Óscar Aníbal Piçarra de Castro Cardoso

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Óscar Aníbal Piçarra de Castro Cardoso (Lisboa, 10 de Junho de 1935), inspector-adjunto da PIDE/DGS, foi o organizador dos Flechas durante a Guerra Colonial Portuguesa.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em 1935. Foi aluno no Colégio Moderno e pertenceu à Mocidade Portuguesa. Ingressou na Legião Portuguesa quando frequentava o Instituto Superior de Estudos Ultramarinos. Teve que interromper os estudos para prestar serviço militar na Índia Portuguesa, em 1959/60. Pertenceu depois à GNR, até 1965, altura em que ingressou na PIDE.

Em 1966, partiu para Angola. Em Serpa Pinto, criou os Flechas, inspirado nas obras de vários militares e guerrilheiros como Jean Lartéguy, Spencer Chapman (The jungle is neutral), T. E. Lawrence (Os Sete Pilares da Sabedoria), Mao Tse Tung (A guerra revolucionária) e Sun Tzu (A arte da guerra).

Em 1968, foi-lhe atribuído o Prémio Governador-Geral de Angola.

Esteve em Moçambique em 1971 e 1972, e em 1973 no Uíge.

Ao regressar a Lisboa, no final de 1973, com o posto de inspector-adjunto, foi colocado na Direcção dos Serviços de Informação, coordenando a informação em Angola e Moçambique.

Aquando do 25 de Abril de 1974, juntamente com outros oficiais e agentes, esteve entrincheirado na sede da PIDE na rua António Maria Cardoso. Foi preso e permaneceu detido em Caxias, Peniche e Alcoentre durante dois anos.

Após ter sido libertado, foi para a Rodésia onde trabalhou na formação dos Sealous Scouts, uma versão rodesiana dos Flechas e no CIO (Central Inteligence Organisation).

Em 1977, foi para a África do Sul, onde serviu nas forças armadas, na força aérea, saindo com o posto de coronel. Também trabalhou nos Serviços de Inteligência Militar do Exército sul-africano. Também desempenhou funções como chefe de segurança VIP.

Em 1991, regressou a Portugal. Em 1992, foi-lhe atribuída pelo governo de Cavaco Silva uma pensão vitalícia por serviços relevantes prestados à Pátria,[1] que posteriormente viria a ser revogada.

Referências

  1. José Pedro Castanheira (9 de junho de 2009). «Cavaco tenta corrigir erro com 20 anos». 09-06-2009. Consultado em 8 de maio de 2020 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Vasco, Nuno e Cardoso, Óscar (1998). A Bem da Nação. Lisboa: Publicações Dom Quixote. ISBN 972-20-1447-1.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]