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Afogamento: diferenças entre revisões

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== O '''afogamento''' é a dificuldade respiratória causada pela aspiração de líquido não corporal por submersão ou imersão. ==
== O '''afogamento''' é a dificuldade respiratória pinto causada pela aspiração de líquido não corporal por submersão ou imersão. ==


== A dificuldade respiratória inicia quando o líquido entra em contato com as vias aéreas da pessoa por imersão (spray de água na face) ou por submersão (quando abaixo da superfície do líquido). Se a pessoa é resgatada o processo de afogamento é interrompido, o que é denominado um “'''afogamento não fatal'''”. Se ocorre a morte isto é denominado um “'''afogamento fatal'''”. Qualquer incidente sem evidência de aspiração de liquido deve ser considerado um “'''resgate na água'''” e não um afogamento.Termos como "quase afogamento"(near-drowning), "afogamento seco ou molhado", "afogamento secundário", "afogamento ativo e passivo" e "afogamento secundário" são obsoletos e não devem ser utilizados. Todas as pessoas que passam por um apuro dentro da água podem apresentar hipotermia, náuseas, vômitos, distensão abdominal, tremores, cefaléia (dor de cabeça), mal estar, cansaço, dores musculares, dor no tórax, diarréia e outros sintomas inespecíficos. Grande parte destes sintomas é decorrente do esforço físico realizado dentro da água sob stress emocional do medo, durante a tentativa de se salvar do afogamento.
== A dificuldade respiratória inicia quando o líquido entra em contato com as vias aéreas da pessoa por imersão (spray de água na face) ou por submersão (quando abaixo da superfície do líquido). Se a pessoa é resgatada o processo de afogamento é interrompido, o que é denominado um “'''afogamento não fatal'''”. Se ocorre a morte isto é denominado um “'''afogamento fatal'''”. Qualquer incidente sem evidência de aspiração de liquido deve ser considerado um “'''resgate na água'''” e não um afogamento.Termos como "quase afogamento"(near-drowning), "afogamento seco ou molhado", "afogamento secundário", "afogamento ativo e passivo" e "afogamento secundário" são obsoletos e não devem ser utilizados. Todas as pessoas que passam por um apuro dentro da água podem apresentar hipotermia, náuseas, vômitos, distensão abdominal, tremores, cefaléia (dor de cabeça), mal estar, cansaço, dores musculares, dor no tórax, diarréia e outros sintomas inespecíficos. Grande parte destes sintomas é decorrente do esforço físico realizado dentro da água sob stress emocional do medo, durante a tentativa de se salvar do afogamento.

Revisão das 13h54min de 1 de abril de 2014

Drowning / Near Drowning
Especialidade medicina de urgência
Classificação e recursos externos
CID-10 T75.1
CID-9 994.1
CID-11 1369717987
DiseasesDB 3957
MedlinePlus 000046
eMedicine 772753
MeSH D004332
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

O afogamento é a dificuldade respiratória pinto causada pela aspiração de líquido não corporal por submersão ou imersão.

