Anacleto Gonçalves de Almeida
Anacleto Gonçalves de Almeida | |
---|---|
Prefeito de Trindade | |
Período | 16 de julho de 1920 até 28 de julho de 1923 |
Sucessor(a) | João Pereira da Silva |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1863 |
Morte | 1923 (60 anos) Trindade, Goiás |
Partido | Partido Liberal (PL) |
Anacleto Gonçalves de Almeida (1863 – Trindade, 1923) foi um político brasileiro. Ele foi prefeito de Trindade de 16 de julho de 1920 a 28 de julho de 1923, logo após a emancipação do município.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Na condição de coronel, Anacleto era uma figura de destaque na política do interior de Goiás no início do século XX.[1] No então arraial de Barro Preto, fez parte do processo de cristianização da Festa do Divino Pai Eterno, sendo um nome próximo aos padres redentoristas e, por seu crédito, era administrador do cofre do Santuário.[2] Essa situação, no entanto, logo gerou um conflito de interesse entre as forças do coronelismo e da Igreja; esta última se incomodou o caráter popular da romaria e o protagonismo de personalidades como a de Anacleto e excomungou a festa religiosa. Com a redução do número de romeiros, a situação entre ambos os lados se pacificou e resolveram se unir novamente em 1903.[3]
Anacleto era conhecido como um viajante das terras goianas, homem rústico, grosseiro e inculto,[2] que passava principalmente entre Bela Vista e o povoado de Campininha das Flores, sendo um grande divulgador da romaria.[4]
Administração
[editar | editar código-fonte]Primeiro prefeito de Trindade, ele se habilitou para o cargo e logo obteve forte apoio popular para que fosse o nome escolhido. Com isso, o governador João Alves de Castro o empossou assim que o município foi fundado em 16 de julho de 1920.[5][6] A posse foi realizada na própria fazenda de Anacleto e contou com nomes importantes da política goiana, como Totó Caiado.[7] Com a gestão marcada pelos mandos do coronelismo, que definia a política brasileira naquela época, Anacleto se dedicou principalmente à ampliação da Festa do Divino Pai Eterno, investindo na infraestrutura do município, que passava a receber mais de 20 mil turistas anualmente.[8]
Referências
- ↑ Batista, Walquiria (2018). «História e teatro em Trindade: do Barro Preto à Rua da Alegria». Em Tese. 24 (1): 174-189. doi:10.17851/1982-0739.24.1.174-189
- ↑ a b Jacób, Amir (2010). A santíssima Trindade de Barro Preto: história da romaria de Trindade. Goiânia: Ed. da Pontifícia Universidade Católica de Goiás
- ↑ Arantes, Lúcio; Fleury, Bento (2001). Beco dos Aflitos. Brasília: Thessaurus
- ↑ Maia, Carlos (2005). «Vox Populi Vox Dei! A romanização e as reformas das Festas de Santo». Espaço e Cultura. 17: 89-106
- ↑ «A trajetória de Jonas Pires em Trindade». A Redação. Consultado em 19 de janeiro de 2022
- ↑ Lima, Miguel da Rocha (1908). «Actos do Governo». Semanario Official (413). Consultado em 26 de agosto de 2016
- ↑ Fleury, Bento. «Trindade, a capital da fé dos goianos». Diário da Manhã. Consultado em 9 de julho de 2024
- ↑ Santos, Miguel Archângelo (1978). Trindade de Goiás: uma cidade santuário — Conjunturas de um fenômeno religioso no Centro-Oeste brasileiro (Dissertação de Mestrado). Universidade de São Paulo