João Maria Viegas

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João Maria Viegas
Nascimento 27 de julho de 1930 (93 anos)
Morte 17 de julho de 2013 (82 anos)
Nacionalidade português(esa)
Ocupação etnógrafo, autor
Principais trabalhos Zumba na caneca, O chico pinguinhas

João Maria Viegas, Salvaterra de Magos, 27 de Julho de 193017 de Julho de 2013), foi um etnógrafo português.

João Viegas foi desde sempre um apaixonado pelo estudo do folclore e do cancioneiro tradicional português, trabalhou durante vinte anos na radio Ribatejo onde apresentou o programa "Onda Matinal" no final dos anos 60 neste programa matinal entrevista aquela que mais tarde viria a ser sua mulher, a conhecida cantora Tonicha.

A par com a radio João Viegas também apresentou na RTP programas relacionados com a sua área de estudo a etnografia e colaborou em várias editoras discográficas.

Contemporâneo e amigo de Alves Redol também este ribatejano e apaixonado pela cultura popular, recolheram junto da população a sua sabedoria que nunca havia sido registada, Alves Redol escreveu o cancioneiro Ribatejano e João Viegas convenceu Tonicha sua mulher a cantar as canções que até então pertenciam ao registo oral. O êxito foi surpreendente, as canções, a alma de um povo cantadas por uma voz cristalina. Juntos deram uma nova vida às canções tradicionais.

A Etnografia portuguesa fica a dever muito a João Viegas, sem a paixão deste pelo folclore português muitas canções que hoje são intemporais e conhecidas de todos ficariam por registar e teriam sido esquecidas, é o caso de "zumba na caneca", "O vira dos malmequeres", "O mar enrola n'areia", e tantas outras cantadas por Tonicha ao longo de um trabalho conjunto de 50 anos[1].

João Viegas também é autor de varias canções, os seus textos reflectem também a sua paixão pelos costumes genuínos do povo como podemos ver na Canção "esta festa portuguesa" - "Lá vai o povo/ a caminho da charneca /cantando em grupo as cantigas do passado/ levam na mão o ancinho e o arado/cantando em coro/ as cantigas do passado... " Esta canção é bem ilustrativa do trabalho deste autor que guardou e registou nas suas palavras um Portugal que já não existe, através da sua obra as gerações futuras poderão conhecer a alma e a vida do povo português no virar do milénio.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Morreu marido de Tonicha». Vidas. 2013. Consultado em 2 de Junho de 2014. Arquivado do original em 1 de junho de 2014 

↑ Pedro Osório. memórias irrisórias com algumas glorias. [S.l.]: discofilo, 1999. 215 p.

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