Usuário(a):Alberto Torres 1970/Testes

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Rafael Sorano, jornalista, empresário, produtor e diretor de televisão, nascido em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, em 13 de dezembro de 1973. Aos 12 anos, por meio da extinta Star Vídeo Produções, uma empresa da família, fez o documentário “Boia-fria, a Morte no Meio do Caminho”, em conjunto com uma ONG ligada aos direitos humanos e com a CPT - Comissão Pastoral da Terra. O documentário denunciou a condição do transporte dos trabalhadores rurais no interior do estado, que era feito em caminhões de carga. O documentário foi peça importante nas campanhas que visavam sensibilizar sociedade e parlamentares para o problema dos canavieiros, objetivando a criação de uma lei que proibisse o transporte de boias-frias em caminhão e que obrigasse o transporte feito por meio de ônibus. Estima-se que mais de 3.000 trabalhadores rurais morriam todos os anos em acidentes nas estradas do país e outros milhares eram mutilados pelas foices, transportadas junto com os trabalhadores nas carrocerias desprotegidas, além dos ferimentos provocados pelas ferragens das caçambas dos caminhões destruídas nos trágicos acidentes. Algum tempo depois da edição do documentário, uma lei federal foi aprovada e os trabalhadores rurais passaram a ser transportados em ônibus. A produção do documentário o aproximou do PT - Partido dos Trabalhadores, ao qual ingressou e do qual passou a ser militante. No início dos anos 1990, foi assessor do gabinete do prefeito de Ribeirão Preto, na primeira gestão de Antônio Palocci à frente da prefeitura municipal. Na mesma época, também foi diretor da COHAB-RP, onde ajudou a criar e a implantar programas habitacionais que utilizavam métodos alternativos de construção de baixo custo, dando origem à “Vila Tecnológica”, conjunto de residências feitas com materiais não convencionais. O programa desenvolvido foi acompanhado e certificado pela Faculdade de Engenharia de São Carlos - USP. Na mesma empresa, participou da implantação de um conjunto de aproximadamente 2.000 lotes urbanizados, onde as casas foram feitas por meio de autofinanciamento e com a utilização de materiais de construção produzidos na Cadeia Pública da cidade. Atuou ainda na diretoria da TRANSERP, empresa municipal gestora e operadora do sistema de transporte público em Ribeirão Preto, onde, na época, foi desenvolvido um pioneiro projeto de integração de linhas de ônibus por meio de controle de tempo, permitindo ao usuário utilizar várias conduções pagando apenas por um único trecho, projeto que ficou conhecido na capital do estado, anos mais tarde, como “Bilhete Único”. Em ambas as empresas, implantou e coordenou também projetos de desenvolvimento socioculturais, destacando-se entre eles o “Cinema na Praça”, que exibia filmes nacionais aos domingos em praças nas perifeiras da cidade, reunindo milhares de pessoas a cada apresentação; “Olhares”, mostras fotográficas montadas em conjunto com o MIS e com a Casa da Cultura, onde, de forma itinerante, fotografias tiradas por fotógrafos amadores foram exibidas em diversos espaços municipais; e o projeto “Articulado com a Cultura”, que integrou os museus e teatros da cidade por meio de uma linha específica de ônibus. Em 1994, viajou por todo o país nas caravanas da campanha de Lula à presidência, tendo participado ainda da assessoria de Aloizio Mercadante, à época, candidato a vice-presidente. Deixou o partido e a militância do PT e, em 1995, foi Diretor de Conflitos Agrários do INCRA, em Brasília, atuando diretamente na mediação de conflitos de terra, principalmente envolvendo áreas indígenas, e na implantação diversos programas de reforma agrária e assentamentos em todo o país, além de ter participado do reconhecimento e das primeiras titulações de terras quilombolas. Em 1996, foi diretor da CODASP, Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo, onde participou da elaboração e da implantação em todo o Estado de São Paulo de programas de conservação de solo e água, como o “Melhor Caminho”, que promove até hoje a conservação adequada de estradas rurais; e “Água Limpa”, que instituiu práticas conservacionistas nas microbacias hidrográficas do estado, favorecendo, além da preservação das próprias áreas, os mananciais de abastecimento urbano das cidades. Deixando a administração pública, depois de ter passado pelos governos municipal, estadual e federal, voltou à iniciativa privada. Em 1998, fundou a empresa Intermezzo Comunicação, que atua na área de jornalismo televisivo e publicidade. Na Intermezzo, participou da produção e direção de programas relacionados à educação infantil, como o programa “Filhos”, por mais de quatro anos exibido para todo o país. Em 2010, fundou outra empresa, a Plaslatina Indústria Plástica, voltada ao desenvolvimento de produtos dentro do conceito de design sustentável, utilizando matéria-prima reciclada em cooperativas de catadores. Atualmente, divide seu tempo entre os trabalhos realizados nas duas empresas.