Amadeo Luciano Lorenzato

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Amadeo Luciano Lorenzato
Amadeo Luciano Lorenzato
Nascimento 1 de janeiro de 1900
Belo Horizonte
Morte 1995 (94–95 anos)
Belo Horizonte
Cidadania Brasil
Ocupação pintor
Movimento estético primitivismo

Amadeo Luciano Lorenzato (Belo Horizonte, 1 de janeiro de 1900 — por volta de 1995), conhecido como Lorenzato foi um pintor modernista brasileiro[1]. Suas pinturas em estilo primitivista retratam a paisagens e o dia-a-dia do subúrbio de Belo Horizonte[2]. É considerado uma das maiores personalidades das artes visuais de Minas Gerais.[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de imigrantes italianos, foi educado na capital mineira, estudou na Escola Dante Alighieri, da Casa da Itália, um grêmio cultural dos imigrantes da capital, e no Grupo Escolar Silviano Brandão.[3] Pintou paredes após instruções de Américo Grande e foi ajudante de Caminho Caminhas, o único empreiteiro atuante na área de pintura.[3]

Em 1920, a família Lorenzato retornou à Itália em fuga contra a gripe espanhola e começa a trabalhar em Arsiero como pintor de paredes na reconstrução da cidade.[3][4][5]

Em 1925, já estava ligado à Real Academia de Arte em Vicenza[4]. Em 1926, em Roma, foi influenciado pelo pintor e caricaturista holandês Cornelius Keesman, companheiro de pinturas de paisagens e visitas a igrejas e palácios.[3] Lorenzato ainda esteve em diversas partes da Itália, tendo viajado de bicicleta pelo Leste Europeu, e passado por Paris.[3]

Em 1948, durante a Segunda Guerra, voltou ao Brasil e se instalou no Rio de Janeiro, onde foi empregado do Hotel Quitandinha, em Petrópolis.[5] As economias garantiram o retorno da esposa ao Brasil, Emma Casprini, e do filho do casal.[3]

Em 1950, retornou a Belo Horizonte, onde passou a trabalhar na construção civil. O ofício continuou até 1956, quando teve uma perna fraturada.[6] A partir daí, desenvolveu suas pinturas em tela, conhecidas apenas pelos familiares até 1964.[3] Em 1967, aconteceu a primeira exposição individual do artista no Minas Tênis Clube, organizada por Palhano Júnior, crítico e jornalista.[3]

O legado deixado pelo artista é formado por dezenas de quadros que retratam a paisagem de bairros populares.[3] Lorenzato foi homenageado em diversas ocasiões, como ao emprestar nome a uma praça em 1996, Bairro Pilar, em Belo Horizonte.[3]

Exposições[editar | editar código-fonte]

  • 2022 Lorenzato: Paisagnes, Gomide&Co, São Paulo, Brasil
  • 2019 Amadeo Luciano Lorenzato, S|2 Gallery, Londres, UK
  • 2019 Amadeo Luciano Lorenzato, David Zwirner Gallery, Londres, UK
  • 2019 Lorenzato, Mendes Wood DM, Nova York, USA
  • 2018 Mínimo, múltiplo, comum, Estação Pinacoteca, São Paulo, Brasil
  • 2017 Lorenzato: Simple Singular, Minas Tênis Clube, Belo Horizonte, Brasil
  • 2016 A Certain Look – Coleção Celma Albuquerque, Galeria Estação, São Paulo, Brasil
  • 2014 Lorenzato, the grandeur of modesty, Galeria Estação, São Paulo, Brasil
  • 2014 Lorenzato: And you cannot even imagine that I am epaminondas, Galeria Bergamin & Gomide, São Paulo, Brasil
  • 2008 Manoel Macedo Galeria de Arte, Belo Horizonte, Brasil
  • 2007 Manoel Macedo Galeria de Arte, Belo Horizonte, Brasil
  • 2001 100 anos de Lorenzato, Galeria da Escola Guignard, Belo Horizonte, Brasil
  • 2000 100 anos de Amadeo Lorenzato, Casa dos Contos, Belo Horizonte, Brasil
  • 1996 Artistas Populares de Belo Horizonte, Centro Cultural da UFMG, Belo Horizonte, Brasil
  • 1995 Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, Brasil
  • 1994 Galeria da Caixa, Belo Horizonte, Brasil
  • 1988 Manoel Macedo Galeria de Arte, Belo Horizonte, Brasil
  • 1986 Espaço Asal, Belo Horizonte, Brasil
  • 1984 Casa dos Contos, Belo Horizonte, Brasil
  • 1982 Mostra Nacional de Pintura Populares, Bauru, Brasil
  • 1981 Galeria Brasiliana, São Paulo, Brasil
  • 1981 Exposição de Arte e Artesanato, Belo Horizonte, Brasil
  • 1980 Gente da Terra, Paço das Artes, São Paulo, Brasil
  • 1980 Primitivos Mineiros, Mandala Galeria de Arte, Belo Horizonte, Brasil
  • 1977 Galeria Memória Cooperativa de Arte, Belo Horizonte, Brasil
  • 1976 Salão do Pequeno Quadro, Galeria da Escola Guignard, Belo Horizonte, Brasil
  • 1976 Galeria Memória Cooperativa de Arte, Belo Horizonte, Brasil
  • 1973 Galeria Arte e Livro, Belo Horizonte, Brasil
  • 1973 Petit Palais, Paris, França
  • 1973 Third Bratislava Triennial, Bratislava, Czechoslovakia
  • 1971 Galeria Chez Bastião, Belo Horizonte, Brasil
  • 1970 Semana do Folclore, Galeria Minart, Belo Horizonte, Brasil
  • 1970 Cinco primitivos, Galeria Guignard, Belo Horizonte, Brasil
  • 1967 Minas Tênis Clube, Belo Horizonte, Brasil
  • 1965 Salão Jovem, Minas Tênis Clube, Belo Horizonte, Brasil
  • 1964 Minas Tênis Clube, Belo Horizonte, Brasil

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Melendi, Maria Angélica (2011). Lorenzato. Belo Horizonte: Editora C/Arte. ISBN 9788576540823. OCLC 746154798 
  2. Garcia dos Santos, Laymert (2014). Lorenzato, the grandeur of modesty. [S.l.]: Galeria Estação. OCLC 913507639 
  3. a b c d e f g h i j k Sebastião, Walter. (25 de março de 2011). Artista que pintava paredes ganha exposição e livro sobre obra. Estado de Minas, acesso em 26 de março de 2011
  4. a b Cultural, Instituto Itaú. «Lorenzato». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 28 de janeiro de 2020 
  5. a b «Amadeo Luciano Lorenzato - Overview». Gomide & Co. Consultado em 13 de dezembro de 2021 
  6. «Artista plástico mineiro Lorenzato ganha exposição - Cultura». Estadão. Consultado em 28 de janeiro de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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