Dívida interna
A neutralidade deste artigo foi questionada. |
Dívida interna é a parte da dívida pública que representa o somatório dos débitos, resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos por um governo, com entidades financeiras e indivíduos (no Brasil, por exemplo, através do Tesouro Direto) de seu próprio país. A dívida interna é complementada com a dívida externa para formar a dívida pública.[1]
As dívidas internas podem ter três origens: o financiamento de gastos públicos com bens e serviços como educação e obras; gastos com juros de dívidas anteriores; e a política cambial e monetária que ocorre no caso do banco central. A dívida interna abrange as administrações federais, estaduais e municipais e também suas empresas estatais. Também fazem parte deste valor os saldos dos fundos públicos, previdência social e das contas de autoridade monetária.
No Brasil
[editar | editar código-fonte]Recentemente no Brasil, ocorreu um enorme aumento na divida interna, mas isso não aconteceu por conta de investimentos com bens ou serviços, mas sim por conta das taxas de juros e custos da política monetária e cambial. Em 2002 o Brasil possuía em divida interna o valor de 640 bilhões, já no ano de 2007 a divida subiu para 1.4 trilhão. No ano de 2010 a divida estava em 1,603 trilhão, sendo que no mesmo período de 2009 ela estava em 1,398 trilhão, este considerável aumento ocorreu devido a empréstimos que foram concedidos pelo Tesouro nacional ao BNDS. No ano de 2012 houve uma troca de emissão de títulos de curto prazo, para os títulos de médio e longo prazo com isso ocorreu um aumento de 5,84 %, subindo para o valor de R$ 2,02 trilhões. No mês de dezembro a divida interna somava R$ 1,91 trilhão. Ao longo do ano foi possível notar um certo avanço na composição dos prazos. Já no ano de 2013 o crescimento foi de R$ 112 bilhões. Nestes últimos dois anos foi diminuído o valor dos empréstimos para bancos públicos , no ano de 2012 este valor estava em R$ 55 bilhões já em 2013 se encontrava em R$ 39 bilhões.[2]
Em 2004, um terço da dívida era indexada ao dólar. Isso deixava o país exposto a choques externos, já que variações no câmbio impactavam no valor da dívida. Quase metade era indexada à inflação. Os títulos com rendimento prefixado eram menos de 10% do total. Entre 2004 e 2014, o Brasil teve significativos avanços nesse quesito, conquistando confiança de investidores, que cada vez mais aceitavam emprestar dinheiro a taxas definidas previamente.
O Tesouro Nacional informou recentemente que, em 2015, a dívida pública (divida interna + divida externa) alcançou R$ 2,6 trilhões.[3]
Depois de encerrar 2017 acima da barreira de R$ 3,5 trilhões e em nível recorde, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá chegar ao fim de 2018 entre R$ 3,78 trilhões e R$ 3,98 trilhões. Os números foram divulgados em 25/01/2018 pelo Tesouro Nacional, que apresentou o Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública em 2018.[4]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ O que é? Dívida interna
- ↑ «ENTENDA A DÍVIDA INTERNA». Consultado em 22 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 20 de agosto de 2012
- ↑ «Dívida pública sobe 0,78% em julho, para R$ 2,6 trilhões». Consultado em 24 de agosto de 2015