Aleixo Raul

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Aleixo Raul (em grego: Ἀλέξιος Ῥαούλ; romaniz.:Aléxios Raoúl; m. ca. 1258) foi um aristocrata bizantino e general do Império de Niceia. Ele alcançou o título de protovestiário durante o reinado do imperador João III Vatatzes (r. 1221-1254).

Biografia[editar | editar código-fonte]

Aleixo Raul foi o herdeiro de uma família rica e aristocrática, com grandes propriedades ao redor de Esmirna, e possivelmente o filho do sebasto Constantino Raul, que tinha desempenhado um papel na usurpação de Aleixo III Ângelo (r. 1195-1203). Ele tornou-se genro do imperador João III Vatatzes (r. 1221-1254), tendo casado com a sobrinha dele.[1] Aleixo e a sobrinha de Vatatzes juntos tiveram seis filhos, cinco filhos (João, Manuel, Isaac e dois de nome desconhecido), e uma filha.[2][3][4][5]

Sob Vatatzes, Aleixo foi elevado a categoria de protovestiário, e a ele foi dado o comando das tropas na Macedônia. Em 1242, ele acompanhou o imperador bizantino em sua campanha contra o governante de Tessalônica, João Comneno Ducas (r. 1237-1244). Ele apareceu novamente em 1252, durante as guerras de Vatatzes contra o déspota do Epiro Miguel II Comneno Ducas (r. 1230-1268).[6] Após a conclusão de um tratado de paz, Aleixo aparentemente permaneceu na Europa, juntamente com o futuro imperador Miguel Paleólogo (r. 1259-1282) em Vodena, guardando as cercanias de Tessalônica.[7]

Como um membro da aristocracia tradicional, ele e sua família sofreu sob Teodoro II Láscaris (r. 1254-1258). Teodoro procurou reduzir a influência da nobreza, favorecendo homens de origem humilde, a quem ele nomeou para os cargos mais altos do Estado. Em 1255, o imperador tirou seu título de protovestiário, e o concedeu a Jorge Muzalon. Além disso, Teodoro casou a filha de Raul com o irmão de Jorge, Andrônico Muzalon, um ato considerado ofensivo, dada origem do noivo,[8] e prendeu seus demais filhos (a data exata não é clara).[7] [9] Consequentemente, a família apoiou ativamente no assassinato dos irmãos Muzalon em 1258, após a morte de Teodoro II, e na usurpação subsequente de Miguel VIII Paleólogo (r. 1259-1282).[2] [10]

Referências

  1. Macrides 2007, p. 251; 259.
  2. a b Kazhdan 1991, p. 1771.
  3. Macrides 2007, p. 342.
  4. Vougiouklaki 2003, Capítulo I.
  5. Cawley 2011, RALLIS [RAOUL].
  6. Macrides 2007, p. 215; 251.
  7. a b Vougiouklaki 2003, Capítulo II.
  8. Macrides 2007, p. 259; 298; 339; 342.
  9. Macrides 2007, p. 339; 350.
  10. Macrides 2007, p. 339; 342.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Cawley, Charles (2011). 'Byzantine 1261-1453' from Medieval Lands. [S.l.]: Foundation for Medieval Genealogy. Consultado em 3 de dezembro de 2012 
  • Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8 
  • Macrides, Ruth (2007). George Akropolites: The History – Introduction, Translation and Commentary. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-921067-1 
  • Vougiouklaki, Penelope (2003). «John Raoul». Encyclopedia of the Hellenic World, Asia Minor. [S.l.]: Foundation of the Hellenic World