Mostrar código-fonte de Asquenazes

[[Imagem:Juden 1881.JPG|thumb|upright=1.2|Os judeus na Europa Central (1881)]]{{Info/Grupo étnico
| grupo = Asquenazes
| imagem = [[File:Ashkenazes.png|thumb|300px|]]
| legenda_imagem = Do canto superior esquerdo para direita: [[Albert Einstein]], [[Oded Fehr]], [[Gal Gadot]], [[Amy Winehouse]], [[Sacha Baron Cohen]], [[Mila Kunis]], [[Sigmund Freud]], [[Adam Tsekhman]] e [[Drake (artista)|Drake]]
| população = 8 a 10 milhões (Ascendência total ou parcial) <ref>https://hms.harvard.edu/news/ancient-dna-provides-new-insights-ashkenazi-jewish-history</ref>
| região1 = {{flagcountry|United States}}
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'''Atualmente:'''<br/><!--
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| religiões = Predominantemente [[judaísmo]]
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Os '''asquenazes''' ([[Alfabeto fonético internacional|/askeˈnazis/]];<ref name=longman>{{citar livro|último=Wells|primeiro=John |autorlink=John C. Wells |título=Longman Pronunciation Dictionary |publicado=[[Pearson plc|Pearson]] [[Longman]] |edição=3rd |data=3 de abril de 2008 |isbn=978-1-4058-8118-0}}</ref> {{lang-he|יְהוּדֵי אַשְׁכְּנַז|translit=Yehudei Ashkenaz}}, lit.: [[judeus]] da [[Germânia]]; {{lang-yi|אַשכּנזישע ייִדן|Ashkenazishe Yidn}}), também conhecidos como '''asquenazitas''', '''asquenázicos''' ou '''asquenazim''',{{efn|{{IPAc-en|ˌ|ɑː|ʃ|k|ə|ˈ|n|ɑː|z|ɪ|m|,_|ˌ|æ|ʃ|-}} {{respell|AHSH|kə|NAH|zim|,_|ASH|-}};<ref name=longman/> {{lang-he|אַשְׁכְּנַזִּים}}, <small>Ashkenazi pronúncia hebraica:</small> aʃkəˈnazim{{!}}, singular: ˌaʃkəˈnazi{{!}}, <small>hebraico moderno:</small> (ʔ)aʃkenaˈzim, (ʔ)aʃkenaˈzi{{!}}<ref>Asquenaz, baseado em [[Josefo]]. ''[https://pace.webhosting.rug.nl/york/york/showText?book=1&chapter=6&textChunk=whistonSection&chunkId=1&up.x=&up.y=&text=anti&version=&direction=&tab=&layout=english AJ]''. 1.6.1, [[Projeto Perseus]] [http://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=J.+AJ+1.6.1 AJ1.6.1], e sua explicação de [https://www.biblegateway.com/passage/?search=Genesis+10%3A3&version=NRSV Gênesis 10:3], é considerado o progenitor dos antigos [[gauleses]] (o povo da [[Gália]], ou seja, principalmente o povo da moderna França, Bélgica e região [[Alpes|alpina]]) e dos antigos [[francos]] (de, ambos, França e Alemanha). De acordo com Gedaliah ibn Jechia, o espanhol, em nome de ''Sefer Yuchasin'': (ver: Gedaliah ibn Jechia, ''[https://www.hebrewbooks.org/6618 Shalshelet Ha-Kabbalah]'', [https://web.archive.org/web/20210513031902/https://www.hebrewbooks.org/6618 arquivado] em 13 de maio de 2021 no [[Wayback Machine]], [[Jerusalém]], 1962, p. 219; p. 228 em PDF), os descendentes dos asquenazes também se estabeleceram originalmente no que era então chamado de Boêmia, atual [[Chéquia]]. Esses lugares, de acordo com o [[Talmude de Jerusalém]] (Megillah 1:9 [10a], também eram chamados simplesmente pela diocese de "Germâmia". incluem povos como [[godo]]s, sejam [[ostrogodo]]s ou [[visigodo]]s, [[vândalo]]s e francos, [[burgúndio]]s, [[alano]]s, [[lombardo]]s, [[anglo]]s, [[saxões]], [[juto]]s, [[suevo]]s e [[alamano]]s. Toda a região a leste do rio Reno era conhecida pelos romanos como "Germânia" (Alemanha).</ref>}} são a comunidade [[Judeus|judaica]] da [[Europa Central]] e do [[Leste Europeu]],<ref>{{Citar web|url=https://aulete.com.br/asquenaze|titulo=Verbe atualizado - asquenaze, asquenazi|acessodata=2023-07-29|website=Dicionário Aulete Digital}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=|primeiro=|url=https://dicionario.priberam.org/asquenaze|titulo=Asquenaze|acessodata=2023-07-29|website=Dicionário Priberam|lingua=}}</ref> que se formou no [[Sacro Império Romano-Germânico]] por volta do final do primeiro milênio depois de Cristo.<ref name="Mosk">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=rH9c5JSo1Y4C&pg=PA143|título=Nationalism and economic development in modern Eurasia|último=Mosk|primeiro=Carl|publicado=[[Routledge]]|ano=2013|local=Nova Iorque|página=143|isbn=9780415605182|citação=Em geral, os asquenazes vieram originalmente do Sacro Império Romano, falando uma versão do alemão que incorpora palavras hebraicas e eslavas, iídiche}}</ref>

Sua [[Língua natural|língua tradicional]] é o [[Língua iídiche|iídiche]], uma [[Línguas germânicas ocidentais|língua germânica ocidental]] com elementos linguísticos [[Judaísmo|judaicos]] e [[eslavos]], que usa o [[alfabeto hebraico]],<ref name="Mosk" /> que se desenvolveu durante a [[Idade Média]] depois que eles se mudaram da [[Alemanha]] e [[França]] para a [[Europa Setentrional]] e Leste Europeu. Durante séculos, os asquenazes na [[Europa]] usaram o hebraico apenas como [[língua literária]] e [[Língua litúrgica|sagrada]], até o renascimento do hebraico como língua comum no século XX em [[Israel]].

Ao longo de seus numerosos séculos vivendo na Europa, os asquenazes fizeram muitas contribuições importantes para sua [[Filosofia ocidental|filosofia]], [[erudição]], [[literatura]], [[História da arte ocidental|arte]], [[Cultura europeia|música]] e [[ciência]].<ref>{{citar livro|autor= Henry L. Feingold |url= https://books.google.com/books?id=ts5lKWho2YwC&pg=PA36 |título= Bearing Witness: How America and Its Jews Responded to the Holocaust |publicado= Syracuse University Press |ano= 1995 |página= 36 |isbn= 9780815626701 |acessodata=13 de agosto de 2015 |arquivodata=24 de dezembro de 2018 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20181224213604/https://books.google.com/books?id=ts5lKWho2YwC&pg=PA36%20 |urlmorta= não}}</ref><ref>{{citar livro|autor=Eric Hobsbawm |título= Interesting Times: A Twentieth Century Life |publicado= Abacus Books |ano=2002 |página= 25|autorlink= Eric Hobsbawm }}</ref><ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=rr_qaE0a8rsC|título=Encyclopedia of Modern Jewish Culture|página=20|isbn=9781134428649 |último1=Abramson |primeiro1=Glenda |data=março de 2004 }}</ref><ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=rhrXAJye1cEC|título=The Oxford History of Modern Europe|isbn=978-0-19-285371-4 |último1=Blanning |primeiro1=T. C. W. |ano=2000 }}</ref>

== Etimologia ==
O nome ''asquenazim'' deriva da [[Lista de personagens bíblicas|figura bíblica]] de [[Asquenaz]], o primeiro filho de [[Gomer]], filho de [[Jafé]], filho de [[Noé]], e um [[patriarca]] [[Jafetitas|jafético]] na [[Tabela das Nações]] ([[Gênesis]] 10). O nome de Gomer tem sido frequentemente associado aos cimérios.

