Aquário Vasco da Gama
Aquário Vasco da Gama | |
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Tipo | Público |
Inauguração | 20 de maio de 1898 (122 anos) |
Visitantes | 45.906 (2017) |
Administração | |
Diretor(a) | Comandante Teixeira de Melo |
Website oficial | |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Oeiras, Lisboa |
País | ![]() |
O Aquário Vasco da Gama (AVG) é um dos mais antigos do mundo.[1] Localiza-se no Dafundo, freguesia de Cruz Quebrada - Dafundo, município de Oeiras, distrito de Lisboa, em Portugal. Trata-se de um aquário público e faz parte da Comissão Cultural de Marinha, sendo um dos seus equipamentos culturais.
História[editar | editar código-fonte]
O projeto do Aquário Vasco da Gama foi concebido no contexto das comemorações do "IV Centenário da Partida de Vasco da Gama, para a Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia", com o apoio de D. Carlos I de Portugal, pioneiro da Oceanografia no país.[1]
O terreno no qual foi construído, foi cedido pelo Ministério das Obras Públicas e os trabalhos. Ficou sob a responsabilidade da Comissão Executiva do Quarto Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia e tiveram a orientação do cientista Albert Girard.[1]
Foi inaugurado a 20 de Maio de 1898, na presença do soberano. Estavam expostas, além das espécies que passaria a exibir normalmente, as coleções zoológicas reunidas durante as campanhas oceanográficas que o monarca empreendera a bordo dos iates reais Amélia I e Amélia II.
Inicialmente contava apenas com um piso, sendo-lhe acrescentado um segundo por volta de 1916, quando se beneficiou de grandes remodelações.
Com o término das comemorações, o Aquário passou às mãos do Estado português, que entregou a administração e a exploração à Sociedade Portuguesa de Geografia. Por falta de recursos, até 1901, o Aquário esteve praticamente sem orientação técnica, degradando-se.[1] A partir dessa data, o Governo entregou-o ao Ministério da Marinha, nomeando como diretor um conceituado jornalista, Armando Silva, que alimentava profundo interesse pelas Ciências Naturais.
Apesar do esforço empreendido para a recuperação do Aquário, o relacionamento de Armando Silva com o Governo foi desgastado, trazendo outro jornalista, Francisco Machado Vieira, ao cargo antes ocupado por ele. Em 1908, a Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais instalou-se no Aquário, com a direção do professor Almeida Lima.
O objetivo central do Aquário é mostrar a grande coleção oceanográfica de grande valor histórico colhida pelo D. Carlos I durante 12 anos, com início em 1 de setembro de 1896..[1] No ano de 1917, se construiu um andar, que ficou conhecido como Salão Nobre, que é o espaço onde se guarda a coleção do rei até os dias atuais.[1]
O espaço do museu[editar | editar código-fonte]
Ao adentrar o museu, os visitantes se deparam com a recepção e a loja, área destina a fornecer informações e vender ingressos e produtos. Essa área de entrada possui 9 metros de comprimento e 5,60 metros de largura.[1]
A primeira sala é onde se encontram os invertebrados marinhos, que fica logo após a entrada do prédio. Nessa sala é possível observar algumas espécies vivas e documentos e aparelhos usados pelo Rei durante as suas pesquisas.[1]
No piso superior, é possível encontrar mais quatro salas. A primeira é o Salão Nobre, que contém parte da coleção adquirida por rei D. Carlos I. O teto, pintado com motivos marinhos é uma exposição à parte. O local possui 13 metros de comprimento e 7 de largura[1]
A segunda sala é a Sala dos Tubarões, que como o próprio nome diz, contém diversas espécies de tubarões, incluindo algumas espécies raras. É a primeira sala que não contém iluminação natural. É iluminada apenas pela luz que vem das vitrines. A sala é pequena, com 5 metros de comprimento e 7 de largura[1]
A terceira sala é a Sala de Malacologia que abriga mais de seiscentas espécies malacológicas provenientes da Costa Portuguesa. É a menor sala do museu com 6 metros de comprimento e 4,50 metros de largura. [1]
A última sala a ser visitada é a Sala de Mamíferos Marinhos e Aves. É a maior sala (14 metros de comprimento e 11 de largura). Além das espécies, os visitantes ainda podem observar uma coleção de conchas exóticas.[1]
Atualidade[editar | editar código-fonte]
Com cinco salas, cerca de 90 aquários e tanques, um vasto espólio oceanográfico do rei, mais de 300 espécies marinhas vivas e outros milhares em museu, o aquário regista uma média de 70 mil visitantes por ano, número que contrasta com o que era registado em 1992 (218 mil visitantes).
Desde 1901 o aquário pertence à Marinha Portuguesa, que disponibiliza uma verba do orçamento para a manutenção do equipamento, sendo a restante despesa de funcionamento coberta pelas receitas próprias que advêm da bilheteira.
O Aquário Vasco da Gama é constituído por duas partes. Uma delas é a coleção oceanográfica do rei D.Carlos. A outra é o aquário em si, com animais provenientes da costa portuguesa, além de tartarugas e aves aquáticas.[1]