Usuário(a):Newton Cavalcante de Castro/Testes

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Torres, Marília Giannetti (1925) Biografia Marília Giannetti Torres (Rio Acima MG 1925). Pintora, desenhista, gravadora e professora. Entre 1945 e 1948, estuda pintura com Guignard , Alberto da Veiga Guignard (Nova Friburgo, 25 de fevereiro de 1896 — Belo Horizonte, 25 de junho de 1962) , onde torna-se professora em 1957. Muda-se para a cidade do Rio de Janeiro em 1958 e estuda gravura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ (1959) e pintura com Burle Marx (1909 - 1994) e Di Cavalcanti (1897 - 1976). Em 1966, funda e dirige a Galeria Giro e, em 1975, passa a lecionar arte em seu ateliê, também instalado nesta cidade.

Ganhou fama por ser a mais destacada aluna de Guignard que teve como grande mestre na década de 40 mas sentiu uma nesessidade de se livrar do conhecido e buscar o novo, voltou-se para o movimento pós modernista e fez grande sucesso com sua obras geométricas , no fim da década de 50 descobriu uma nova e singular técnica que chamou de "superficie viva" técnica essa que ganhou grande notoriedade no mundo das artes no Brasil e no mundo,é algo tão intenso que todos devem ter a oportunidade de vivenciar tal experiência de conhecer pessoalmente essas Obras. Realizou exposições nas maiores galerias do Brasil junto com grades artistas como: Antonio Bandeira, Inimá de Paula, Maria Helena Ándres, entre muitos outros grandes nomes da arte Brasileira e Internacional. Tem suas Obras expostas nos Maiores museus do Brasil como no Centro Cultural UFMG - Belo Horizonte MG , Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, Museu Casa Guignard , Museu de Arte da Pampulha entre muitos outros. As grandes coleções Brasileiras se completam com suas Obras e Coleções particulares Internacionais como na Fadel Collection.

Exposição de pinturas de ex-alunos de Guignard homenageia aniversário de BH

Após 17 anos da primeira exposição, o BDMG Cultural volta a reunir obras de 26 ex-alunos de Guignard com a exposição “Ver e Voltar a Ver: a cidade dos alunos do mestre Guignard”. Até o dia 30 de dezembro deste ano, a galeria de arte da instituição (rua Bernardo Guimarães, 1.600, Lourdes) apresentará o acervo criado em 1995 para homenagear o centenário de nascimento de Alberto da Veiga Guignard e, também, os 115 anos de Belo Horizonte. As telas foram inspiradas no cenário belo-horizontino da época, sob um olhar que remetia ao talento nascido e guiado pelo mestre das artes plásticas. A mostra pode ser visitada diariamente, das 10h às 18h. A entrada é gratuita.

As obras que estão expostas fizeram parte da exposição “A Cidade e o Artista – dois centenários”. Com receio da diluição deste conjunto de pinturas, Cyro Siqueira, então presidente do BDMG Cultural, reuniu empresários de Belo Horizonte para adquirir e, posteriormente, doar os quadros ao Museu de Arte da Pampulha. Anos mais tarde, o acervo foi incorporado à pinacoteca do Museu Abílio Barreto, onde se encontra atualmente.

Para a curadora Marília Salgado, na estreia da exposição, em 1995, foi surpreendente o resultado da proposta do BDMG Cultural aos ex-alunos de Guignard, que sugeriu aos artistas observar Belo Horizonte com a influência do artista. “Não havia semelhança nas obras. Materializava-se ali a presença de Guignard, que conseguiu despertar o que havia de melhor, de mais poético e de mais genuíno em cada um de seus alunos”, afirmou Marília. Desta vez, o catálogo previsto para a inauguração da exposição em 1995 foi lançado e está disponível para o público. A curadoria também é feita por Sara Ávila, integrante da coleção assinada pelos renomados artistas e ex-alunos da chamada “Escolhinha Guignard”, que inclui também Amilcar de Castro, Álvaro Apocalypse, Amaryllis Teixeira, Aneto, Bax, Chamina, Haroldo Mattos, Heitor Coutinho, Holmes Neves, Ione Fonseca, Jarbas Juarez, Laetitia Renault, Leda Gontijo, Lizzete Meinberg, Maria Aparecida de Carvalho Barbosa, Maria Helena Andrés, Marília Giannetti, Ruth Michel Perrela, Santa, Solange Botelho, Vilma Rabelo, Eduarda de Paula, Wilde Lacerda, Wilma Martins e Yara Tupinambá.