O ''asquenaz'' bíblico é geralmente derivado do [[Assírios|assírio]] ''Aškūza'' ([[Escrita cuneiforme|cuneiforme]] ''Aškuzai/Iškuzai''), um povo que expulsou os cimérios da área armênia do [[Rio Cara Su (Eufrates)|Alto Eufrates]];<ref name="Gmirkin">{{citar livro|último=Gmirkin|primeiro=Russell|url=https://books.google.com/books?id=noKI6AsqnhMC&pg=PA148|título=Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch|data=15 de maio de 2006|publicado=Bloomsbury Publishing USA|isbn=978-0-567-02592-0|língua=en|páginas=148–149|acessodata=13 de agosto de 2015|arquivodata=31 de outubro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151031023118/https://books.google.com/books?id=noKI6AsqnhMC&pg=PA148|urlmorta= não}}</ref> o nome ''Aškūza'' é identificado com os [[citas]].<ref name="Bøe" >{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=wcKW4VBqYr8C|título=The Origin of Ashkenazi Jewry|isbn=9783110236057 |acessodata=20 de agosto de 2022|arquivodata=19 de agosto de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220819045432/https://books.google.com/books/about/The_Origin_of_Ashkenazi_Jewry.html?id=wcKW4VBqYr8C|urlmorta= não|último1=Straten |primeiro1=Jits van |ano=2011 }}</ref><ref name="Vladimir Shneider">Vladimir Shneider, ''Traces of the Ten''. Beer-sheva, Israel 2002. p. 237</ref> O ''n'' intrusivo no nome bíblico é provavelmente devido a um erro de escriba confundindo um [[Vau (letra)|vau]] com um [[Num (letra)|num]].<ref name="Vladimir Shneider"/><ref>{{citar livro|último=Bøe|primeiro=Sverre|url=https://books.google.com/books?id=vettpBoVOX4C&pg=PA48|título=Gog and Magog: Ezekiel 38-39 as Pre-text for Revelation 19,17-21 and 20,7-10|data=2001|publicado=Mohr Siebeck|isbn=978-3-16-147520-7|língua=en|acessodata=13 de agosto de 2015|arquivodata=29 de março de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170329025905/https://books.google.com/books?id=vettpBoVOX4C&pg=PA48|urlmorta= não}}</ref><ref name="Kriwaczek" >{{citar livro|último=Kriwaczek|primeiro=Paul|url=https://books.google.com/books?id=JNKG-U6ym-0C&pg=PT173|título=Yiddish Civilisation: The Rise and Fall of a Forgotten Nation|data=25 de agosto de 2011|publicado=Orion|isbn=978-1-78022-141-0|língua=en|acessodata=13 de agosto de 2015|arquivodata=3 de outubro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151003073412/https://books.google.com/books?id=JNKG-U6ym-0C&pg=PT173|urlmorta= não}}</ref>

Em [[Jeremias]] 51:27, Asquenazim figura como um dos três reinos no extremo norte, sendo os outros [[Manai]] e Ararate (correspondente a [[Reino de Urartu|Urartu]]), chamados por [[Deus]] para resistir à Babilônia.<ref name="Kriwaczek" /><ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=CGyOpNrzHj0C|título=Theological Dictionary of the New Testament|isbn=9780802822499 |acessodata=20 de agosto de 2022|arquivodata=10 de abril de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220410015215/https://books.google.com/books/about/Theological_Dictionary_of_the_New_Testam.html?id=CGyOpNrzHj0C|urlmorta= não|último1=Bromiley |primeiro1=Geoffrey William |ano=1964 }}</ref> No tratado [[Ioma]] do [[Talmude|Talmude Babilônico]], o nome Gomer é traduzido como [[Germânia]], que em outras partes da [[literatura rabínica]] foi identificado com ''[[Kahramanmaraş|Germanikia]]'' no noroeste da [[Síria]], mas mais tarde tornou-se associado com Germânia. Asquenazim está ligado a [[Scandza]]/Scanzia, visto como o berço das tribos germânicas, já no século VI, uma [[Glosas|glosa]] da ''[[História do cristianismo|Historia Ecclesiastica]]'' de [[Eusébio]].<ref name="Ashkenaz">Berenbaum, Michael; Skolnik, Fred, eds. (2007). [https://go.galegroup.com/ps/anonymous?id=GALE%7CCX2587501462 "Ashkenaz"]. ''Encyclopaedia Judaica''. Vol. 2 (2nd ed.). Detroit: Macmillan Reference. pp. 569–71. <nowiki>ISBN 978-0-02-866097-4</nowiki>.</ref>

Na [[História da Armênia]] do século X de [[Yovhannes Drasxanakertc'i]] (1.15), o asquenazim foi associado à [[Arménia|Armênia]],<ref>{{citar livro|último=Gmirkin|primeiro=Russell|url=https://books.google.com/books?id=noKI6AsqnhMC&pg=PA148|título=Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch|data=15 de maio de 2006|publicado=Bloomsbury Publishing USA|isbn=978-0-567-02592-0|língua=en|acessodata=13 de agosto de 2015|arquivodata=31 de outubro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151031023118/https://books.google.com/books?id=noKI6AsqnhMC&pg=PA148|urlmorta= não}}</ref> como era ocasionalmente no uso judaico, onde sua denotação se estendia às vezes para [[Adiabena]], [[Cazares]], [[Crimeia]] e áreas para o leste.<ref name="Poliak">Poliak, Abraham N. (2007). [https://go.galegroup.com/ps/anonymous?id=GALE%7CCX2587501325 "Armenia"]. In Berenbaum, Michael; Skolnik, Fred (eds.). ''Encyclopaedia Judaica''. Vol. 2 (2nd ed.). Detroit: Macmillan Reference. pp. 472–74. <nowiki>ISBN 978-0-02-866097-4</nowiki>.</ref> Seu contemporâneo [[Saadia Gaon]] identificou os asquenazes com os [[Saqaliba|''saquliba'']] ou [[Eslavos orientais|territórios eslavos]],<ref name="Malkiel">{{citar livro|último=Malkiel|primeiro=David|url=https://books.google.com/books?id=XNJRKSk6gS4C&pg=PA263|título=Reconstructing Ashkenaz: The Human Face of Franco-German Jewry, 1000–1250|data=10 de outubro de 2008|publicado=Stanford University Press|isbn=978-0-8047-8684-3|língua=en|acessodata=13 de agosto de 2015|arquivodata=22 de outubro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151022070312/https://books.google.com/books?id=XNJRKSk6gS4C&pg=PA263|urlmorta= não}}</ref> e tal uso cobria também as terras de tribos vizinhas dos eslavos e da Europa Oriental e Central.<ref name="Poliak" /> Nos tempos modernos, [[Samuel Krauss]] identificou o "asquenaz" bíblico com [[Cazares]].<ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=XNJRKSk6gS4C|título=Reconstructing Ashkenaz|isbn=9780804786843 |acessodata=20 de agosto de 2022|arquivodata=13 de maio de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220513144216/https://books.google.com/books/about/Reconstructing_Ashkenaz.html?id=XNJRKSk6gS4C|urlmorta= não|último1=Malkiel |primeiro1=David |data=10 de outubro de 2008 }}</ref>

