Tambores de Folkton
Tambores de Folkton | |
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Os artefatos em exposição no Museu Britânico | |
Material | Giz |
Criado(a) | 2600-2100 a.C. |
Descoberto(a) | 1889 |
Os Tambores de Folkton são um conjunto único de objetos decorados feitos de giz, com cerca de 8 centímetros de altura cada, no formato de tambores ou cilindros sólidos, que datam do período Neolítico. Encontrados no sepultamento de uma criança próximo à vila de Folkton, no norte da Inglaterra, eles estão atualmente em exibição no Museu Britânico.[1]
Descoberta[editar | editar código-fonte]
Em 1889, uma mamoa pré-histórica foi aberta pelo estudioso e arqueólogo amador William Greenwell próxima a Folkton, em North Yorkshire.[2] Os conteúdos do sepultamento, com data de criação estimada em 2600-2100 a.C, incluíam diversos esqueletos, um deles uma criança, com os tambores posicionados ao seu lado. A raridade deste achado sugere que a criança pertencia a um grupo da elite da sociedade. Quatro anos após o achado, os tambores foram doados por Greenwell, juntamente com outras peças de sua coleção, para o Museu Britânico.[1]
Descrição[editar | editar código-fonte]
Os três objetos são feitos de giz, extraído das proximidades e decorado com faces humanas estilizadas e padrões geométricos. No topo dos cilindros há círculos concêntricos, e dois deles têm pares de olhos representados. Os motivos dos tambores são similares aos de artefatos criados pela Cultura do Vaso Campaniforme e por povos do início da Idade do Bronze.
As dimensões dos tambores podem ser significativas: Foram observadas correlações entre o diâmetro dos tambores e medidas padronizadas comuns no Neolítico britânico, observadas na construção de monumentos de pedra e madeira como Stonehenge e Durrington Walls.[3] Arqueólogos da Universidade de Manchester e do Instituto de Arqueologia do University College London propuseram em 2018 que objetos como esses tambores poderiam ser usados como equipamentos de medição ou de transmissão de conhecimento. O estudo também observou que giz não é um material prático para a manufatura de equipamentos portáteis de medições, e teorizou que os Tambores de Folkton sejam réplicas que sobreviveram excepcionalmente, caso sua classe de objetos comumente utilizados no dia-a-dia fossem normalmente confeccionados de madeira.[3] O Tambor de Lavant, escavado em 1993, foi identificado como um análogo dos Tambores de Folkton em 2005, o único encontrado até hoje.[4]
Galeria[editar | editar código-fonte]
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Detalhe da face esquemática em um dos tambores
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Detalhe de outra face com feições proeminentes
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Lateral de um tambor, com padrões geométricos
Referências
- ↑ a b «The Folkton Drums | British Museum». The British Museum (em inglês). Consultado em 24 de abril de 2021
- ↑ North, John. Stonehenge: A new interpretation of prehistoric man and the cosmos (em inglês). Nova Iorque: NY: The Free Press. ISBN 1416576460
- ↑ a b «Folkton Drums could have been measuring devices used to build Stonehenge». UCL News (em inglês). 21 de dezembro de 2018. Consultado em 24 de abril de 2021
- ↑ Kenny, James; Teather, Anne. «New insights into the Neolithic chalk drums from Folkton (North Yorkshire) and Lavant (West Sussex)» (em inglês). Consultado em 24 de abril de 2021
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Media relacionados com Tambores de Folkton no Wikimedia Commons