== A dificuldade respiratória inicia quando o líquido entra em contato com as vias aéreas da pessoa por imersão (spray de água na face) ou por submersão (quando abaixo da superfície do líquido). Se a pessoa é resgatada o processo de afogamento é interrompido, o que é denominado um “afogamento não fatal”. Se ocorre a morte isto é denominado um “afogamento fatal”. Qualquer incidente sem evidência de aspiração de liquido deve ser considerado um “resgate na água” e não um afogamento.Termos como "quase afogamento"(near-drowning), "afogamento seco ou molhado", "afogamento secundário", "afogamento ativo e passivo" e "afogamento secundário" são obsoletos e não devem ser utilizados. Todas as pessoas que passam por um apuro dentro da água podem apresentar hipotermia, náuseas, vômitos, distensão abdominal, tremores, cefaléia (dor de cabeça), mal estar, cansaço, dores musculares, dor no tórax, diarréia e outros sintomas inespecíficos. Grande parte destes sintomas é decorrente do esforço físico realizado dentro da água sob stress emocional do medo, durante a tentativa de se salvar do afogamento.
Resgate é a pessoa resgatada viva da água que não apresenta tosse ou espuma na boca e/ou nariz - pode ser liberada no local do acidente sem necessitar de atendimento médico após avaliação do socorrista, quando consciente.
Afogamento é a pessoa resgatada da água que apresenta evidencias de aspiração de líquido: tosse, ou espuma na boca ou nariz - deve ter sua gravidade avaliada no local do incidente, receber tratamento adequado e acionar se necessário uma equipe médica (suporte avançado de vida).
Cada afogamento sinaliza o fracasso da intervenção mais eficaz - ou seja, a prevenção. Estima-se que mais de 85% dos casos de afogamento podem ser prevenidos pela supervisão, ensino de natação, tecnologia, regulamentação e educação pública. ==

Perfil do Afogamento

No mundo, 500 mil pessoas morrem a cada ano devido a afogamento não intencional. Estes números excluem diversos regiões de nosso planeta, principalmente a Ásia e África onde muito poucos registros de casos de óbitos por afogamento (sub-notificação) e ainda situações de morte por afogamentos que ocorrem como resultado de inundações e tsunamis. Afogamento é a principal causa de morte no mundo entre meninos de cinco a 14 anos de idade. Nos Estados Unidos, afogamento é a segunda causa de morte por trauma entre crianças de um a quatro anos de idade (3 por 100.000 habitantes), e em alguns países, como Tailândia, o índice na faixa de dois anos de idade chega e 107 por 100.000 habitantes. Em muitos países na África e na América Central, a incidência de afogamentos é 10 a 20 vezes maior do que a incidência nos Estados Unidos[1]. No Brasil, 6.500 pessoas morrem afogadas anualmente e o afogamento é a segunda causa de mortes na faixa de 5 a 9 anos, sendo mais de 70% do sexo masculino[2]. Fatores de risco para o afogamento é o sexo masculino, idade inferior a 14 anos, uso de álcool, baixa renda familiar, baixo nível educacional, residência rural, maior exposição ao meio aquático, comportamento de risco e falta de supervisão.

Comportamento da pessoa em apuros dentro da água

Em geral, o afogamento é rápido e não chama a atenção. Os filmes e novelas que representam o afogamento como algo ruidoso e com gestos violentos espetaculares na realidade mostram a pessoa aflita por perceber que está na iminência de se afogar, mas que ainda não está se afogando. O afogamento começa no momento em que uma pessoa é incapaz de manter sua boca acima da água [3]. O mais comum é a pessoa começar a se afogar sem ter percebido antes que estava prestes a se afogar e, por isso, não grita e nem chama a atenção com gestos espetaculares, ao invés disso, a vítima apresenta a chamada resposta instintiva ao afogamento [4], em que ela não pode falar nem gritar, mas faz movimentos característicos com os braços que são involuntários, controlados pelo sistema nervoso autônomo.

A resposta instintiva ao afogamento abrange muitos sinais ou comportamentos associados com afogamento:

  • Cabeça baixa na água, boca no nível da água
  • Cabeça inclinada para trás com a boca aberta
  • Olhos vidrados e vazios, incapazes de focar
  • Olhos abertos, com expressão de medo evidente no rosto
  • Hiperventilação ou respiração ofegante
  • Parece tentar nadar em uma determinada direção, mas não faz progressos
  • Parece tentar rolar nas costas para flutuar
  • Incontrolável movimento de braços e pernas, raramente fora da água.