Em algum momento do início do período medieval, os judeus da [[Europa Central]] e Oriental passaram a ser chamados por esse termo.<ref name="Kriwaczek" /> {{failed verification|date=September 2021}} De acordo com o costume de designar áreas de assentamento judaico com nomes bíblicos, a [[Espanha]] foi denominada ''Sefarad'' ([[Obadias]] 20), a [[França]] foi chamada ''Tsarefat'' ([[I Reis]] 17:9 ) e a [[Boémia|Boêmia]] foi chamada de ''[[Canaã|Terra de Canaã]]''.<ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=YwQt-G_4F_cC|título=Rabbis and Revolution|isbn=9780804776523 |acessodata=20 de agosto de 2022|arquivodata=2 de janeiro de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220102213656/https://books.google.com/books/about/Rabbis_and_Revolution.html?id=YwQt-G_4F_cC|urlmorta= não|último1=Miller |primeiro1=Michael |data=2 de novembro de 2010 }}</ref> No alto período medieval, comentaristas [[Talmude|talmúdicos]] como Rashi começaram a usar "asquenazim" para designar a Alemanha, anteriormente conhecido como ''[[Reino da Lotaríngia|Loter]]'',<ref name="Kriwaczek" /><ref name="Ashkenaz" /> onde, especialmente nas comunidades da [[Renânia]] de [[Speyer]], Worms e Mainz, surgiram as comunidades judaicas mais importantes.<ref>{{citar livro|último=Michael Brenner|url=http://archive.org/details/shorthistoryofje00bren|título=A short history of the Jews|data=2010|publicado=Princeton University Press|others=Internet Archive|isbn=978-0-691-14351-4}}</ref> Rashi usa ''leshon Ashkenaz'' (língua asquenaz) para descrever o iídiche, e as letras judaicas bizantinas e sírias se referem aos [[Cruzada|cruzados]] como asquenazim.<ref name="Ashkenaz" /> Dadas as ligações estreitas entre as comunidades judaicas da França e da Alemanha após a [[unificação carolíngia]], o termo asquenaz passou a se referir aos judeus da Alemanha medieval e da França.<ref>Malkiel p. ix</ref>

== História ==
Os asquenazes se formaram demográfica e culturalmente na [[França]] e na [[Renânia]] por volta do final do primeiro milênio d.C,<ref name="Mosk" /> tendo se originado a partir da chegada de dois contingentes populacionais judaicos a essa área: um, vindo da [[Judeia (província romana)|Judeia]], de cativos dos romanos nos séculos I e II, após três revoltas judaicas contra o [[Império Romano]];<ref name=":1">{{Citar web|url=https://anussim.org.br/os-judeus-e-as-divisoes-geo-culturais/|titulo=Os judeus e as divisões geo-culturais|data=2012-07-25|acessodata=2023-07-28|website=ABRADJIN - Associação Brasileira dos Descendentes de Judeus da Inquisição|lingua=}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.jewishvirtuallibrary.org/the-great-revolt-66-70-ce|titulo=The Great Revolt (66 - 70 CE)|acessodata=2023-07-28|website=Jewish Virtual Library|lingua=en}}</ref> outro, vindo da [[Itália]], atraído pelos estímulos de [[Carlos Magno]].<ref name=":1" />

Após sua chegada, eles adaptaram as tradições trazidas da [[Terra Santa]], [[Babilónia|Babilônia]] e [[Mar Mediterrâneo|Mediterrâneo Ocidental]] para seu novo ambiente europeu.<ref name="shum">{{Citar web|último=Centre|primeiro=UNESCO World Heritage|url=https://whc.unesco.org/en/tentativelists/5975/|título=ShUM cities of Speyer, Worms and Mainz|acessodata=26 de dezembro de 2019|website=whc.unesco.org|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220124021612/https://whc.unesco.org/en/tentativelists/5975/|arquivodata=24 de janeiro de 2022|urlmorta=não}}</ref> O rito religioso asquenaz desenvolveu-se em cidades como [[Mainz]], [[Worms]] e [[Troyes]]. O eminente ''[[Rishonim|rishon]]'' da [[França na Idade Média|França medieval]], [[Rashi]], teve uma influência significativa nas interpretações do judaísmo pelos asquenazes.

Nos séculos X e XI, os asquenazes exerciam profissões como a de comerciantes (possuindo conexões comerciais com o Mediterrâneo e o Oriente), artesãos e produtores de vinho e mantinham-se relativamente isolados, com cada comunidade possuindo um autogoverno.<ref name=":3">{{citar web|ultimo=Schoenberg|primeiro=Shira|url=https://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Judaism/Ashkenazim.html|titulo=Ashkenazim|acessodata=2023-07-28|website=Jewish Virtual Library|arquivourl=https://web.archive.org/web/20060427032733/https://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Judaism/Ashkenazim.html|arquivodata=2006-4-27|urlmorta=não}}</ref>

Apesar de ocasionalmente sofrerem antissemitismo, a violência contra os asquenazes eclodiu no final do século XI.<ref name=":3" /> Isso forçou a maioria da população asquenaz a deslocar-se para o leste,<ref>Ben-Shasson, Haim Hillel;</ref> saindo do Sacro Império Romano-Germânico para as áreas que mais tarde se tornaram parte da [[República das Duas Nações|Comunidade Polaco-Lituana]], que compreendem partes dos atuais [[História dos judeus na Bielorrússia|Bielorrússia]], [[História dos judeus na Estônia|Estônia]], [[História dos judeus na Letônia|Letônia]], [[História dos judeus na Lituânia|Lituânia]], [[História dos judeus na Moldávia|Moldávia]], [[História dos judeus na Polônia|Polônia]], [[História dos judeus na Rússia|Rússia]], [[História dos judeus na Eslováquia|Eslováquia]] e [[História dos judeus na Ucrânia|Ucrânia]].<ref>Mosk (2013), p. 143. "Encorajados a sair do Sacro Império Romano como a perseguição de suas comunidades intensificada durante os séculos XII e XIII, a comunidade asquenaz gravitou cada vez mais em direção à Polônia."</ref><ref>Harshav, Benjamin (1999). ''The Meaning of Yiddish''. Stanford: Stanford University Press. pág. 6. "A partir do século XIV e certamente por volta do século XVI, o centro do judaísmo europeu mudou para a Polônia, então ... compreendendo o Grão-Ducado da Lituânia (incluindo a atual Bielorrússia), a Coroa da Polônia, a Galícia, a Ucrânia e se estendendo, em vezes, do Báltico ao Mar Negro, das proximidades de Berlim a uma curta distância de Moscou."</ref> No início do século XVI, o centro da população asquenaz já havia se deslocado para o Leste Europeu, especialmente para a [[Polónia|Polônia]].<ref name=":3" />

