Lei do Efeito

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A Lei do Efeito, formulada por Edward L. Thorndike, é um postulado que se refere às teorias da aprendizagem. Nela é dito que comportamentos que são seguidos de consequências prazerosas são fortalecidos, enquanto que comportamentos que são seguidos de consequências desagradáveis são enfraquecidos. Em outras palavras, a aprendizagem de um comportamento, sua “força”, estaria relacionado ao seu efeito, ou consequência[1].

Edward L. Thorndike foi um psicólogo experimental muito influente de sua época. A Lei do Efeito surgiu de uma série de experimentos por ele executados. Um de seus experimentos mais icônicos refere-se ao momento em que colocou gatos famintos em caixas de madeira e os alimentava quando eles conseguiam sair das caixas. Assim, Thorndike percebeu que os gatos demoravam menos tempo para conseguir escapar das caixas à medida em que conseguiam escapar e eram alimentados. Dessa maneira, concluiu que a aprendizagem do comportamento de “sair da caixa” poderia estar associado ao seu efeito, ou consequência, de “ser alimentado”. Enquanto isso, outros comportamentos, como “arranhar a caixa”, trariam efeitos desagradáveis, o que os enfraqueceriam, excluindo-os dos repertórios dos animais. Dessa maneira, depois de várias tentativas, os gatos passavam a escapar da caixa logo depois de serem colocados[2][3].

Thorndike compreendia esse processo no que ele chamava de aprendizagem por tentativa–e–erro. Suas descobertas e inovações experimentais foram muito importantes para a área da psicologia, no geral, e principalmente para as vertentes denominadas Behavioristas. Vale ressaltar que esse paradigma explicativo proposto por Thorndike é essencialmente diferente do paradigma proposto por Burrhus Frederic Skinner, no que se refere aos comportamentos operantes, embora Skinner incorpore as ideais de Thorndike em sua teoria[4].

Em resumo, a Lei do Efeito é um postulado referente às teorias da aprendizagem, proposta por Edward L. Thorndike, que diz que ações, ou comportamentos, podem ser fortalecidos ou enfraquecidos em função de seus efeitos.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Pierce, W. David; Cheney, Carl D. (2017). Behavior analysis and learning: a biobehavioral approach. Col: A Psychology Press book Sixth edition ed. New York: Routledge 
  2. Chance, Paul (novembro de 1999). «THORNDIKE'S PUZZLE BOXES AND THE ORIGINS OF THE EXPERIMENTAL ANALYSIS OF BEHAVIOR». Journal of the Experimental Analysis of Behavior (em inglês) (3): 433–440. PMC PMC1284753Acessível livremente Verifique |pmc= (ajuda). PMID 16812921. doi:10.1901/jeab.1999.72-433. Consultado em 17 de julho de 2023 
  3. THORNDIKE, Edward Lee (1911). Animal Intelligence. New York: The Macmillan Company. p. 36. ISBN 978-1855066984 
  4. Pierce, W. David; Cheney, Carl D. (2017). Behavior analysis and learning: a biobehavioral approach. Col: A Psychology Press book Sixth edition ed. New York: Routledge