A resposta instintiva ao afogamento dura de 20 a 60 segundos, depois dos quais a vítima afundará se não for socorrida. Diferentemente, uma pessoa que ainda pode gritar e manter a boca acima da água pode estar em pânico, mas não está se afogando, isto é, sua vida ainda não está em risco imediato. [5]

Durante a resposta instintiva ao afogamento, a vítima pode parecer "muito quieta", e, devido aos movimentos involuntários, é incapaz de fazer outras ações para salvar sua vida - ela não pode bater os pés, nem nadar, nem segurar uma bóia, nem agarrar uma corda nem qualquer equipamento de resgate neste momento [5]. O comportamento da vítima pode ser mal interpretado como "brincando na água" por pessoas não familiarizadas com afogamentos, e pessoas a poucos metros de distância podem não perceber que uma situação de emergência está ocorrendo.

O processo de afogamento

Quando uma pessoa que está em apuros e não pode mais manter as vias aéreas livre de líquido, a água que entra na boca é voluntariamente cuspida ou engolida. A resposta consciente imediata é tentar segurar a respiração, mas esta tem a duração de não mais do que um minuto. Quando então a vontade de respirar é demasiadamente forte, certa quantidade de água é aspirada para as vias aéreas e a tosse ocorre como uma resposta reflexa. Se a pessoa não é resgatada, a aspiração de água continua e torna mais difícil a troca e obtenção do oxigênio reduzindo-o no sangue, o que leva rapidamente à perda de consciência e parada na respiração e em mais alguns segundos a poucos minutos a parada cardíaca. Os sinais e sintomas presentes dependeram do momento em que esta pessoa foi resgatada. Se a pessoa é resgatada viva, os sinais e sintomas são determinados predominantemente pela quantidade de água que foi aspirada e os seus efeitos. Se, no entanto só houve o resgate quando o coração já havia parado, o quadro será de uma Parada Cardio-Respiratória (PCR). Portanto quanto antes houver o resgate menor será a gravidade do caso. A aspiração de água salgada e água doce causam graus similares lesão no afogamento, não tendo importância nos sinais, sintomas, gravidade ou no tratamento do afogamento.

Se a RCP (Reanimação cardiopulmonar) for necessária, o risco de dano neurológico é semelhante a outros casos de parada cardíaca. No entanto, a hipotermia associada com afogamento pode proporcionar um mecanismo de proteção ao cérebro que permita prolongados episódios de PCR sem seqüelas (lesões permanentes). A hipotermia pode reduzir o consumo de oxigênio no cérebro, retardando a morte celular. A hipotermia reduz a atividade elétrica e metabólica do cérebro de forma dependente da temperatura. A taxa de consumo de oxigênio cerebral é reduzida em cerca de 5% para cada redução de 1°C na temperatura dentro do intervalo de 37°C a 20°C. Isto significa que o afogamento tem maiores chances de ser ressuscitado.

O socorro e o primeiro atendimento ainda dentro da água

Muitos afogados são capazes de se salvar por conta própria ou são resgatados a tempo por leigos. Em áreas onde existe guarda-vidas trabalhando, menos de 6% dos resgates necessitam de atenção médica, e apenas 0,5% necessitam de RCP. Em contra-partida em resgates realizados por leigos, 30% das pessoas afogadas necessitaram de RCP. Pessoas sem treinamento devem ajudar outras em perigo sem entrar na água, evitando, desta forma, se afogar junto. Técnicas mais seguras de ajudar incluem utilizar um objeto, como uma vara, toalha, ou galho de árvore ou jogar um objeto flutuante. Estas respostas fáceis, rápidas e seguras são, muitas vezes, negligenciadas, mas devem ser prioridades na hora de ajudar alguém em apuros na água. A segurança do socorrista é a prioridade número 1.[6] É essencial o acionamento imediato do SEM (Serviço de Emergência Médica) como forma de ajuda com o resgate e o primeiro atendimento em área seca. Se a pessoa estiver consciente, ela deve ser trazida para a área seca e o Suporte Básico de Vida será, então, iniciado o mais cedo possível. Se o afogado estiver inconsciente, a ressuscitação na água (ventilação somente) tem resultados três vezes mais favoráveis. No entanto, só é possível por um socorrista treinado. As tentativas de compressão torácica dentro da água são fúteis, assim como a avaliação de pulso arterial não serve a qualquer propósito. Casos de afogamento com parada respiratória ainda dentro da água usualmente respondem após algumas poucas ventilações de resgate. Se não houver resposta, assuma como sendo uma parada cardiorrespiratória e resgate o mais rapidamente possível para área seca, onde a RCP eficaz possa ser iniciada.