Nos séculos XVII e XVIII, os judeus na Polônia enfrentaram grande discriminação e sofreram muitos massacres. Após os [[Revolta de Khmelnitski|massacres de Khmelnitski]] (1648), muitos desses judeus migraram para a Europa Ocidental, para locais como Amsterdã, onde se encontraram com judeus alemães e sefarditas.<ref name=":3" />

A [[História dos judeus na Inglaterra|comunidade judaica na Inglaterra]] passou por mudanças no século XVIII. Era sobretudo sefardita no século anterior, mas foi se tornando cada vez mais asquenaz, à medida que chegavam judeus da [[Alemanha]] e da Polônia.<ref name=":3" />

No contexto do [[Iluminismo|Iluminismo europeu]], a emancipação judaica começou na França do século XVIII e se espalhou por toda a Europa Ocidental e Central. As restrições que limitavam os direitos dos judeus desde a Idade Média foram abolidas, incluindo a exigência de usar roupas diferenciadas, pagar impostos especiais e viver em guetos isolados de comunidades não judaicas e as proibições de certas profissões. Leis foram aprovadas para integrar os judeus em seus países de acolhimento, forçando os judeus asquenazes a adotar nomes de família (eles anteriormente usavam patronímicos). A recente inclusão na vida pública levou ao crescimento cultural do [[Haskalá]], ou Iluminismo judaico, com o objetivo de integrar os valores europeus modernos à vida judaica.<ref>{{citar livro|url=https://ia801807.us.archive.org/31/items/the-jewish-study-bible-featuring-the-jewish-publication-society-tanakh-translation-pdfdrive.com/The%20Jewish%20Study%20Bible_%20Featuring%20The%20Jewish%20Publication%20Society%20TANAKH%20Translation%20%28%20PDFDrive.com%20%29.pdf|título=The Jewish Study Bible|editora=Oxford University Press|ano=2004|editor-sobrenome=Berlin|editor-nome=Adele|local=Nova York|páginas=1900-1901|editor-sobrenome2=Brettler|editor-nome2=Marc Zvi}}</ref> Como reação ao crescente antissemitismo e assimilação após a emancipação, no final do século XIX surgiu o [[sionismo]], ideologia que prega a criação de uma pátria para o povo judeu.<ref>{{citar livro|título=The Columbia-Viking Desk Encyclopedia|editora=Dell Publishing Co|ano=1964|editor-sobrenome=Bridgwater|editor-nome=William|edicao=2ª|local=Nova York|página=906}}</ref>

Ao longo do final do século XVIII e XIX, os judeus que permaneceram ou retornaram às terras alemãs históricas geraram uma reorientação cultural; sob a influência do Haskalá e da luta pela emancipação, bem como do fermento intelectual e cultural nos centros urbanos, eles gradualmente abandonaram o uso do iídiche e adotaram o [[Língua alemã|alemão]] enquanto desenvolviam novas formas de vida religiosa e [[Identidade judaica|identidade]] [[Cultura judaica|cultural judaica]].<ref>Ben-Sasson, Haim Hillel; et al. (2007). "Germany". In [[Michael Berenbaum|Berenbaum, Michael]]; [[Fred Skolnik|Skolnik, Fred]] (eds.). ''[[Encyclopaedia Judaica]]''. Vol. 7 (2nd ed.). Detroit: Macmillan Reference. pp. 526–28. <nowiki>ISBN 978-0-02-866097-4</nowiki>. A reorientação cultural e intelectual da minoria judaica estava intimamente ligada à sua luta por direitos iguais e aceitação social. Enquanto as gerações anteriores haviam usado apenas as línguas iídiche e hebraica entre si, ... o uso do iídiche foi gradualmente abandonado e o hebraico foi, em geral, reduzido ao uso litúrgico.</ref>

No final do século XIX e início do século XX, como resultado dos ''[[pogrom]]s'' no [[Império Russo]], houve a emigração judaica em massa do Leste Europeu para outras partes da Europa, [[Austrália]], [[África do Sul]], [[Estados Unidos]] e a [[Palestina (região)|Palestina]].<ref name=":3" />

Antes do [[Holocausto]], os asquenazes compunham 90% da população judaica global e suas comunidades eram maiores do que a dos sefarditas e outros judeus em diversas partes do mundo, exceto no [[Norte da África]], [[Itália]], [[Oriente Médio]] e partes da [[Ásia]].<ref name=":3" />

O Holocausto diminuiu a população asquenaz e, de certo modo, também a sua superioridade numérica sobre os sefarditas, haja vista que, dos seis milhões de judeus mortos no Holocausto, a grande maioria era composta por asquenazes. Os Estados Unidos e também, mais tarde, [[Israel]], se tornaram os principais centros para os judeus asquenazes.<ref name=":3" /><ref>{{Citar web|url=https://www.jewishvirtuallibrary.org/estimated-number-of-jews-killed-in-the-final-solution|titulo=Estimated Number of Jews Killed in the Final Solution|acessodata=2024-02-03|website=Jewish Virtual Library}}</ref>

Em Israel, há muitas tensões entre asquenazes e judeus não-asquenazes, visto que estes últimos se sentem mais discriminados. Tradicionalmente, a elite política israelense é de origem asquenazita, mas isso gradualmente está mudando, com a ascensão de partidos e lideranças políticas sefarditas e ''mizrahim''.<ref>{{Citar web|ultimo=Schoenberg|primeiro=Shira|url=https://www.jewishvirtuallibrary.org/ashkenazim|titulo=Ashkenazim|acessodata=2024-02-03|website=Jewish Virtual Library}}</ref> 

