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Paula Aglaia (discussão) 00h29min de 24 de julho de 2021 (UTC)[responder]

Vila Ipojuca pertence à Lapa e teve seus primeiros loteamentos iniciados em 1921, portanto depois da I Guerra Mundial, razão pela qual abrigou, desde o início, centenas de famílias imigrantes, em sua maioria pronevientes do Leste Europeu, sobretudo os húngaros ou "hungareses", como se denominavam. Daí se justifica parte da toponímia da vila, com ruas como Húngara, Croata, Dnieper, Rumaica, Búlgara, além da Praça Tcheco. Ainda que outros logradouros tenham mudado de nome, os antigos moradores não deixaram de lembrar outras gerações sobre os nomes originais, como a avenida Ricardo Medina Filho, antiga avenida dos Bálcãs, e mesmo as ruas Camburiú e Ibiquara que eram, respectivamente, Sérvia e Lituânia. Afora as inúmeras travessas, vielas e escadões que ligam a vila com nomes de antigos moradores. Espaços, aliás, cruciais para quem caminha pela vila, situada entre o Maciço Geológico da Cerro Corá - que é parte do Espigão da avenida Paulista - e o fundo de vale rumo à várzea do Tietê.

Praticamente toda a Vila Ipojuca conforma a Microbacia Hidrográfica do Córrego do Mandí, também conhecido como Tiburtino, razão pela qual moradores buscam criar o Parque Linear do Tiburtino/Mandí [1], para que as nascentes e lençóis freáticos que ainda existem sejam tombados e que haja mais atenção e cuidado com áreas públicas de convívio e de lazer, fatores de cidadania e de segurança efetiva. Até meados de 1930, pouco antes da explosão demográfica que marcaria a cidade de São Paulo até o final dos anos 1990, quase dobrando sua população de 12 em 12 anos, havia muitas nascentes e bicas de água potável. Porém o crescimento da população, porém, a água se tornava recursos escasso e cresciam as reivindicações dos moradores por um sistema de saneamento e a construção de caixa d´água. Desde a segunda década do século XXI, sua paisagem sofre mudanças com a especulação imobiliária que acarretou a verticalização desenfreada, causando problemas como aumento da poluição atmosférica (por poluição particulada e sonora), maior afluxo de veiculos automotivos frente à pouca atenção aos pedestres, comprometimento da iluminação e dos ventos, o que fez com que a avifauna do bairro diminuísse drasticamente.


Enquanto isso, moradores antigos lutam por preservar a identidade e os patrimônios materiais do bairro, como o charmoso Ponto de ônibus da Praça Coronel Cipriano de Moraes, construído em meados da década de 1950 pela Divisão de Engenharia e Obras da antiga Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), que operava linhas de ônibus locais e gerenciou o sistema de transportes públicos coletivos sobre rodas até 1994. O ponto é marco na paisagem afetiva e visual e materializa a memória do acesso direto da vila ao centro da Lapa e ao centro da cidade. [3]. Outro referencial histórico da Vila Ipojuca é a cenográfica Paróquia São João Batista da Vila Ipojuca, construída ao longo de mais de duas décadas por gerações de famílias enraizadas no bairro, obra, aliás, alavancada pelo antigo pároco Padre Walter Schewiora, que dá nome a um dos logradouros também [4].

História

O termo "Ipojuca" vem do dialeto tupi, yapó-yuca, que significa riacho ou brejo. Os primeiros arruamentos foram abertos por Luis Pereira de Queirós, o mesmo contratou um topógrafo de Pernambuco, que viu algumas semelhanças com sua terra natal. Esta história está nos traçados sinuosos das ruas do bairro, cuja topografia foi literalmente desbravada e esculpida pelos primeiros moradores do bairro.[5]