Se você for o afogado
• Mantenha a calma – a maioria das pessoas morre por conta do desgaste muscular desnecessário na luta contra a correnteza.
• Mantenha-se apenas flutuando e acene por socorro. Só grite se realmente alguém puder lhe ouvir, caso contrário você estará se cansando e acelerando o afogamento. Acenar por socorro geralmente é menos desgastante e produz maior efeito.
• No mar, uma boa forma de se salvar é nadar ou deixar se levar para o alto mar, fora do alcance da arrebentação e a favor da correnteza, acenar por socorro e aguardar. Ou se você avistar um banco de areia, tentar alcançá-lo.
• Em rios ou enchentes, procure manter os pés à frente da cabeça, usando as mãos e os braços para dar flutuação. Não se desespere tentando alcançar a margem de forma p
erpendicular tente alcançá-la obliquamente, utilizando a correnteza a seu favor.

Se você for o socorrista – cuidado para não se tornar a vítima!
• Decida o local por onde irá atingir ou ficar mais próximo da vítima.
• Tente realizar o socorro sem entrar na água
Se a vítima se encontra a menos de 4 m (piscina, lagos, rios), estenda um cabo, galho, cabo de vassoura para a vítima. Se estiver a uma curta distancia, ofereça sempre o pé ao invés da mão para ajudá-la – é mais seguro.
Se a vítima se encontra entre 4 e 10 m (rios, encostas, canais), atire uma bóia (garrafa de 2 litros fechada, tampa de isopor, bola), ou amare-a a uma corda e atire a vítima segurando na extremidade oposta.
Deixe primeiro que a vítima se agarre ao objeto e fique segura. Só então a puxe para a área seca.
Se for em rio ou enchentes, a corda poderá ser utilizada de duas formas: Cruzada de uma margem a outra obliquamente, de forma que a vítima ao atingi-la será arrastada pela corrente à margem mais distante; ou fixando um ponto a margem e deixando que a correnteza arraste-a para mais além da mesma margem.

Se você decidiu entrar na água para socorrer:
Avise a alguém que você tentará salvar a vítima e que chame socorro profissional.
Leve consigo sempre que possível algum material de flutuação (prancha, bóia, ou outros).
Retire roupas e sapatos que possam pesar na água e dificultar seu deslocamento. É válida a tentativa de se fazer das calças um flutuador, porém isto costuma não funcionar se for sua primeira vez.
Entre na água sempre mantendo a visão na vítima.
Pare a 2 m antes da vítima e lhe entregue o material de flutuação. Sempre mantenha o material de flutuação entre você e a vítima.
Nunca permita que a vítima chegue muito perto, de forma que possa lhe agarrar. Entretanto, caso isto ocorra, afunde com a vítima que ela lhe soltará.
Deixe que a vítima se acalme, antes de chegar muito perto.
Se você não estiver confiante em sua natação, peça a vítima que flutue e acene pedindo ajuda. Não tente rebocá-la até a borda da piscina ou areia, pois isto poderá gastar suas últimas energias.
Durante o socorro, mantenha-se calmo, e acima de tudo não se exponha ou ao paciente a riscos desnecessários.

