Museu da Arte Ruim

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Lucy in the Field with Flowers (Lucy no Campo com Flores), obra que inspirou a fundação do museu

Museum of Bad Art (MOBA), ou Museu da Arte Ruim em português,[1] é um museu privado cujo objetivo é "celebrar o labor de artistas cujo trabalho não seria exibido e apreciado em nenhum outro lugar".[2] Possui duas unidades, uma em Dedham, Massachussets, e outra na vizinha Somerville. Sua coleção fixa inclui 500 peças de "arte ruim demais para ser ignorada", das quais entre 25 a 35 ficam em exposição permanente.[3]

O MOBA foi fundado em 1994 depois que o antiquário Scott Wilson mostrou uma pintura que encontrara no lixo a alguns amigos, que sugeriram que ele desse início a uma coleção. Dentro de um ano, as exposições organizadas nas residências dos amigos de Wilson foram tão populares que a coleção exigiu sua própria galeria. O museu mudou-se então para o porão de um teatro em Dedham. Explicando a lógica por trás da fundação do museu, seu co-fundador Jerry Reilly declarou em 1995: "Enquanto cada cidade no mundo tem pelo menos um museu dedicado ao melhor da arte, o MOBA é o único dedicado a coletar e exibir o pior". Para ser incluído na coleção do MOBA, as obras precisam ser originais e servirem a um propósito sério, mas também precisam ter erros significantes que não sejam maçantes; os curadores não estariam interessados em exibir trabalhos deliberadamente kitsch.[4]

O MOBA foi mencionado em dezenas de guias turísticos alternativos de Boston, ganhou destaque em jornais e revistas internacionais, e inspirou diversas outras coleções ao redor do mundo, organizadas para rivalizar seu acervo de atrocidades visuais. Deborah Solomon, da The New York Times Magazine, observou que a atenção que o Museum of Bad Art recebe é parte de uma tendência mais ampla de museus exibindo "o melhor da arte ruim".[5] O museu foi criticado por ser anti-artístico, mas seus fundadores negaram a acusação, respondendo que a coleção é uma homenagem à sinceridade dos artistas que perseveraram com sua arte apesar de algo ter dado terrivelmente errado no processo. De acordo com sua co-fundadora Marie Jackson, "estamos aqui para celebrar o direito de um artista fracassar gloriosamente".[6]

Referências

  1. "Museu da Arte ruim é uma galeria de horrores". Época, 2 de abril de 2009
  2. Frank, Michael J; Sacco, Louise Reilly. Museum of Bad Art: Masterworks. Berkeley: Ten Speed Press, 2008. OCLC 182621558 ISBN 1-58008-911-9
  3. Walkup, Nancy. "ArtEd Online - NAEA in Boston - Reproducible Handout". School Arts, Volume 104, n° 7, março de 2005. 36 ISSN 0036-6463 OCLC 1765119
  4. "Art from the Bottom of the Heap: A 'Museum' Devoted to Bad Painting". The Christian Science Monitor, 2 de novembro de 1995
  5. "In Praise of Bad Art". The New York Times, 24 de janeiro de 1999
  6. "The Gallery of the Garish Masterpieces of Bad Art". The Irish Times, 18 de setembro de 1999

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