== Demografia ==
Estima-se que no século XI, os asquenazes compreendiam 3% da [[População judaica por país|população judaica global]], enquanto uma estimativa feita em 1930 (perto do pico da população) os listava como compreendendo 92% da população judaica mundial.<ref name=":0">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=lqaI9mpIjMkC&pg=PA197|título=Demographie – Demokratie – Geschichte: Deutschland und Israel|último=Brunner|primeiro=José|data=2007|publicado=Wallstein Verlag|página=197|língua=de|isbn=978-3835301351|acessodata=1 de abril de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20191216180449/https://books.google.com/books?id=lqaI9mpIjMkC&pg=PA197|arquivodata=16 de dezembro de 2019|urlmorta=não}}</ref> No entanto, a população asquenaz foi dizimada pouco depois como resultado do Holocausto, realizado pela [[Alemanha Nazista]] durante a [[Segunda Guerra Mundial]], que afetou quase todas as famílias judias europeias.<ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=FCriMwwYPV4C&pg=PA186|título=Contemporary Jewries: Convergence and Divergence|primeiro1=Eliezer Ben|primeiro2=Yosef|primeiro3=Yaacov|data=1 de janeiro de 2003|publicado=BRILL|página=186|língua=en|isbn=978-90-04-12950-4|acessodata=13 de agosto de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220429084140/https://books.google.com/books?id=FCriMwwYPV4C&pg=PA186|arquivodata=29 de abril de 2022|urlmorta=não|último1=Rafael|último2=Gorni|último3=Ro'i}}</ref><ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=NoPZu79hqaEC&pg=RA1-PA803|título=Encyclopedia of the Jewish Diaspora: Origins, Experiences, and Culture|último=Ehrlich|primeiro=M. Avrum|data=2009|publicado=ABC-CLIO|páginas=193ff [195]|língua=en|isbn=978-1-85109-873-6|acessodata=13 de agosto de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220422050849/https://books.google.com/books?id=NoPZu79hqaEC&pg=RA1-PA803|arquivodata=22 de abril de 2022|urlmorta=não}}</ref> Imediatamente antes do Holocausto, a população judaica mundial era de aproximadamente 16,7 milhões de pessoas.<ref name="JVIL2010">{{Citar web|url=https://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Judaism/jewpop.html|título=The Jewish Population of the World (2010)|acessodata=6 de julho de 2014|obra=[[Jewish Virtual Library]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20181224213532/https://www.jewishvirtuallibrary.org/jewish-population-of-the-world|arquivodata=24 de dezembro de 2018|urlmorta=não}}, based on {{citar livro|url=http://www.ajcarchives.org/main.php?GroupingId=10142|título=American Jewish Year Book|publicado=[[American Jewish Committee]]|acessodata=21 de outubro de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190505002513/http://www.ajcarchives.org/main.php?GroupingId=10142|arquivodata=5 de maio de 2019|urlmorta=não}}</ref> Os números estatísticos variam para a demografia contemporânea dos judeus asquenazes, variando de 10 milhões<ref name="Ashkenazi-jews-hugr">{{Citar web|url=http://hugr.huji.ac.il/AshkenaziJews.aspx|título=Ashkenazi Jews|acessodata=29 de outubro de 2013|publicado=[[Hebrew University of Jerusalem]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131020004618/http://hugr.huji.ac.il/AshkenaziJews.aspx|arquivodata=20 de outubro de 2013|urlmorta=sim}}</ref> a 11.2 milhões.<ref name="Jhu.edu">{{citar jornal|url=http://www.jhu.edu/~gazette/julsep97/sep0897/briefs.html|título=First genetic mutation for colorectal cancer identified in Ashkenazi Jews|data=8 de setembro de 1997|acessodata=24 de julho de 2013|jornal=The Gazette|publicado=Johns Hopkins University|arquivourl=https://web.archive.org/web/20181224213550/http://pages.jh.edu/~gazette/julsep97/sep0897/briefs.html%20|arquivodata=24 de dezembro de 2018|urlmorta=não}}</ref> O demógrafo e estatístico [[Israelenses|israelense]] [[Sergio Della Pergola|Sergio D. Pergola]], em um cálculo aproximado dos judeus [[sefarditas]] e [[Judeus mizrahim|judeus ''mizrahim'']], sugere que os judeus asquenazes representavam 65-70% dos judeus em todo o mundo em 2000.<ref name="books.google.com.au">{{citar livro|título=Sephardic Jewry and Mizrahi Jews|autor=Sergio DellaPergola|publicado=Oxford University Press|ano=2008|editor=Peter Y. Medding|volume=X11|páginas=3–42|isbn=978-0199712502|autorlink=Sergio DellaPergola|acessodata=13 de agosto de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220414033929/https://books.google.com/books?id=df8KrZMW09oC&pg=PA14|arquivodata=14 de abril de 2022|urlmorta=não|capítulourl=https://books.google.com/books?id=df8KrZMW09oC&pg=PA14|capítulo="Sephardic and Oriental" Jews in Israel and Countries: Migration, Social Change, and Identification}} Della Pergola não analisa ou menciona as estatísticas Ashkenazi, mas a figura está implícita em sua estimativa aproximada de que em 2000, os judeus orientais e sefarditas constituíam 26% da população judaica mundial.</ref> Outras estimativas colocam os asquenazim como compreendendo mais de 75% da população judaica global.<ref name="ReferenceA">''Focus on Genetic Screening Research'', ed. Sandra R. Pupecki, p. 58</ref>

== Genética ==
{{Ver artigo principal|Estudos genéticos em judeus}}
Segundo os estudos genéticos, entre 40 e 50% da genética dos judeus asquenazes é oriunda do [[Levante (região)|Levante]], sendo o restante (50 a 60%) oriundo da [[Europa]]. Entre 60 e 80% da ancestralidade europeia dos asquenazes é oriunda do [[Europa meridional|sul da Europa]].<ref>{{Citar periódico |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3543766 |título=The population genetics of the Jewish people |data=2013-02 |periódico=Human Genetics |número=2 |ultimo=Ostrer |primeiro=Harry |ultimo2=Skorecki |primeiro2=Karl |paginas=119–127 |doi=10.1007/s00439-012-1235-6 |issn=1432-1203 |pmc=3543766 |pmid=23052947 |volume=132}}</ref><ref name="ReferenceC">{{citar periódico |título=The time and place of European admixture in Ashkenazi Jewish history |data=abril de 2017 |periódico=PLOS Genetics |número=4 |páginas=e1006644 |doi=10.1371/journal.pgen.1006644 |pmc=5380316 |pmid=28376121 |vauthors=Xue J, Lencz T, Darvasi A, Pe'er I, Carmi S |volume=13}}</ref><ref name=":2">{{citar periódico |título=Genome-wide data from medieval German Jews show that the Ashkenazi founder event pre-dated the 14th century |data=2022-12-08 |periódico=Cell |número=25 |primeiro2=Daniel |páginas=4703–4716.e16 |língua=en |doi=10.1016/j.cell.2022.11.002 |issn=0092-8674 |pmc=9793425 |pmid=36455558 |primeiro3=Éadaoin |primeiro4=Stefan |primeiro5=Nadia C. |primeiro6=Gina M. |primeiro7=Hila |primeiro8=Ali |primeiro9=Nadin |volume=185 |último1=Waldman |primeiro1=Shamam |último2=Backenroth |último3=Harney |último4=Flohr |último5=Neff |último6=Buckley |último7=Fridman |último8=Akbari |último9=Rohland |último10=Mallick |primeiro10=Swapan |último11=Olalde |primeiro11=Iñigo |último12=Cooper |primeiro12=Leo |último13=Lomes |primeiro13=Ariel |último14=Lipson |primeiro14=Joshua |último15=Cano Nistal |primeiro15=Jorge |s2cid=248865376}}</ref>

