Almaçajide (sítio arqueológico)

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Almaçajide
المساجد‎
Localização atual
Almaçajide está localizado em: Iémen
Almaçajide
Coordenadas 15° 10' 12" N 45° 11' 58" E
País Iémen
Província Ma'rib
Dados históricos
Região histórica Reino de Sabá
Fundação entre 690-650 a.C.

Almaçajide (em sabeu: Maʿrabum em árabe: المساجد‎, translit. almusajd) é um sítio arqueológico do período da antiga Arábia do Sul-Sabá, que fazia fronteira com o antigo Reino de Catabã através do Uádi Aljuba. [1] Está localizado aproximadamente a 27 km na direção sul-sudoeste de Ma'rib. [2]

História[editar | editar código-fonte]

Este antigo local se iniciou com as atividades de construção de um templo pelo mucarribe sabeu Iadail Dari I, que reinou por volta de 690-650 a.C. que recebeu o nome de m'rbm. Ao seu redor, construiu fortificações, que são repetidamente referidas como Murade. [2] Duas inscrições encontradas no local foram catalogadas pelo Repertório de Epigrafia Semítica como RES 3949 e RES 3950 ( e que eram as mesmas antigas inscrições adquiridas por Eduard Glaser em 1888 d.C., respectivamente Gl 1108e Gl 1109). As duas pedras com os textos monumentais de Glaser pertenciam a duas arquitraves de dois portais a RES 3949 estava no portal externo que era entrada principal para o tênemo (lugar sagrado) vindo do sudoeste, a RES 3950 estava no portal interno que dava acesso para o pátio do santuário. Atualmente os textos estão fragmentados e foram reciclados como blocos de alvenaria de calcário em edifícios localizados no Uádi Aljuba[3] [4]

Inscrições[editar | editar código-fonte]

Os dois textos iniciam com a formulação Iadail Dari, filho de Sumuali, mucarribe de Sabá, seguida de um de dois verbos bny que significa construiu ou gn’ “fechou com um muro”. Os textos continuam com o nome do edifício, m'rbm, templo de Almacá seguido de diferentes eventos indicando o ímpeto da dedicatória. Fora o uso do verbo bny no lugar de gn’ o conteúdo da formulação de RES 3949 é idêntica na estrutura e de igual significando a um texto recentemente re-exumado de Marã Bilquis. [2]

Jacqueline Pirenne, especialista em idiomas semíticos, usou as inscrições encontradas no local para determinar como a representação visual das antigas letras do sul da Arábia mudou com o tempo. [5]

Referências

  1. Potts, Daniel T. (1988). Araby the Blest: Studies in Arabian Archaeology (em inglês). [S.l.]: Museum Tusculanum Press, p. 109. ISBN 978-87-7289-051-7 
  2. a b c MacDonald, Michael (2003). Proceedings of the Seminar for Arabian Studies. Volume 33 (em inglês). [S.l.]: Archaeopress, p. 183. ISSN 0308-8421 
  3. MacDonald (2003). Proceedings of the Seminar ... (em inglês). [S.l.]: pp. 183-185 
  4. Fakhry, Ahmed (1951). An Archaeological Journey to Yemen, (March-May, 1947) (em inglês). [S.l.]: Government Press, p. 18 
  5. Naveh, Joseph (1982). Early History of the Alphabet:. An Introduction to West Semitic Epigraphy and Palaeography (em inglês). [S.l.]: Magnes Press, Hebrew University, p. 44. ISBN 978-965-223-436-0