte, as duas nomenclaturas são perfeitamente aceitas e corretas, sendo o termo fonte, em particular, muito mais usado e difundido no Português do Brasil.

A expressão fonte tipográfica é eventualmente usada como um sinónimo de família tipográfica. A família tipográfica, porém, é geralmente descrita como um conjunto de variações de determinada fonte (negrito, itálico, versalete, etc.).

História

Antes da tipografia digital não havia confusão entre fonte (que não era usada em português de Portugal) e família tipográfica. No passado, onde e quando era usada, fonte era uma referência de peso ou quantidade de tipos. Além disso, cada conjunto de um determinado corpo (tamanho) de tipo era adquirido separadamente, isso valia também para as variações do tipo (itálico, versalete, etc.).

Hoje, quando alguém adquire uma determinada família tipográfica, na maioria dos casos, está adquirindo um arquivo digital com todos os possíveis corpos (tamanhos) e muitas vezes as variações do tipo também. Isso se deve ao fato dos tipos digitais serem vetoriais, portanto, escalonáveis, ou seja, não é necessário produzir cada corpo do tipo.

É curioso que a palavra fonte, onde era usada, tenha sobrevivido à mudança tecnológica, isso talvez se deva ao fato de que nem sempre uma fundidora de tipos digitais ofereça todas as variações de uma determinada família em apenas um conjunto. Por exemplo, uma versão versalete pode não pertencer a um conjunto de uma determinada família. Logo seria necessário adquirir a "fonte versalete" daquela família separadamente.

Portanto, a princípio, a fonte ou, mais corretamente, o tipo de letra, refere-se apenas a cada conjunto, mesmo que incompleto, de uma família tipográfica. Mas como isso não tem a mesma importância que já teve o termo fonte tem sido usado como sinônimo de família, pois a maioria dos tipos não existe mais fisicamente.

Anatomia do tipo de letra

Tipógrafos desenvolveram um vocabulário compreensivo para descrever os muitos aspectos de tipos de fontes e tipografia. Alguns vocabulários aplicam-se apenas a um subconjunto de todas as escritas. Serifas, por exemplo, são uma característica puramente decorativa dos tipos de letra usadas para escritos europeus, enquanto que os glifos usados em escritos árabes e no leste asiático possuem características (como largura do traço) que podem ser similares em alguns aspectos mas não podem ser razoavelmente chamados de serifas e podem não ser puramente decorativos.

Serifas

Fonte sem serifa
Fonte serifa
Fonte serifa com serifas
realçadas em vermelho

Os tipos de letra podem ser dividido em duas categorias principais: serifa e sem serifa. Serifas incluem os pequenos elementos nas extremidades de "derrames" dentro das letras. A indústria de impressão refere-se aos tipos de fonte sem serifa como sans serif (do francês sans, significando sem), ou como grotesque (ou, em alemão, grotesk).

Ver também

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