Segundo Behar ''et al.'' (2004) e Nebel ''et al.'' (2001), as frequências de haplogrupos de cromossomo Y entre os judeus asquenazes é a seguinte: [[Haplogrupo J (ADN-Y)|J2]] (19-24%), [[Haplogrupo J (ADN-Y)|J1]] (c. 20%), [[Haplogrupo E (ADN-Y)|E1b]] (16-23%), [[Haplogrupo R1a (ADN-Y)|R1a]] (8-13%), [[Haplogrupo Q (ADN-Y)|Q]] (c. 5%) e [[Haplogrupo R1b (ADN-Y)|R1b]] (10-11%).<ref>{{Citar periódico |url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0002929707613251 |título=The Y Chromosome Pool of Jews as Part of the Genetic Landscape of the Middle East |data=novembro de 2001 |periódico=The American Journal of Human Genetics |número=5 |ultimo=Nebel |primeiro=Almut |ultimo2=Filon |primeiro2=Dvora |paginas=1095–1112 |lingua=en |doi=10.1086/324070 |pmc=1274378 |pmid=11573163 |ultimo3=Brinkmann |primeiro3=Bernd |ultimo4=Majumder |primeiro4=Partha P. |ultimo5=Faerman |primeiro5=Marina |ultimo6=Oppenheim |primeiro6=Ariella |volume=69}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://doi.org/10.1007/s00439-003-1073-7 |título=Contrasting patterns of Y chromosome variation in Ashkenazi Jewish and host non-Jewish European populations |data=2004-03-01 |periódico=Human Genetics |número=4 |ultimo=Behar |primeiro=Doron M. |ultimo2=Garrigan |primeiro2=Daniel |paginas=354–365 |lingua=en |doi=10.1007/s00439-003-1073-7 |issn=1432-1203 |ultimo3=Kaplan |primeiro3=Matthew E. |ultimo4=Mobasher |primeiro4=Zahra |ultimo5=Rosengarten |primeiro5=Dror |ultimo6=Karafet |primeiro6=Tatiana M. |ultimo7=Quintana-Murci |primeiro7=Lluis |ultimo8=Ostrer |primeiro8=Harry |ultimo9=Skorecki |primeiro9=Karl |volume=114}}</ref> 

Sobre a origem das linhagens maternas asquenazes, ainda há controvérsias se a maioria são de origem levantina ou de origem europeia. Tradicionalmente, pensava-se que a maioria das linhagens maternas asquenazes vinham de mulheres europeias que se uniram a homens judeus e adotaram o judaísmo. Essa hipótese está presente no estudo de Costa ''et al.'' (2013). No entanto, o consenso entre a comunidade científica hoje é de que a maioria das linhagens maternas asquenazes são de origem levantina, segundo os estudos de Behar ''et al.'' (2006) e Fernández ''et al.'' (2014).<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nytimes.com/2006/01/14/science/new-light-on-origins-of-ashkenazi-in-europe.html |título=New Light on Origins of Ashkenazi in Europe |data=2006-01-14 |acessodata=2024-02-03 |periódico=The New York Times |ultimo=Wade |primeiro=Nicholas |lingua=en-US |issn=0362-4331 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20081210152054/http://www.nytimes.com/2006/01/14/science/14gene.html |arquivodata=2008-12-10}}</ref><ref name=":4">{{Citar periódico |url=https://www.nature.com/articles/ncomms3543 |título=A substantial prehistoric European ancestry amongst Ashkenazi maternal lineages |data=2013-10-08 |periódico=Nature Communications |número=1 |ultimo=Costa |primeiro=Marta D. |ultimo2=Pereira |primeiro2=Joana B. |paginas=2543 |lingua=en |doi=10.1038/ncomms3543 |issn=2041-1723 |ultimo3=Pala |primeiro3=Maria |ultimo4=Fernandes |primeiro4=Verónica |ultimo5=Olivieri |primeiro5=Anna |ultimo6=Achilli |primeiro6=Alessandro |ultimo7=Perego |primeiro7=Ugo A. |ultimo8=Rychkov |primeiro8=Sergei |ultimo9=Naumova |primeiro9=Oksana |volume=4}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1380291/ |título=The matrilineal ancestry of Ashkenazi Jewry: portrait of a recent founder event |data=2006-03 |periódico=American Journal of Human Genetics |número=3 |ultimo=Behar |primeiro=Doron M. |ultimo2=Metspalu |primeiro2=Ene |paginas=487–497 |doi=10.1086/500307 |issn=0002-9297 |pmc=1380291 |pmid=16404693 |ultimo3=Kivisild |primeiro3=Toomas |ultimo4=Achilli |primeiro4=Alessandro |ultimo5=Hadid |primeiro5=Yarin |ultimo6=Tzur |primeiro6=Shay |ultimo7=Pereira |primeiro7=Luisa |ultimo8=Amorim |primeiro8=Antonio |ultimo9=Quintana-Murci |primeiro9=Lluis |volume=78}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4046922/ |título=Ancient DNA analysis of 8000 B.C. near eastern farmers supports an early neolithic pioneer maritime colonization of Mainland Europe through Cyprus and the Aegean Islands |data=2014-06 |periódico=PLoS genetics |número=6 |ultimo=Fernández |primeiro=Eva |ultimo2=Pérez-Pérez |primeiro2=Alejandro |paginas=e1004401 |doi=10.1371/journal.pgen.1004401 |issn=1553-7404 |pmc=4046922 |pmid=24901650 |ultimo3=Gamba |primeiro3=Cristina |ultimo4=Prats |primeiro4=Eva |ultimo5=Cuesta |primeiro5=Pedro |ultimo6=Anfruns |primeiro6=Josep |ultimo7=Molist |primeiro7=Miquel |ultimo8=Arroyo-Pardo |primeiro8=Eduardo |ultimo9=Turbón |primeiro9=Daniel |volume=10}}</ref>

Segundo Costa ''et al.'' (2013), as frequências de haplogrupos de DNA mitocondrial entre os asquenazes é: [[Haplogrupo K (ADNmt)|K]] (31,8%), [[Haplogrupo H (ADNmt)|H]] (20,5%), [[Haplogrupo N1b (ADNmt)|N1b]] (9,2%), [[Haplogrupo J (ADNmt)|J]] (6,3%) e [[Haplogrupo HV (ADNmt)|HV0]] (4,1%).<ref name=":4" /> 

=== Hipótese da origem turca dos asquenazes ===
{{artigo principal|[[Cazares]]}}

No século XX, o escritor húngaro-judaico [[Arthur Koestler]], em seu livro ''A 13ª Tribo'' (1976), retomou a antiga teoria de que os judeus asquenazes seriam descendentes dos [[cazares]], um povo de origem [[Povos turcos|túrquica]], não [[semita]], que se converteu em massa ao judaísmo e abandonou suas terras, na região da atual [[Turquia]], fugindo às devastações perpetradas pelos [[mongóis]], afinal refugiando-se na [[Europa Oriental]], principalmente nos atuais territórios da [[Polônia]], [[Hungria]] e [[Ucrânia]]. Essas populações, não pertencendo a nenhuma das [[doze tribos de Israel]], por isso são definidas no livro de Koestler como "a décima-terceira tribo".