Os primeiros socorros em área seca

Uma vez em área seca, o afogado deve ser colocado em decúbito dorsal (barriga para cima), com o tronco e a cabeça no mesmo nível (geralmente paralelo à linha da água), e iniciar imediatamente o Suporte Básico de Vida. Para os acasos de afogamento ainda se utiliza o ABC da vida descrito abaixo.
1 - Ao chegar em área seca cheque a resposta da vítima perguntando, “Você está me ouvindo?”
2 - Se houver resposta da vítima ela está viva, e indica ser um caso de resgate ou grau 1, 2, 3, ou 4. Coloque em posição lateral de segurança e aplique o tratamento apropriado para o grau de afogamento (veja abaixo). Avalie então se há necessidade de chamar o socorro avançado (ambulância) e aguarde o socorro chegar. Se não houver resposta da vítima (inconsciente) – Ligue 193 ou peça a alguém para chamar a ambulância ou o guarda-vidas, e;
3 - Abra as vias aéreas, colocando dois dedos da mão direita no queixo e a mão esquerda na testa, e estenda o pescoço;
4 - Cheque se existe respiração - ver, ouvir e sentir - ouça e sinta a respiração e veja se o tórax se movimenta (figura) - Se houver respiração é um caso de resgate, ou grau 1, 2, 3, ou 4. Coloque em posição lateral de segurança e aplique o tratamento apropriado para grau do afogamento.
5 - Se não houver respiração – inicie a ventilação boca-a-boca - Obstrua o nariz utilizando a mão (esquerda) da testa, e com os dois dedos da outra mão (direita) abra a boca e realize 5 ventilações boca-a-boca iniciais observando um intervalo entre cada uma que possibilite a elevação do tórax, e logo em seguida o seu esvaziamento. É recomendável a utilização de barreira de proteção (máscara), e:
6 - Palpe o pulso arterial carotídeo ou cheque sinais de circulação (movimentos ou reação à ventilação) - Coloque os dedos (indicador e médio) da mão direita no “pomo de adão” e escorregue perpendicularmente até uma pequena cavidade para checar a existência ou não do pulso arterial carotídeo ou simplesmente observe movimentos na vítima ou reação a ventilação feita.
7 – Se houver pulso, é uma parada respiratória isolada - grau 5, mantenha somente a ventilação com 12 vezes por minuto até o retorno espontâneo da respiração.
Se não houver pulso ou sinais de circulação, retire os dois dedos do queixo e passe-os pelo abdômen localizando o encontro das duas últimas costelas, marque dois dedos (figura), retire a mão da testa e coloque-a no tórax e a outra por sobre a primeira e inicie 30 compressões cardíaca externa em caso de 1 socorrista ou 15 compressões em caso de dois socorristas para casos de afogamento. A velocidade destas compressões deve ser de 100 vezes em 60 segundos.
Em crianças de 1 a 9 anos utilize apenas uma mão para as compressões.
Mantenha alternando 2 ventilações e 15 compressões (RCP em afogamento com dois socorristas), e não pare até que:
a - Haja resposta e retorne a respiração e os batimentos cardíacos. Coloque então a vítima de lado (figura) e aguarde o socorro médico solicitado;
b – Você entregue o afogado a uma equipe médica; ou
c – Você fique exausto.
Assim, durante a RCP, fique atento e verifique periodicamente se o afogado está ou não respondendo, o que será importante na decisão de parar ou prosseguir nas manobras. Existem casos descritos de sucesso na reanimação de afogados após 2 horas de manobras e casos de recuperação sem danos ao cérebro até 1 hora de submersão.
A RCP deve ser realizada no local do acidente, pois é aonde a vítima terá a maior chance de sucesso. Nos casos do retorno da função cardíaca e respiratória acompanhe a vítima com muita atenção, durante os primeiros 30 minutos, até a chegada da equipe médica, pois ainda não esta fora de risco de uma nova parada cárdio-respiratória.

Classificação de afogamento e seu tratamento básico

[7]

GRAU SINAIS E SINTOMAS PRIMEIROS PROCEDIMENTOS
Resgate Sem tosse, espuma na boca/nariz, dificuldade na respiração ou parada respiratória ou PCR 1. Avalie e libere do próprio local do afogamento
1 Tosse sem espuma na boca ou nariz 1. repouso, aquecimento e medidas que visem o conforto e tranqüilidade do banhista.

