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Usuário(a):Coelho de Alice/Testes

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Arquitetura[editar | editar código-fonte]

O Pavilhão Mourisco é parte do conjunto de edificações projetado para abrigar as atividades de pesquisa, ensino e produção do então Instituto Soroterápico Federal, criado em 1900 no terreno de uma antiga fazenda de Manguinhos. O conjunto arquitetônico, que hoje compõe o Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos, é composto ainda pela Cavalariça e Pavilhão da Peste (atual Pavilhão do Relógio) foi implantado em uma das colinas do terreno para garantir melhor visibilidade ao conjunto, além de melhores condições de ventilação e insolação dos edifícios.[1]

Projetado por Luiz Moraes Júnior, para abrigar laboratórios científicos, biblioteca e um museu, o Pavilhão Mourisco tem cinco pavimentos e fachadas em tijolo cerâmico sobre uma base de granito. O estilo neo-mourisco do edifício é conferido por seus detalhes construtivos, reforçado pelas inscrições no estuque ornamental, pelos azulejos em tapetes multicoloridos das varandas, e pela ornamentação dos elementos de coroamento do edifício, como as ameias e os torreões em argamassa de cimento, além das duas torres com cúpulas em cobre.

No projeto do Pavilhão Mourisco foram utilizados elementos característicos da arquitetura portuguesa, inglesa e mourisca. A influência inglesa se nota na adoção de uma planta em forma de “H”, no hall de entrada central com uma grande escadaria e uma profusão de ornatos. A planta em “H” também faz referência às construções hospitalares da época, em que se procurava facilitar a ventilação e a higiene dos ambientes internos do edifício. Isso reforça a importância deste edifício não apenas do ponto de visto estético, mas também para a área da saúde. Quanto à arquitetura portuguesa, destacam-se a utilização de um pátio aberto para os fundos da edificação, característica típica dos solares do século XVII, sendo o arquiteto um português, nascido em Faro, Portugal. A rica ornamentação das áreas nobres do Pavilhão Mourisco segue a linguagem árabe da arquitetura mourisca, inspirada em Alhambra, destacando-se os seguintes elementos: painéis em gesso e madeira com estuque ornamental, azulejos e pastilhas decoradas. Outros elementos de destaque no edifício são o uso de porão elevado, os materiais utilizados no revestimento das fachadas, os arcos e balaústres das varandas, as amplas janelas em ferro, as duas torres com cúpulas de cobre, e as ameias e torreões que ornamentam os terraços de cobertura.[2][3]

O edifício chama a atenção de quem transita pela Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, destacando-se na paisagem acima da copa das árvores do Campus Fiocruz Manguinhos.

Referências

  1. Dias, Ezequiel (1918). O Instituto Oswaldo Cruz. Resumo histórico (1899-1918). Rio de Janeiro: Manguinhos 
  2. Benchimol, Jaime L. (1990). Manguinhos do sonho à vida : a ciência na Belle Époque. Rio de Janeiro: Casa de Oswaldo Cruz 
  3. Oliveira, Benedito Tadeu de; Costa, Renato Gama-Rosa; Pessoa, Alexandre José de Souza (2003). Um lugar para ciência: a formação do campus de Manguinhos. Rio de Janeiro: Fiocruz. ISBN 85-7541-018-0