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Salvatore Parlagreco (em alguns locais grafado como Salvador Parlagreco) nasceu em 1971, em Caltanissetta, província da Ilha de Sicilia. Era irmão do também pintor Benjamin Parlagreco, ao qual atribui-se a influencia artística de Salvatore, e do professor de estética Carlo Parlagreco. Além disso, era pai do também artista Francesco Parlagreco.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Na juventude, Salvatore fez parte do exército italiano, atingindo a patente de sargento e participando da primeira guerra Ítalo-Etíope, que durou entre dezembro 1895 e outubro de 1896. Durante o conflito, chegou a ser dado como morto em combate.[2][1]

Após o conflito, chegou ao Brasil entre 1898 e 1899. Em 1900 já começa trabalhando na feitura de anúncios para atêlies e clubes artísticos. Em 1904, expôs alguns trabalhos na Casa Bevilacqua, uma casa de instrumentos musicais, que funcionava na esquina entre as ruas Direita e Quintino de Bocaiuva, no centro de São Paulo[3]. O estabelecimento ainda existe, embora atualmente se localize no bairro de Vila Nova Conceição.[4] Em 1905, realizou nova exposição no mesmo local, contando agora 25 quadros.[2]

Em 1908, Salvatore expôs obras na Exposição Nacional Comemorativa do Centenário da Abertura dos Portos no Brasil, ocorrida no Rio de Janeiro .[1][5]Pouco depois, se tornou professor de desenho e pintura do Instituto Musical Santa Cecília, em São Paulo. Anos mais tarde, já nos anos 1920, passa a lecionar no Liceu de Artes e Ofícios ao lado de Frederico Loebe.[2] No local, deu aulas ao futuro artista Iberê Camargo.

Em janeiro de 1928, Parlagreco participou de uma exposição da Sociedade Italiana de Cultura Muse Italiche.[2] O evento, que ficou conhecido como 1ª Exposição de Belas Artes, teve patrocínio de Lunardelli Gamba, Matarazzo e Ramos de Azevedo. Instalada no Palácio das Indústrias, teve participação de 118 artistas, com 388 obras no total.[6][7]

Em 1935, Parlagreco participou da Exposição do Centenário Farroupilha, no Rio Grande do Sul.O Governo do Estado do Rio Grande do Sul promoveu a comemoração do "Centenário Farroupilha" através de uma industrial e agrícola realizada sobre a área da então chamada "Várzea da Redenção", em Porto Alegre.[2][8]

Embora algumas biografias o coloquem como tendo falecido em 1953, o mais certo é que tenha morrido ainda no final de 1952.[2]

Depois da Morte[editar | editar código-fonte]

Mesmo sem ter obtido o mesmo sucesso de outros pintores de sua geração, Salvatore Parlagreco teve uma de suas obras expostas em exposição organizada pela autora, crítica e historiadora Ruth Sprung Tarasantchi. Na mostra intitulada “O olhar italiano sobre São Paulo”, realizada entre 11 de Dezembro de 1993 e 30 de Janeiro de 1994, na Pinacoteca de São Paulo, a obra nomeada "Paisagem", pertencente ao pintor, esteve na lista de quadros.[9]

Estilo[editar | editar código-fonte]

Como pode ser visto em grande parte de suas obras, Salvatore Parlagreco preferia a pintura mais simples, agrandando assim setores mais conservadores da arte. Diferentemente de seu irmão Benjamin, Parlagreco sempre teve presença modesta no cenário artístico brasileiro na primeira metade do século, enquanto seu irmão obteve um maior reconhecimento, tendo inclusive, até os dias de hoje, uma exposição permanente no acervo da Pinacoteca de São Paulo.[1][10]

De acordo com especialistas, o pintor tinha gosto maior pelo estilo naturalista, preferindo a pintura de retratos e paisagens, justamente a maioria dos quadros conhecidos do artista. Outras obras permanecem desconhecidas do público geral, armazenadas em coleções particulares. Além disso, é possível notar certa falta de movimento em suas pinturas. Segundo a crítica Ruth Sprung Tarasantchi, Salvatore conseguia realizar boas pinturas de paisagens, entretanto, quando era necessário pintar figuras animadas como humanos e animais, nunca obteve os mesmos resultados de seu irmão mais conhecido.[1][2]

Principais exposições e Prêmios[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e Cultural, Instituto Itaú. «Salvador Parlagreco | Enciclopédia Itaú Cultural». Enciclopédia Itaú Cultural 
  2. a b c d e f g Tarasantchi, Ruth Sprung (2002). Pintores paisagistas: São Paulo, 1890 a 1920. [S.l.]: EdUSP. ISBN 9788531405983 
  3. «Casa Bevilacqua, em São Paulo, tem 160 anos de existência | VEJA SÃO PAULO». VEJA SÃO PAULO 
  4. «Casa Bevilacqua - Instrumentos Musicais - CLASP Online». www.clasp.com.br. Consultado em 22 de outubro de 2017 
  5. Da Silva Pereira, Margareth. «A EXPOSIÇÃO DE 1908 OU O BRASIL VISTO POR DENTRO» (PDF). Consultado em 12 de outubro de 2017 
  6. VALLE, Arthur (2010). Oitocentos - Arte Brasileira do Império à República - Tomo 2. Rio de Janeiro: EDUR-UFRR. 12 páginas 
  7. «Primeira Exposição de Belas Artes». Catálogo Muse Italiche. Maio de 1928  Verifique data em: |acessodata= (ajuda);
  8. GASTAL, Susana de Araújo (2011). «A Modernidade e as feiras mundiais: A Exposição Centenário Farroupilha» (PDF). Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. Consultado em 12 de outubro de 2017 
  9. a b TARASANTCHI, Ruth (11 de dezembro de 1993). «Catálogo Olhar Italiano sobre São Paulo» 
  10. Interativa, Hous Mídia. «Pinacoteca – Obras». pinacoteca.org.br. Consultado em 4 de novembro de 2017 
  11. «PARLAGRECO, Salvatore». www.brasilartesenciclopedias.com.br. Consultado em 4 de novembro de 2017 
  12. Cultural, Instituto Itaú. «Pintores Italianos no Brasil (1982 : São Paulo, SP) | Enciclopédia Itaú Cultural». Enciclopédia Itaú Cultural