Porém, testes genéticos em populações de judeus asquenazes não apresentam qualquer evidência de origens cázaras, mas sim de origens advindas do [[Oriente Próximo]]/Mediterrâneo e Sudoeste Europeu.<ref name="Não-nomeado-xYh--1">{{Citar periódico |url=https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25079123/ |titulo=No evidence from genome-wide data of a Khazar origin for the Ashkenazi Jews |data=dezembro de 2013 |acessodata=2021-04-05 |jornal=Human Biology |número=6 |ultimo=Behar |primeiro=Doron M. |ultimo2=Metspalu |primeiro2=Mait |paginas=859–900 |doi=10.3378/027.085.0604 |issn=1534-6617 |pmid=25079123 |ultimo3=Baran |primeiro3=Yael |ultimo4=Kopelman |primeiro4=Naama M. |ultimo5=Yunusbayev |primeiro5=Bayazit |ultimo6=Gladstein |primeiro6=Ariella |ultimo7=Tzur |primeiro7=Shay |ultimo8=Sahakyan |primeiro8=Hovhannes |ultimo9=Bahmanimehr |primeiro9=Ardeshir}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3032072/ |titulo=Abraham's Children in the Genome Era: Major Jewish Diaspora Populations Comprise Distinct Genetic Clusters with Shared Middle Eastern Ancestry |data=2010-06-11 |acessodata=2021-04-05 |jornal=American Journal of Human Genetics |número=6 |ultimo=Atzmon |primeiro=Gil |ultimo2=Hao |primeiro2=Li |paginas=850–859 |doi=10.1016/j.ajhg.2010.04.015 |issn=0002-9297 |pmc=3032072 |pmid=20560205 |ultimo3=Pe'er |primeiro3=Itsik |ultimo4=Velez |primeiro4=Christopher |ultimo5=Pearlman |primeiro5=Alexander |ultimo6=Palamara |primeiro6=Pier Francesco |ultimo7=Morrow |primeiro7=Bernice |ultimo8=Friedman |primeiro8=Eitan |ultimo9=Oddoux |primeiro9=Carole}}</ref>

== Relações com os sefarditas ==
{{Further|Racismo em Israel}}
As relações entre asquenazes e sefarditas têm sido às vezes tensas e obscurecidas por [[arrogância]], [[esnobismo]] e reivindicações de [[Racismo|superioridade racial]], com ambos os lados reivindicando a [[inferioridade]] do outro, com base em características físicas e [[cultura]], por exemplo.<ref>{{citar livro|autor1=John M. Efron|título=German Jewry and the Allure of the Sephardic|data=2015|publicado=Princeton University Press|isbn=9781400874194|página=97}}</ref><ref>{{citar livro|autor1=Jordan Paper|título=The Theology of the Chinese Jews, 1000–1850|data=2012|publicado=Wilfrid Laurier Univ. Press|isbn=9781554584031|página=7}}</ref><ref>{{citar livro|autor1=Pearl Goodman|título=Peril: From Jackboots to Jack Benny|data=2014|publicado=Bridgeross Communications|isbn=9780987824486|páginas=248–9}}</ref><ref>{{citar livro|url=https://archive.org/details/securitythreaten00aria|título=Security Threatened: Surveying Israeli Opinion on Peace and War|autor1=Alan Arian|data=1995|publicado=Cambridge University Press|página=[https://archive.org/details/securitythreaten00aria/page/n158 147]|isbn=9780521499255|url-access=|edição=illustrat}}</ref><ref>{{citar jornal|autor1=David Shasha|título=Understanding the Sephardi-Ashkenazi Split|url=https://www.huffingtonpost.com/david-shasha/understanding-the-sephard_b_541033.html|acessodata=16 de dezembro de 2015|obra=The Huffington Post|data=20 de junho de 2010|arquivodata=25 de dezembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151225025846/http://www.huffingtonpost.com/david-shasha/understanding-the-sephard_b_541033.html|urlmorta= não}}</ref>

Os sefarditas do [[Norte de África]] e os judeus [[Judeus mizrahim|mizrahim]] eram frequentemente desprezados pelos asquenazes como cidadãos de segunda classe durante a primeira década após a criação de Israel. Isso levou a movimentos de protesto como os [[Partido dos Panteras Negras|Panteras Negras]] israelenses liderados por [[Saadia Marciano]], um [[Judaísmo em Marrocos|judeu marroquino]]. Em alguns casos, as comunidades asquenazes aceitaram um número significativo de recém-chegados sefarditas, às vezes resultando em casamentos mistos e na possível fusão entre as duas comunidades.<ref>{{citar livro|url=https://archive.org/details/worldonfirehowex00chua_0|título=World on Fire|último=Chua|primeiro=Amy|publicado=Anchor Books|ano=2003|página=[https://archive.org/details/worldonfirehowex00chua_0/page/217 217]|isbn=978-0-385-72186-8|acessodata=6 de agosto de 2019|url-access=}}</ref> Em 2006 as taxas de casamentos mistos entre judeus israelenses são superiores a 35% e estudos recentes indicam que a proporção de israelenses descendentes de judeus mizrahim/[[sefarditas]] e asquenazes aumenta 0,5% a cada ano, com mais de 25% das crianças em idade escolar tendo ancestralidade Ocidental e oriental.<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20131029210049/http://sociology.huji.ac.il/docs/Okun-paper-2006-01.pdf|titulo=«Okun, Bárbara S.; Khait-Marelly, Orna (2006). "Status socioeconômico e comportamento demográfico de adultos multiétnicos: judeus em Israel"» (PDF). 2006|data=2006}}</ref>

