Aldeia global: diferenças entre revisões
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Os factores culturais tem que ser tomados em consideração, face ao processo de internacionalização, sob pena de correrem sérios riscos de insucesso. |
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Que poderia acontecer a um responsável de marketing de uma empresa de transformados de carne de vaca, se pretendesse colocar os seus produtos à venda na Índia, onde a vaca é considerada, por muitos uma animal sagrado? Ou vender frango congelado para o [[Irão]], sem ter em consideração a exigência da religião muçulmana, segundo o qual o frango tem que ser abatido com determinados rituais? |
Que poderia acontecer a um responsável de marketing de uma empresa de transformados de carne de vaca, se pretendesse colocar os seus produtos à venda na Índia, onde a vaca é considerada, por muitos uma animal sagrado? Ou vender frango congelado para o crl* do [[Irão]], sem ter em consideração a exigência da religião muçulmana, segundo o qual o frango tem que ser abatido com determinados rituais? |
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Estes exemplos são critérios imperiosos que o profissional de marketing terá que respeitar, não só os credos e religiões, mas também os seguintes pontos: |
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*Adaptação do bem ou serviço as condições locais do consumidor |
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Revisão das 00h20min de 8 de novembro de 2010
O conceito de "aldeia global", criado pelo sociólogo canadense Marshall McLuhan [1], quer dizer que o progresso tecnológico estava reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia. Marshall McLuhan foi o primeiro filósofo das transformações sociais provocadas pela revolução tecnológica do computador e das telecomunicações. Como paradigma da aldeia global, ele elegeu a televisão, um meio de comunicação de massa em nível internacional, que começava a ser integrado via satélite. Esqueceu, no entanto, que as formas de comunicação da aldeia são essencialmente bidirecionais e entre dois indivíduos. Somente agora, com o celular e a internet é que o conceito começa a se concretizar.
O princípio que preside a este conceito é o de um mundo interligado, com estreitas relações econômicas, políticas e sociais, fruto da evolução das Tecnologias da Informação e da Comunicação (vulgo TIC), particularmente da World Wide Web, diminuidoras das distâncias e das incompreensões entre as pessoas e promotor da emergência de uma consciência global interplanetária, pelo menos em teoria.
Essa profunda interligação entre todas as regiões do globo originaria uma poderosa teia de dependências mútuas e, desse modo, promoveria a solidariedade e a luta pelos mesmos ideais, ao nível, por exemplo da ecologia e da economia, em prol do desenvolvimento sustentável da Terra, superfície e habitat desta "aldeia global".[carece de fontes]
Na verdade, não deixa de ser verdade que, como já evidenciava a teoria do efeito borboleta (teoria do caos), um acontecimento em determinada parte do mundo tem efeitos a uma escala global, como mostra, por exemplo, as flutuações dos mercados financeiros mundiais. Neste sentido, o adjectivo global faria algum sentido, mas, apesar disso, seria restrito.[carece de fontes]
Na verdade, trata-se mais de um conceito filosófico e utópico do que real. Como afirmam muitos teóricos da globalização e alguns críticos do conceito que aqui discutimos, o mundo está longe de viver numa "aldeia" e muito menos global: o conceito de aproximação das pessoas numa aldeia, em que todos se conhecem e participam na vida e nas decisões comunitárias não se coaduna com a ideia de sociedade contemporânea. Além disso, partindo da ideia que o mundo está, de facto, interconectado, não deixa de ser verdade que, nesta aldeia, de nome tão utópico e optimista, muitos são os excluídos (basta lembrar o número de habitantes ligados à internet em algumas regiões africanas).[carece de fontes]
Para termos uma ideia deste conceito, é preciso, pois, lembrarmos a sua ambivalência: por um lado, saber que parte do pressuposto de uma maior aproximação entre as pessoas e da consequente necessidade de uma responsabilidade e responsabilização global; por outro, saber que é um conceito exclusivo e, como tal, excludente.[carece de fontes]
Povos e Culturas
Os factores culturais tem que ser tomados em consideração, face ao processo de internacionalização, sob pena de correrem sérios riscos de insucesso. Que poderia acontecer a um responsável de marketing de uma empresa de transformados de carne de vaca, se pretendesse colocar os seus produtos à venda na Índia, onde a vaca é considerada, por muitos uma animal sagrado? Ou vender frango congelado para o crl* do Irão, sem ter em consideração a exigência da religião muçulmana, segundo o qual o frango tem que ser abatido com determinados rituais? Estes exemplos são critérios imperiosos que o profissional de marketing terá que respeitar, não só os credos e religiões, mas também os seguintes pontos:
- Adaptação do bem ou serviço as condições locais do consumidor
- Os princípios e conceitos estéticos de cada agrupamento social.E muito especialmente ter em atenção agrupamentos minoritários, que constituem em alguns casos, importantes nichos de mercado.
- A língua como factor cultural e de comunicação, nomeadamente, nos aspectos de promoção e publicidade relativos a produtos e serviços.
- Os valores morais prevalecentes numa dada sociedade e as motivações que podem determinar a decisão de compra.
- A organização social, nomeadamente, grupos de referência, influências familiares e lideres de opinião.
Neste contexto, é fundamental analisar elementos não econômicos caracterizadores da matriz cultural do consumidor e determinantes para uma clara definição do marketing-mix
Assim como:
- Língua
- Religião
- Tradições; atitudes e valores culturais
Fonte
VIANA, Carlos e HORTINHA, Joaquim - Marketing Internacional - Edições Sílabo, Lda - 1997
Referências
- ↑ que ficou mundialmente famoso ao publicar o livro "O meio é a mensagem" - RJ: Ed. Record,1969.