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Sistemas de informação logísticos são ferramentas que interligam as actividades logísticas num processo integrado. Este processo integrado é constituído por 4 níveis de funcionalidade: Transacção, controlo de gestão, analise de decisão e planeamento estratégico (Bowersox e Closs,2006, p. 194).

Princípios e funcionalidade dos sistemas de informação logísticos[editar | editar código-fonte]

Desde a sua criação, a logística foca-se na eficiência do fluxo de bens ao longo dos canais de distribuição. O fluxo de informação era por vezes menosprezado visto que nem sempre foi visto como de vital importância para o cliente. Em adição, a velocidade das trocas de informação era limitada à velocidade do papel. A informação exacta e no momento certo, é hoje em dia vista como de importância crítica para os sistemas logísticos por três razões, sendo elas (Bowersox e Closs, 2006, p. 186):

  • os clientes têm necessidade de observar informações sobre o estado da encomenda, disponibilidade do produto, tempo de entrega e facturação, sendo como tal, estes elementos necessários de um conglomerado total do serviço prestado;
  • com o objectivo de se reduzir os stocks ao longo da cadeia de abastecimento, os gestores aperceberam-se que a informação pode ser eficiente na redução dos mesmos e das necessidades de mão-de-obra;
  • a informação aumenta a flexibilidade em relação ao como, quando e onde devem os recursos ser aplicados para ganhar vantagem estratégica.

Funcionalidade da informação[editar | editar código-fonte]

Como dito anteriormente, os sistemas logísticos constituem processos integrados constituidos por 4 níveis de funcionalidade: Transacção, controlo de gestão, analise de decisão e planeamento estratégico, podendo ser por vezes representados graficamente em forma de pirâmide. O nível mais básico, a transacção, inicia e regista actividades logísticas individuais, tais como entrada de encomendas, selecção de encomendas, envio de encomendas, preços, facturação e inquéritos de clientes. O segundo nível, controlo de gestão, foca-se nos relatórios e medições de índices de desempenho. Estes índices de desempenho são necessários para poder fornecer à gestão um feedback sobre os níveis de serviço e utilização de recursos. O terceiro nível, análise de decisão, foca-se na decisão de aplicações para assistir os gestores em identificar, avaliar e comparara estratégias logísticas e alternativas tácticas. O quarto e o último nível, planeamento estratégico, tem como objectivo o suporte de informação ao desenvolvimento e melhoramento de estratégias logísticas (Bowersox e Closs, 2006, p. 187-188).

Princípios dos sistemas de informação logísticos[editar | editar código-fonte]

Os sistemas de informação logísticos têm que incorporar seis princípios/características de modo a serem capazes de cumprir as necessidades de informação dos gestores e suportar adequadamente o planeamento e operação da empresa (Bowersox e Closs, 2006, p. 190).

Disponibilidade[editar | editar código-fonte]

Primeiro que tudo, a informação logística tem que estar disponível de uma forma consistente. A rapidez de disponibilidade é necessária para conseguir responder às necessidades dos clientes e à gestão de decisões. Esta rapidez é critica pois, os clientes necessitam frequentemente de aceder ao nível de stock e ao estado das encomendas.
A descentralização das operações logísticas exige que a informação esteja disponível e possa ser actualizada em qualquer lugar num país, ou mesmo no mundo. Desta forma, a disponibilidade da informação pode contribuir para a redução da incerteza dos tempos de planeamento e operação (Bowersox e Closs, 2006, p. 190).

Rigor[editar | editar código-fonte]

A informação logística deve ser rigorosa de modo a poder reflectir tanto o estado actual como o periódico das actividades de forma a reflectir tanto as encomendas dos clientes como o nível dos stocks. O rigor é definido como a relação entre a informação registada pelo sistema de informação logístico e os níveis ou estados físicos actuais (Bowersox e Closs, 2006, p. 190-191).

Oportuno[editar | editar código-fonte]

Existem momento certos em que a informação é necessária, e como tal a informação logística tem que ser disposta oportunamente de modo a fornecer um feedback útil à rápida gestão. Considera-se como momento oportuno, o atraso entre a ocorrência da actividade e a disponibilidade da informação no sistema logístico (Bowersox e Closs, 2006, p. 191).

Excepção[editar | editar código-fonte]

Estes sistemas de informação tem que ser baseados em excepções de modo a conseguirem enfatizar problemas e oportunidades. As operações logísticas incluem frequentemente um largo número de clientes, produtos, fornecedores e fornecedores de serviços (Bowersox e Closs, 2006, p. 191).

Flexibilidade[editar | editar código-fonte]

Têm de ser flexíveis de modo a conterem capacidade para cumprir as necessidades tanto dos utilizadores do sistema como dos clientes. Os sistemas de informação logísticos têm que ser capazes de fornecer informação à medida das necessidades de clientes específicos (Bowersox e Closs, 2006, p. 192).

Formato apropriado[editar | editar código-fonte]

Estes sistemas têm que ter o formato apropriado, pois têm que fornecer relatórios logísticos com uma disposição que seja perceptível, contendo a informação, estrutura e sequência correcta (Bowersox e Closs, 2006, p. 192-193).

Arquitectura da informação[editar | editar código-fonte]

Os sistemas de informação logística combinam software e hardware para gerir, controlar e medir as actividades logisticas. O hardware incluí computadores, dispositos de input/output e multimédia. O software incluí sistemas operativos e aplicações utilizados no processamento de transacções, controlo de gestão, análise de decisão e planeamento estratégico. Este tipo de arquitectura inclui a informação base para manter o armazenamento dos dados e a excecução de componentes. A informação base contêm ordens de compra, estado dos stockse encomendas dos clientes. O armezamento de dados contêm informação relativa a actividades passadas e o seu estado corrente e bases para planeamentos futuros (Bowersox e Closs, 2006, p. 194).

Reengenharia de processos e os sistemas logísticos[editar | editar código-fonte]

Nos dias de hoje muitas empresas estão a rever a forma como processam os seus negócios de modo a conseguirem manter-se competitivas. A reengenharia dos processos de negócio é um termo entre muitos outros utilizados actualmente, que serve para descrever o processo de modificação do método em que uma empresa opera. À medida que uma empresa realiza certas mudanças, os sistemas de negócio têm que mudar e desenvolver-se de modo a suportar as novas formas de negócio. Os sistemas logísticos têm vindo a ser utilizados para ajudar ao suporte de novos processos e estratégias de um ambiente cada vez mais concorrencial (Robeson e Copacino, 1994, p. 727-723).

Referências[editar | editar código-fonte]

Em inglês

  • BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby - Supply chain logistics management. 2ª ed. Nova Iorque: McGraw-Hill, 2006. ISBN 978-0-07-125414-4
  • ROBESON, James F.; COPACINO, William C., eds. - The logistics handbook. Nova Iorque: The Free Press, 1994. ISBN 978-0-02-926595-6

Ver também[editar | editar código-fonte]


Categoria:Logística