Amanda Rorra

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Amanda Rorra
Amanda Rorra
Amanda Rorra e seu irmão.
Nome completo Amanda Rorra Acosta
Nascimento 24 de março de 1924 (100 anos)
Montevidéu, Uruguai
Morte 15 de abril de 2005 (81 anos)
Montevidéu, Uruguai
Nacionalidade uruguaia
Cidadania uruguaia
Etnia afro-uruguaia
Progenitores Mãe: María Juana Carolina Acosta
Pai: Oscar Rorra
Cônjuge Julio Espinosa
Ocupação ativista

Amanda Rorra Acosta (Montevidéu, 25 de março de 1924Montevidéu, 15 de abril de 2005) foi uma ativista política e social afro-uruguaia.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filha da ativista María Juana Carolina Acosta Santana e do cantor e ator Oscar Rorra, conhecido como "Caruso Negro", teve uma infância marcada pela pobreza. Desde a adolescência, exerceu diversos ofícios para seu próprio sustento sem haver terminado a educação primária, o que conseguiu fazer mais tarde em sua vida.

Na década de 1960, Rorra começa a trabalhar em projetos educativos junto a José Pedro Martínez Matonte, a quem conhece na escola Nº 157 no bairro Villa García, na zona norte de Montevidéu. Esta experiência foi uma das bases que assentou as características de seu ativismo para com a comunidade negra no Uruguai. Junto com seu esposo Julio Espinosa, foi uma das primeiras integrantes da ACSUN (Asociación Cultural e Social Uruguai Negro) ou Centro Uruguai (como era chamada na época), organização de base do coletivo afro em Montevidéu.[2] Em seguida foi a primeira mulher a chegar à presidência da dita associação.[1]

Em agosto de 2001, viajou para a África para a III Conferência Mundial Contra o Racismo em Durban, liderando a delegação da sociedade civil junto com Lágrima Ríos.

Reconhecimento[editar | editar código-fonte]

Desde 2007, o Departamento de Mulheres Afrodescendentes do Instituto Nacional das Mulheres (INMUJERES) do Ministério de Desenvolvimento Social do Uruguai (Mides) do Uruguai instaurou o Prêmio Nacional Amanda Rorra, entregue a mulheres (afrodescendentes ou não) que contribuíram ao longo do ano para melhorar as condições da população afrodescendente, foram defensoras dos direitos humanos e/ou tiveram atuações destacadas no combate ao racismo e outras formas de discriminação.[3]

Em 2013, a Administração Nacional de Correios lançou o selo postal "Homenagem à Amanda Rorra" da Série Personalidades Afro-Uruguaias, criado pela artista plástica Mary Porto Casas, com o objetivo de celebrar o Dia Internacional das Mulheres Afro-Latino-Americanas, Afro-Caribenhas e da Diáspora.

Referências

  1. a b «Lanzamiento del Sello "Homenaje a Amanda Rorra"». Correo Uruguayo (em espanhol). 29 de julho de 2013. Consultado em 3 de agosto de 2019 
  2. «En pocas palabras: ¿Quién fue Amanda Rorra?» (em espanhol). 22 de julho de 2013. Consultado em 3 de agosto de 2019 
  3. Brown, Danielle (2013). Memoria viva. Historia de mujeres afrodescendientes del Cono sur. [S.l.]: Linardi y Risso. ISBN 978-9974-675-65-0. Consultado em 3 de agosto de 2019