2. Não há necessidade de oxigênio ou hospitalização

2 Pouca espuma na boca e/ou nariz 1. oxigênio nasal a 5 litros/min

2. aquecimento corporal, repouso, tranqüilização. 3. observação hospitalar por 6 a 24 h.

3 Muita espuma na boca e/ou nariz com pulso radial palpável 1. oxigênio por máscara facial a 15 litros/min no local do acidente.

2. Posição Lateral de Segurança sob o lado direito. 3 - Internação hospitalar para tratamento em CTI.

4 Muita espuma na boca e/ou nariz sem pulso radial palpável 1. oxigênio por máscara a 15 litros/min no local do acidente

2. Observe a respiração com atenção - pode haver parada da respiração. 3. Posição Lateral de Segurança sobre o lado direito. 4 - Ambulância urgente para melhor ventilação e infusão venosa de líquidos. 5. Internação em CTI com urgência.

5 Parada respiratória, com pulso carotídeo ou sinais de circulação presente 1. ventilação boca-a-Boca. Não faça compressão cardíaca.

2. Após retornar a respiração espontânea - trate como grau 4

6 Parada Cárdio-Respiratória (PCR) 1. Reanimação Cárdio-Pulmonar (RCP) (2 boca-a-boca + 15 compressões cardíaca)

2. Após sucesso da RCP - trate como grau 4

já cadaver PCR com tempo de submersão > 1 h, ou Rigidez cadavérica, ou decomposição corporal e/ou livores. Não inicie RCP, acione o Instituto Médico Legal.

Hospital

A maioria das pessoas afogadas aspira apenas pequenas quantidades de água e irá recuperar-se espontaneamente sem auxilio médico. Menos de 6% de todas as pessoas que são resgatadas por guarda-vidas precisa de atenção médica em um hospital. Pacientes com boa oxigenação sem uso de oxigênio auxiliar e que não tenham outra doença ou trauma associado ao afogamento podem ser liberados diretamente do local. Na dúvida sempre devemos encaminhar a pessoa para ser vista por um médico. A hospitalização é recomendada para todos afogamentos grau 2 a 6. Usualmente os afogamento de grau 3 a 6 necessitam de CTI.

Folder completo sobre afogamento - prevenção ao tratamento

Referências

  1. Szpilman D, Bierens JJLM, Handley AJ, Orlowski JP. Drowning: Current Concepts. N Engl J Med 2012;366:2102-10.
  2. David Szpilman. Afogamento - Perfil epidemiológico no Brasil - Ano 2012. Publicado on-line em www.sobrasa.org, Julho de 2012. Trabalho elaborado com base nos dados do Sistema de Informação em Mortalidade (SIM) tabulados no Tabwin - Ministério da Saúde - DATASUS - 2012. Acesso on-line
  3. Fletemeyer, John; Pia (Chapter author) (1999). «Chapter 14 ("Reflections on Lifeguard surveillance programs")». Drowning: new perspectives on intervention and prevention, Volume 1998. [S.l.: s.n.] 234 páginas 
  4. Mario Vittoine, Francesco Pia: "It Doesn’t Look Like They’re Drowning: How To Recognize the Instinctive Drowning Response", On Scene, Fall 2006, p. 14.
  5. a b O'Connell, Claire (3 de agosto de 2010). «What stops people shouting and waving when drowning?». Irish Times. Consultado em 29 de dezembro de 2010 
  6. 4 - Szpilman D. & Soares M., In-water resuscitation— is it worthwhile? Resuscitation 63/1 pp. 25-31 October 2004
  7. Szpilman D. Near-drowning and drowning classification: a proposal to stratify mortality based on the analysis of 1831 cases. Chest 1997;112:660-5.
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