O Embuçado

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O Embuçado, também chamado de Rebuçado,[1] foi um personagem da Inconfidência Mineira, responsável por comunicar secretamente alguns dos envolvidos na conspiração, sobre a prisão de Tiradentes, ocorrida em 10 de maio de 1789, na cidade do Rio de Janeiro. Sua identidade permanece sem definição, sendo diversas as possibilidades imaginadas por historiadores.[2]

Durante a noite de 17 para 18 de maio de 1789, um vulto, protegido por um capuz e pela bruma da madrugada, percorreu as ruas de Vila Rica, indo até as casas de Tomás Antônio Gonzaga, Claudio Manuel da Costa e de Rodrigues de Macedo, no que errou de endereço e alertou, equivocadamente, Diogo de Vasconcelos. Seu objetivo era de alertar aos três sobre a prisão de Tiradentes, ocorrida uma semana antes, permitindo que eles fugissem, antes do Visconde de Barbacena prendê-los.[3][4]

A tentativa foi em vão, uma vez que tanto Gonzaga, quanto Claudio Manuel, foram presos. Gonzaga recebeu a visita dos agentes do governo durante a madrugada de 22 de maio de 1789, enquanto Claudio Manuel recebeu-os em 25 de junho de 1789.[5][6]

As especulações sobre a identidade do Embuçado giram em torno das mais diferentes pessoas. Chiavenato aponta o padre José Policarpo de Azevedo, conhecido como irmão Lourenço de Nossa Senhora.[7], opinião compartilhada por Lima Júnior.[8] Tarquínio José Barbosa de Oliveira acredita tratar-se de Francisco Antônio de Oliveira Lopes.[9] Orestes Risólia e Pascoal Motta supõe que Maria Doroteia, a musa de Gonzaga, seja o Embuçado.[10]

Referências

  1. GRICECO, Donatello. História sincera da Inconfidência Mineira. Rio de Janeiro: Editora Record, 1990. Pág. 182.
  2. VIEIRA, José Crux Rodrigues. Tiradentes: a inconfidência diante da história. Belo Horizonte: 2º Clichê Comunicação e Design, 1993. Pág. 215-216.
  3. VIEIRA, pág. 216.
  4. LIMA JÚNIOR. Augusto de. Pequena História da Inconfidência. Pág. 165-166.
  5. CHIAVENATO, Júlio José. Inconfidência Mineira - As Várias Faces. São Paulo: Contexto, 2000. pág. 70.
  6. VIEIRA, pág. 117.
  7. CHIAVENATO, pág. 68.
  8. LIMA JÚNIOR, pág. 166.
  9. OLIVEIRA, Tarquínio J. B. Autos, vol. I, pág. 122.
  10. VIEIRA, pág. 217-218.