Anel de tucum: diferenças entre revisões
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'''Anel de tucum''' é um [[anel]] feito da semente de [[tucum]], uma espécie de [[palmeira]] nativa da [[região Amazônica|Amazônia]]. É utilizado por fiéis cristãos como símbolo do compromisso preferencial das igrejas, especialmente da [[Igreja Católica]], com os pobres.<ref name="PJPIRA">[http://pjpira.wordpress.com/2009/10/13/anel-de-tucum/ "O anel de tucum é símbolo da “Igreja dos pobres”"]. Blog da [[Pastoral da Juventude]] de [[Piracicaba]]. 13 de outubro de 2009.</ref> Posteriormente a utilização do anel de tucum também foi tornado notável devido ao seu uso por celebridades, como o cantor sertanejo [[Luan Santana]]. |
'''Anel de tucum''' é um [[anel]] feito da semente de [[tucum]], uma espécie de [[palmeira]] nativa da [[região Amazônica|Amazônia]]. É utilizado por fiéis cristãos como símbolo do compromisso preferencial das igrejas, especialmente da [[Igreja Católica]], com os pobres.<ref name="PJPIRA">[http://pjpira.wordpress.com/2009/10/13/anel-de-tucum/ "O anel de tucum é símbolo da “Igreja dos pobres”"]. Blog da [[Pastoral da Juventude]] de [[Piracicaba]]. 13 de outubro de 2009.</ref> Posteriormente a utilização do anel de tucum também foi tornado notável devido ao seu uso por celebridades, como o cantor sertanejo [[Luan Santana]]. |
Revisão das 17h01min de 7 de julho de 2013
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Anel de tucum é um anel feito da semente de tucum, uma espécie de palmeira nativa da Amazônia. É utilizado por fiéis cristãos como símbolo do compromisso preferencial das igrejas, especialmente da Igreja Católica, com os pobres.[1] Posteriormente a utilização do anel de tucum também foi tornado notável devido ao seu uso por celebridades, como o cantor sertanejo Luan Santana.
História
O anel tem sua origem no Império do Brasil, quando jóias feitas de ouro e outros metais nobres eram utilizados em larga escala por membros da elite dominante para ostentarem sua riqueza e poder.[1] Os negros e índios, não tendo acesso a tais metais, criaram o anel de tucum como um símbolo de pacto matrimonial, de amizade entre si e também de resistência na luta por libertação.[1] Era um símbolo clandestino cuja linguagem somente eles compreendiam.[1]
[[Ficheiro:Leonardo Boff tucum.jpg|thumb|200px|left|Leonardo Boff, um dos fundadores da Teologia da Libertação, utilizando o anel de tucum.]]
Mais recentemente, a utilização do anel de tucum foi resgatada por fiéis cristãos, especialmente adeptos da teologia da libertação, com o objetivo de simbolizar a "opção preferencial pelos pobres", especialmente por fiéis católicos após as Conferências Episcopais de Medellín e de Puebla.[1]
O Anel de tucum foi tema de documentário homônimo dirigido por Conrado Berning em 1994.[2] No filme, o bispo católico Dom Pedro Casaldáliga, um dos entrevistados, explica da seguinte maneira a utilização do anel:[1]
“ | Este anel é feito a partir de uma palmeira da Amazônia. É sinal da aliança com a causa indígena e com as causas populares. Quem carrega esse anel significa que assumiu essas causas. E, as suas conseqüências. Você toparia usar o anel? Olha, isso compromete, viu? Muitos, por causa deste compromisso foram até a morte. | ” |
Outros grupos católicos, por sua vez, especialmente devido a forte ligação entre os usuários do anel de tucum e a teologia da libertação, consideram que este ”é uma ostentação de pobreza. E ostentar virtude é vaidade que anula toda virtude. Usar isso, para demonstrar amor aos pobres, mais é demagogia do que virtude. Se alguém é realmente pobre, deve praticar essa pobreza e o desprezo das riquezas, sem ostentação, porque se não é pura vaidade e desejo de ser considerado pobre e bom. Isso é orgulho mascarado de pobreza”.[3]
Referências
- ↑ a b c d e f "O anel de tucum é símbolo da “Igreja dos pobres”". Blog da Pastoral da Juventude de Piracicaba. 13 de outubro de 2009.
- ↑ Claudemiro Godoy do Nascimento. "Deus está chorando!". Adital. 12 de fevereiro de 2007.
- ↑ «Anel de Tucum». Site Montfort. Consultado em 31 de dezembro de 2011