QUARTA-FEIRA, 8 DE DEZEMBRO DE 2010 MARÍLIA GIANNETTI, COLEGA E AMIGA

Marília Giannetti Torres, grande artista e colega acaba de falecer no Rio de Janeiro. Quando desliguei o telefone, comecei a rememorar nossa trajetória no caminho das artes de Minas Gerais. Relembro fatos históricos como a criação da Escola de Belas Artes Guignard no Parque Muncicipal e um bando de jovens acompanhando o mestre pelas alamedas do parque. Ali também se reuniam os estudantes de filosofia, que se tornaram nossos amigos. Debaixo daquelas árvores trocávamos idéias, fazíamos amizade com a turma, desenhávamos. Juntas iniciamos nossa carreira com uma exposição na Cultura Francesa de Belo Horizonte em 1947. Ao mesmo tempo organizamos também nossa família, nossos filhos têm quase a mesma idade. Marília morava numa casa em estilo moderno projetada pelo arquiteto Sylvio de Vasconcelos. Ali nos reuníamos para realizar nossos quadros e promover mudanças no estilo de arte que recebemos de Guignard. A primeira Bienal sacudiu os alicerces da arte figurativa e nós, como jovens artistas percebemos um caminho novo que se abria diante de nós. Havia uma energia propulsora que nos conduzia às mudanças, à busca de um vocabulário novo. Pertencíamos à vanguarda da época e era preciso expressar em cores a nossa colocação no Construtivismo Brasileiro. São Paulo abria espaços para os artistas e foi em São Paulo que atuamos juntas nas primeiras Bienais. O atelier de Marília era freqüentado por críticos de arte, alguns vindos de São Paulo, e o próprio Guignard sugeriu que formássemos um grupo de artistas herdeiros de seus ensinamentos. Seus ensinamentos eram preciosos, mas seu estilo teria de ser abandonado. Trabalhávamos lado a lado, formando o grupo de concretistas de Minas Gerais, já completamente diferentes do estilo Guignard. Marília, Mário Silesio, Nely Frade e eu continuamos pesquisando o suporte em telas. Amílcar, Mary Vieira e Frans Weissman se dirigiram para a terceira dimensão, tornando-se grandes escultores. Nós continuamos na pintura, deixando nossas obras principais nas mãos de grandes colecionadores de Minas, Rio e São Paulo. Passaram-se 10 anos de pesquisa incessante dentro do concretismo. Na década de 60 quase todos os concretistas tomaram caminhos diversos. Foi nesta ocasião que Marília descobriu uma técnica própria de pintura em relevo. Mudou-se para o Rio de Janeiro e ali, numa atelier situado na Av Copacabana, 10° andar,ela expandiu seus grandes painéis em relevo. Os quadros eram pesadíssimos e às vezes desciam de guindaste, tumultuando o trânsito da Avenida. Em 1967 expusemos juntas em Paris e Roma, ela com os painéis em relevo e eu com a minha fase de guerra. Lembro-me daquela viagem que se estendeu também para a Itália, onde inauguramos o Centro Cultural do Brasil em Roma. Em Paris expusemos na Galerie Valerie Schmidt, na rue Mazzerine, com grande sucesso. Marília subscritou convites para todos os brasileiros, que ali compareceram para nos cumprimentar. Em Roma ficamos hospedadas na Embaixada do Brasil.Tínhamos de subir muitas escadas para chegar até nossos apartamentos localizados num departamento destinado ao batalhão de Suez, naquela época desativado. O secretário da embaixada nos advertiu: “Vocês tomem cuidado, não andem pelos corredores à noite, pois o fantasma de uma mulher costuma aparecer por esses corredores.” Lembro-me de que ficamos doidas para ver o fantasma, mas ele nunca apareceu. Devia ser brincadeira do secretário... Em Roma ficamos conhecendo Deoclécio Redig de Campos, embaixador junto ao Vaticano. Deoclécio era irmão de Olavo, casado com minha prima Maria Letícia. Com uma carta de apresentação chegamos até ele e pudemos visitar departamentos do vaticano fechados para o público. Vimos a restauração de um painel de Rafael pintado sobre um afresco de Piero de la Francesca. Assistimos ao processo de retirada da obra de Rafael, colocada em partículas sobre uma grande mesa, para depois de muita documentação fotográfica, voltar ao lugar de origem. Foi uma aula importante e inesquecível.

Marília já expusera em 1964 na Galeria d’Arte della “Casa do Brasil” e em catálogo consta observações de críticos italianos.

A arte de Marília continua viva, como suas “superfícies vivas”, e a sua memória ficará na lembrança de todos aqueles que a conheceram de perto.( texto escrito por : Maria Helena Andrés )


Quando iniciava uma Obra; a artista Marilia Giannetti Torres se dedicava de corpo e alma, saia de sua realidade e se focava obcesivamente para que pudesse premiar o mundo com Obras perfeitas e jamais vistas, muito organizada tratava suas obras com extraordinário zelo. Mostrava o sentimento, nenhuma palavra definiria melhor sua criação do que o nome a técnica que ela mesma criou, "Superficie Viva", pois é algo realmente que vc sente vida... o apreciador é o apreciador de sí mesmo quanto está diante de tal Obra. PRÊMIOS:

-2°(SEGUNDO) PRÊMIO DE PINTURA - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS (1949 ) -1°PRIMEIRO PRÊMIO NO VII SALÃO MUNICIPAL DE BELAS ARTES BELO HORIZONTE (1952 ) -2°SEGUNDO PRÊMIO NO XVII SALÃO MUNICIPAL DE BELAS ARTES DE BELO HORIZONTE ( 1962 ) -PRÊMIO DE AQUISIÇÃO - ITAMARATY - VIII BIENAL DE SÃO PAULO ( 1965 )

PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES:

Exposições Coletivas

s.d. - Kansas (Estados Unidos) - Nineth Bienal of Fine Arts Festival, na Kansas State University

1952 - Belo Horizonte MG - 7º Salão Municipal de Belas Artes - 1º prêmio

1953 - Rio de Janeiro RJ - 2º Salão Nacional de Arte Moderna, no MNBA

1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados

1958 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1960 - Rio de Janeiro RJ - 9º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1961 - Rio de Janeiro RJ - 10º Salão Nacional de Arte Moderna

1962 - Belo Horizonte MG - 17º Salão Municipal de Belas Artes - 2º prêmio

1963 - Rio de Janeiro RJ - 12º Salão Nacional de Arte Moderna

1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1964 - Córdoba (Argentina) - 2ª Bienal Americana de Arte

1964 - Filadélfia (Estados Unidos) - Festival de Arte Brasileira

1964 - Rio de Janeiro RJ - Retrato e Obra, na Galeria do ICBEU

1965 - Brasília DF - 2º Salão de Arte Moderna do Distrito Federal

1965 - Rio de Janeiro RJ - 14º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1965 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAM/RJ

1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal - Prêmio Aquisição Itamaraty

1965 - Washington D. C. (Estados Unidos) - Brazilian Artists from the States of Minas Gerais, no Brazilian American Culture Institute

1966 - Rio de Janeiro RJ - 15º Salão Nacional de Arte Moderna

1966 - Salvador BA - 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas

1967 - Rio de Janeiro RJ - 16º Salão Nacional de Arte Moderna

1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1968 - Alemanha - Brasilianische Malerei der Gegenwart

1974 - São Paulo SP - 1ª Mostra Brasileira de Tapeçaria, no MAB-FAAP

1976 - São Paulo SP - 8º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1985 - Rio de Janeiro RJ - Galeria Ibeu Copacabana 25 Anos: 1960-1985, no Ibeu

1996 - Belo Horizonte MG - A Cidade e o Artista: dois centenários, no BDMG Cultural

1996 - Belo Horizonte MG - Consolidação da Modernidade em Belo Horizonte, no MAP

2003 - Belo Horizonte MG - Mulheres, na Galeria de Arte Copasa

2005 - Belo Horizonte MG - 40/80: uma mostra de arte brasileira, na Léo Bahia Arte Contemporânea

Exposições Individuais

1947 - Individual, no Centro Cultural Franco-Brasileiro

1952 - Belo Horizonte MG - Individual, na Galeria do Ibeu

1953 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria do Ibeu

1962 - Belo Horizonte MG - Individual, na Galeria do Ibeu

1963 - São Paulo SP - Individual, na Selearte

1963 - Belo Horizonte MG - Individual, na Galeria Guignard

1964 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie

1964 - Roma (Itália) - Individual, na Casa do Brasil

1964 - Santiago (Chile) - Individual, no Centro Brasileiro de Cultura

1965 - Paris (França) - Individual, na Galeria Valerie Schmidt

1966 - São Paulo SP - Individual, na Galeria São Luís

1967 - Paris (França) - Individual, na Galeria Valerie Schmidt

1969 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Décor

1970 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Copacabana Palace

1976 - Belo Horizonte MG - Individual, na Galeria Guignard

1977 - Belo Horizonte MG - Retrospectiva, no MAP

1978 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Bonino

1982 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Maison de France

1987 - Brasília DF - Individual, na Fundação Cultural do Distrito Federal

1991 - Belo Horizonte MG - Individual, no Fernando Pedro Escritório de Arte

1991 - Rio de Janeiro RJ - Retrospectiva, no MNBA

2004 - Belo Horizonte MG - Individual, na Léo Bahia Arte Contemporânea


Fontes de Pesquisa :

CAVALCANTI, Carlos (org.); AYALA, Walmir (org.). Dicionário brasileiro de artistas plásticos - Q - Z. Apresentação Maria Alice Barroso. Brasília: MEC : INL, 1973. v. 4, pt. 2, il. p&b. (Dicionário especializado, 5). p.407.

LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988. 555 p., il. p&b., color. p.510.

PONTUAL, Roberto. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Apresentação Antonio Houaiss; texto Mário Barata, Lourival Gomes Machado, Roberto Pontual, Carlos Cavalcanti, Flávio Mota, Aracy Amaral, Walter Zanini, Ferreira Gullar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. 559 p., il. p&b., color. p.524.

VIEIRA, Ivone Luzia. A Escola Guignard na cultura modernista de Minas: 1944-1962. Pedro Leopoldo: CESA, 1988. 162 p., il. color.

ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. Apresentação Walther Moreira Salles. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães : Instituto Walther Moreira Salles, 1983. il. color.

http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=2706&cd_item=33&cd_idioma=28555

http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=2706&cd_idioma=28555&cd_item=1

http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/contents.do?evento=conteudo&idConteudo=85419&chPlc=85419