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Usuário(a):KardashianBA/Testes

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INDÚSTRIA CULTURAL E CULTURA DE MASSA[editar | editar código-fonte]

Significado[editar | editar código-fonte]

Os termos cultura de massa e indústria cultural se referem, tecnicamente, ao mesmo significado: tudo aquilo que é produzido com o objetivo de atingir a massa popular e são disseminados pelos veículos de comunicação de massa. Usando-se de uma linguagem mais especifica, pode-se dizer que é toda aquela ideia, perspectiva, atitude, imagem e outros fenômenos que são preferidos em um senso comum, contendo o mainstream de uma dada cultura (Petrin, 2015).

História[editar | editar código-fonte]

O termo indústria cultural foi criado por dois filósofos alemães, integrantes da Escola de Frankfurt, Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. Eles anteviam a forma negativa de como enquanto que o termo cultura de massa surgiu no século XIX, referindo-se a educação e cultura das classes menos favorecidas. A partir da Segunda revolução industrial, ocorrida no século XIX e prosseguindo na sociedade pós-industrial ou pós-moderna (iniciada nos anos 70 de nosso século), a cultura foi submetida a uma nova servidão: as regras do mercado capitalista e a ideologia da indústria cultural, baseada na ideia e na prática do consumo de “produtos culturais” fabricados em série (Chauí, 2000)[1]. A cultura popular é normalmente vista como algo trivial, e é mais simples para alcançar a aceitação consensual da maioria. O cinema, rádio e a televisão ganharam poder e homogeneizaram os padrões da cultura. A indústria cultural e a cultura de massa, produtos de uma atividade econômica de larga escala, estão vinculadas inevitavelmente ao capitalismo industrial, acabando dessa forma por oprimir as demais culturas, buscando os gostos culturais da massa para aumentar as vendas. Alguns estudiosos consideram este tipo de dominação como uma forma de totalitarismo, afirmando que “a propaganda significa para a democracia o mesmo que o porrete significa para o estado totalitário”, que a massificação da cultura ocorre apenas servindo aos interesses econômicos. Alheia aos contextos institucionalizados, a cultura popular produzida foi um dos objetos dessa repressão. O popular era o alternativo a massa, mas a indústria cultural, posteriormente, percebeu que poderia absorver os antagonismos ao invés de combatê-los, atingindo dessa forma a hegemonia. A cultura popular que antes era recriminada por ser de baixa qualidade ou de mau gosto, passou a ser deixada de lado quando usa-se o argumento mercadológico de que “isto não vende mais”. O maior feito dessa alteração para a cultura de massa foi transformar todos em consumidores, ou seja, de acordo com a logica iluminista, fazer com o que sejam livres para consumir tudo o que desejarem. Pode, no entanto, haver o popular (produto da cultura popular) que não seja popularizado, ou seja, que não venda bem, e também o popularizado que não seja popular, sendo um produto que vende bem mas é de origem etilista. Elevariam para seu próprio nível de difusão qualquer manifestação cultura. Aquilo que antes era censurado, agora estaria fazendo parte desta produção.

"Indústria cultural", os "meios de comunicação de massa", e a "cultura de massa"[editar | editar código-fonte]

Quando se fala em "indústria cultural", os "meios de comunicação de massa", e a "cultura de massa" normalmente se cogita em imaginar que são sinônimos, ou então quando se refere a uma dessas expressões as outras duas seguem automaticamente. Porém não é assim que ocorre. Primeiramente vamos analisar os termos "meios de comunicação de massa" e "cultura de massa". Para que a cultura de massa exista é preciso à existência dos meios, mas não o inverso. A invenção da imprensa, realizada no século XV por Gutenberg, marca a criação desses meios – ou pelo ao menos o esboço. Mas o surgimento desses meios não significa que de instantâneo passe a existir uma cultura de massa, isso por que o acesso era apenas restrito a uma elite de letrados. A indústria cultural começou a existir com os ‘primeiros jornais’. E a cultura de massa com os romances de folhetins, que traçavam um fácil quadro de vida da época e era um produto característico pelo fato de não ser feito por aqueles que o consumiam. Mas para se tornar indústria cultural e cultura de massa em definitivo era necessário surgir outra condição: a economia de mercado. Por isso que a Revolução Industrial, no século XVIII, marca o advento dessa condição suprema. A economia de mercado é uma economia baseada no consumo de bens, e para tanto é necessário a ocorrência de uma sociedade de consumo, só verificada na segunda metade do século XIX. Assim, a indústria cultural, os meios de comunicação, de massa e a cultura de massa surgem como funções do fenômeno da industrialização (Coelho, 1980).[2]

A industrialização como ponto de ignição[editar | editar código-fonte]

A industrialização é um divisor de águas na história da humanidade, pois através dela que ocorrem as modificações no modo da produção e na forma do trabalho humano, gerando o uso crescente da máquina e a submissão do ritmo humano de trabalho ao ritmo da máquina; a exploração do trabalhador; a divisão do trabalho. São a partir disso que surge a reificação (ou coisificação) e alienação. Para essa sociedade capitalista liberal o padrão de avaliação tende a ser a coisa, o bem, o produto; até o homem é julgado e transformado como coisa. E esse homem reificado é um alienado pelo trabalho, pelo produto de seu trabalho, projetos de vida, da vida do país, de sua própria vida. E nessas circunstancia, a cultura é algo feito em serie, industrialmente. Passa a ser vista não como instrumento de livre expressão, crítica e conhecimento, mas como produto trocável por dinheiro e que deve ser consumido como se consome qualquer outra coisa (Coelho, 1980).

Características[editar | editar código-fonte]

A partir disso podemos citar as principais características da indústria cultural: revolução industrial, capitalismo liberal, economia de mercado, sociedade de consumo. A medida que a penetração dos meios de comunicação se tornam irrefreável nos dias atuais a cultura de massa só tenderá a crescer, ainda mais com o dito capitalismo de organização (ou monopolista) que criará condições para uma eficiente sociedade de consumo cimentada, em grandes proporções, ampliada principalmente por veículos como a TV. Não se pode negar o fato de que a sociedade de consumo se concretiza mais nos países de Primeiro Mundo (Estados Unidos, Alemanha, Japão, Inglaterra, entre outros) do que nos países do Segundo e Terceiro mundo. Nestes dois últimos o consumo existe como meta a ser alcançada, assim ela orienta a forma de organização da sociedade que terá que seguir os moldes dos países de Primeiro Mundo.

[3] [4]

  1. Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo:Editora Ática, 2000, p. 422-227.
  2. Coelho, Teixeira. Coleção Primeiros Passos: O que é Industria Cultural. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985, p. 05-07.
  3. Cultura de Massa - Disponível em: <http://www.infoescola.com/sociedade/cultura-de-massa/> acesso em 24 de junho de 2015.
  4. Cultura de Massa - Disponível em: <https://www.estudopratico.com.br/cultura-de-massa/> acesso em 25 de junho de 2015.