Síndrome do companheiro delirante

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Síndrome do companheiro delirante é uma neuropatologia do eu, especificamente uma síndrome de falsa identificação delirante. Indivíduos afetados acreditam que certos objetos não vivos possuem consciência e que podem pensar independentemente ou até mesmo sentir emoções. A psicose deve coexistir com uma patologia cerebral detectável para que essa síndrome possa ser diagnosticada.[1] A síndrome é mais frequentemente identificada em pacientes que sofrem danos no cérebro devido a trauma físico, degeneração neuronal ou anormalidades durante o desenvolvimento do embrião. Especialmente neste último caso, os pacientes também tendem a apresentar muitos outros sintomas e são diagnosticados como tendo outras condições estabelecidas.[2] Objetos reconfortantes como brinquedos fofinhos são muitas vezes o foco do delírio.[3]

Causas[editar | editar código-fonte]

Esta síndrome pode ser causada por lesão aguda ou doença crônica. As seguintes são causas diretas conhecidas:

Neuropatologia[editar | editar código-fonte]

Poucos detalhes são conhecidos sobre as causas específicas da síndrome do companheiro delirante. Acredita-se que os danos ao neocórtex possam ser a causa direta dessa psicose. Shanks e Venneri (2002) encontraram um fluxo sanguíneo único e anormal centrado no lobo parietal direito de três pacientes com doença de Alzheimer. Déficits graves de processamento foram encontrados em áreas do cérebro responsáveis por informações viso-espaciais e viso-perceptivas, enquanto as habilidades de memória e linguagem foram preservadas relativamente bem.[3]

Referências

  1. Feinberg, Todd (2010). «Neuropathologies of the Self: A General Theory.». Neuropsychoanalysis: An Interdisciplinary Journal for Psychoanalysis and the Neurosciences. 12 (2): 133–58. Consultado em 3 de outubro de 2012. Arquivado do original em 20 de setembro de 2013 
  2. Adamo, Simonetta (1 de novembro de 2004). «An adolescent and his imaginary companions: from quasi-delusional constructs to creative imagination». Journal of Child Psychotherapy. 30 (3): 275–295. doi:10.1080/00754170412331319559. Consultado em 3 de outubro de 2012 
  3. a b Shanks, MF; Venneri, A (novembro de 2002). «The emergence of delusional companions in Alzheimer's disease: an unusual misidentification syndrome.». Cognitive neuropsychiatry. 7 (4): 317–28. PMID 16571545. doi:10.1080/13546800244000021 
Ícone de esboço Este artigo sobre patologia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.