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Vocabulário controlado

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Em Biblioteconomia, segundo Maculan[1] (2011), vocabulário controlado é uma linguagem desenvolvida artificialmente e composta por termos que podem ser organizados em uma estrutura relacional ou alfabética. O vocabulário controlado constitui-se basicamente de uma lista (hierárquica ou não) de termos a serem empregados no processo de indexação —ou representação temática— de um documento[2].

Segundo o Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia[2], sua principal função é compatibilizar a linguagem empregada pelos pesquisadores à linguagem adotada em um sistema de informação, elaborada por um indexador. Ainda segundo o Dicionário, uma das principais características dos vocabulários controlados é a rede de remissivas dos sinônimos e quase-sinônimos para um termo controlado.

Os vocabulários controlados possuem cinco funções: tradução, consistência, indicação de relacionamentos, campo e busca, recuperação. Com base na declaração de Currás[3] (1995), vocabulário controlado “é uma lista de termos elaborada para identificar o assunto ou os assuntos de um documento com especificidade bastante pra permitir sua recuperação rápida e eficaz”. Com isto, Maculan (2011) compreende que um vocabulário controlado possibilita o controle da terminologia de um domínio, instituindo regras para seu uso, compartilhamento e expansão.

Ao contrário da indexação social (ou Folksonomia), os termos de um vocabulário controlado são mais rígidos, podendo muitas vezes distanciar-se das necessidades reais dos pesquisadores[4].

O gerenciamento dos vocabulários controlados geralmente se dá por meio de softwares como o TemaTres ou Multites. Seu uso se dá especialmente no contexto de bibliotecas universitárias e bibliotecas especializadas, visando garantir uma melhor recuperação da informação solicitada pelos usuários. Sua elaboração é regida por normas como a ANSI/NISO Z39.19[5] e ISO 25964. Esta última norma foi publicada em duas partes, uma (parte 1[6]) em 2011, que trata de aspectos conceituais e de aspectos relativos à construção de tesauros, e outra (parte 2[7]) em 2013, que aborda de modo mais específico os aspectos de interoperabilidade entre vocabulários controlados.

Exemplos de vocabulários controlados

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Além destes vocabulários, o BARTOC.org disponibiliza uma lista de diversos vocabulários controlados divididos por linhas temáticas.

Referências

  1. MACULAN, B.C. M. S.. Taxonomia facetada e navegacional - um mecanismo de recuperação. Universidade federal de Minas Gerais, 2011. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/ECID-8LAN5K/maculan_taxonomia_facetada_navegacional.pdf?sequence=1>. Acesso em: 8 dez. 2014.
  2. a b CUNHA, Murilo Bastos da; CAVALCANTI, Cordélia Robalinho de Oliveira (2008). Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia. Brasília, DF: Briquet de Lemos 
  3. CURRÁS, Emilia. Tesauros: linguagens terminológicas. Brasília: IBICT, 1995.
  4. DALY, Ellen; BALLANTYNE, Neil (jun. 2009). «Ensuring the discoverability of digital images for social work education: an online "tagging" survey to test controlled vocabularies». Webology, v. 6, n. 2. Consultado em 29 jul. 2018 
  5. FUJITA, Mariângela Spotti Lopes; SANTOS, Luciana Beatriz Piovezan dos; CRUZ, Maria Carolina Andrade; MOREIRA, Walter (2017). «Avaliação das características do TemaTres e Multites para o controle de autoridades nas bibliotecas universitárias». Scire 
  6. INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION (2011). ISO 25964: information and documentation: thesauri and interoperability with other vocabularies - part 1: thesauri for information retrieval. Genebra: ISO 
  7. INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION (2013). ISO 25964: information and documentation- thesauri and interoperability with other vocabularies - part 2: interoperability with other vocabularies. Genebra: ISO 
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