== Asquenazes notáveis ==
Judeus asquenazes têm uma notável história de realizações nas [[Mundo ocidental|sociedades ocidentais]]<ref>{{citar jornal|último=Murray|primeiro=Charles|url=https://www.commentarymagazine.com/viewarticle.cfm/Jewish-Genius-10855?page=all|título=Jewish Genius|data=abril de 2007|acessodata=23 de dezembro de 2007|obra=Commentary Magazine|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071130145053/http://www.commentarymagazine.com/viewarticle.cfm/Jewish-Genius-10855?page=all|arquivodata=30 de novembro de 2007|urlmorta=sim|citação=A realização judaica desproporcional nas artes e ciências continua até hoje.}}</ref> nos campos das [[ciências naturais]] e [[Ciências sociais|sociais]], [[matemática]], [[literatura]], [[finanças]], [[política]], [[Meios de comunicação social|mídia]] e outros. Naquelas sociedades onde eles foram livres para entrar em qualquer [[profissão]], eles têm um histórico de alta realização ocupacional, entrando em profissões e áreas de [[comércio]] onde o [[ensino superior]] é exigido.<ref>{{citar jornal|último=Murray|primeiro=Charles|url=https://www.commentarymagazine.com/viewarticle.cfm/Jewish-Genius-10855?page=all|título=Jewish Genius|data=abril de 2007|acessodata=23 de dezembro de 2007|obra=Commentary Magazine|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071130145053/http://www.commentarymagazine.com/viewarticle.cfm/Jewish-Genius-10855?page=all|arquivodata=30 de novembro de 2007|urlmorta=sim|citação=De 1870 a 1950, a representação judaica na literatura foi quatro vezes o número esperado. Na música, cinco vezes. Nas artes visuais, cinco vezes. Em biologia, oito vezes. Em química, seis vezes. Em física, nove vezes. Em matemática, doze vezes. Em filosofia, quatorze vezes.}}</ref> Judeus asquenazes ganharam um grande número de [[Prêmio Nobel|prêmios Nobel]].<ref>{{citar revista|último=Pinker|primeiro=Steven|autorlink=Steven Pinker|data=17 de junho de 2006|título=The Lessons of the Ashkenazim: Groups and Genes|url=http://pinker.wjh.harvard.edu/articles/media/2006_06_17_thenewrepublic.html|urlmorta=sim|revista=The New Republic|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080105135315/http://pinker.wjh.harvard.edu/articles/media/2006_06_17_thenewrepublic.html|arquivodata=5 de janeiro de 2008|acessodata=23 de dezembro de 2007|citação=Embora nunca excedam 3 por cento da população americana, os judeus respondem por 37 por cento dos vencedores da Medalha Nacional de Ciências dos Estados Unidos, 25 por cento dos vencedores do Prêmio Nobel Americano em literatura, 40 por cento dos vencedores do Prêmio Nobel Americano em ciência e economia, e assim por diante.}}</ref>

De acordo com o livro ''From Chance to Choice: Genetics and Justice'', de 2000, publicado pela [[Universidade de Cambridge]], 21% dos [[Aluno|estudantes]] da [[Ivy League]], 25% dos vencedores do [[Prêmio Turing]], 23% dos [[Povo dos Estados Unidos|americanos]] mais ricos, 38% dos [[Diretor de cinema|diretores de cinema]] vencedores do [[Óscar]], e 29% dos premiados de [[Oslo]] são judeus asquenazes.<ref>{{citar livro|título=From chance to choice : genetics and justice |data=2000 |publicado=Cambridge University Press |local=Cambridge, U.K. |isbn=9780511806940}}</ref>

As conquistas de tantos judeus asquenazes levaram alguns à visão de que os judeus asquenazes têm inteligência acima da média. No entanto, muitos desses estudos que mostram inteligência superior foram desacreditados, e outros estudos observam que não se deve "confundir categorias raciais com científicas."<ref>{{citar periódico|último1=Gilman |primeiro1=Sander L. |título=Are Jews Smarter Than Everyone Else? |periódico=Mens Sana Monographs |data=2008 |volume=6 |número=1 |páginas=41–47 |doi=10.4103/0973-1229.34526 |pmid=22013349 |pmc=3190562 }}</ref><ref>{{citar web|url=https://nymag.com/nymetro/news/culture/features/1478/index1.html |título=Are Jews Smarter?; Ny Mag |publicado=nymag |data=14 de novembro de 2005 |acessodata=25 de junho de 2022 |arquivodata=25 de julho de 2022 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220725184840/https://nymag.com/nymetro/news/culture/features/1478/index1.html |urlmorta= não}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.vox.com/policy-and-politics/2019/12/30/21042733/bret-stephens-jewish-iq-new-york-times |título=The controversy over Bret Stephens's Jewish genius column, explained; Vox.com |publicado=VOX |data=30 de dezembro de 2019 |acessodata=25 de junho de 2022 |arquivodata=25 de julho de 2022 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220725183409/https://www.vox.com/policy-and-politics/2019/12/30/21042733/bret-stephens-jewish-iq-new-york-times |urlmorta= não}}</ref>

== Ver também ==
* [[Etnias judaicas]]

{{Notas}}
{{Referências|col=2}}

== Bibliografia ==
{{refbegin|40em}}
* Beider, Alexander (2001): ''A Dictionary of Ashkenazic Given Names: Their Origins, Structure, Pronunciations, and Migrations''. Avotaynu. {{ISBN|1886223122}}.
* [[David Biale|Biale, David]] (2002): ''Cultures of the Jews: A New History''. Schoken Books. {{ISBN|0805241310}}.
* {{citar periódico|último1=Birnbaum|primeiro1=Solomon A.|título=The cultural structure of East Ashkenazic Jewry|url=https://archive.org/stream/in.ernet.dli.2015.185585/2015.185585.The-Slavonic-Reviewvol64#page/n71/mode/2up|periódico=The Slavonic and East European Review|data=novembro de 1946|volume=25|número=64}}
* Brook, Kevin Alan (2003): "The Origins of East European Jews" in ''Russian History/Histoire Russe'' vol. 30, nos. 1–2, pp.&nbsp;1–22.
* Gross, N. (1975): ''Economic History of the Jews''. [[Schocken Books]], New York.
* Haumann, Heiko (2001): ''A History of East European Jews''. [[Central European University Press]]. {{ISBN|9639241261}}.
* Kriwaczek, Paul (2005): ''Yiddish Civilization: The Rise and Fall of a Forgotten Nation''. [[Alfred A. Knopf]], New York. {{ISBN|1400040876}}.
* Lewis, Bernard (1984): ''The Jews of Islam''. [[Princeton University Press]]. {{ISBN|0691054193}}.
* Bukovec, Predrag: [http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:0159-2012041222 ''East and South-East European Jews in the 19th and 20th Centuries''], [[European History Online]], Mainz: [[Institute of European History]], 2010, retrieved: 17 December 2012.
* Vital, David (1999): ''A People Apart: A History of the Jews in Europe''. [[Oxford University Press]]. {{ISBN|0198219806}}.
* {{citar periódico|último1=Yardumian |primeiro1=Aram |último2=Schurr |primeiro2=Theodore G. |título=The Geography of Jewish Ethnogenesis |periódico=Journal of Anthropological Research |data=1 de junho de 2019 |volume=75 |número=2 |páginas=206–234 |doi=10.1086/702709 |s2cid=167051866 |url=https://www.journals.uchicago.edu/doi/abs/10.1086/702709 |issn=0091-7710}}
{{refend}}

== Ligações externas ==
{{Commonscat|Ashkenazi Jews}}
{{Refbegin}}
* [http://www.yivoencyclopedia.org/ ''The YIVO Encyclopedia of Jews in Eastern Europe'']
* {{citar jornal|último=Kaplan|primeiro=Karen|data=18 de abril de 2009|título=Jewish legacy inscribed on genes?|url=https://www.latimes.com/news/nationworld/nation/la-sci-jewish-iq18-2009apr18,0,2228388.story|jornal=[[Los Angeles Times]]|acessodata=23 de dezembro de 2009}}
* [http://www.nature.com/ejhg/journal/v15/n4/full/5201764a.html "Ashkenazi Jewish mtDNA haplogroup distribution varies among distinct subpopulations: lessons of population substructure in a closed group"]—''European Journal of Human Genetics'', 2007
* [http://www.biomedcentral.com/1471-2156/9/14 "Analysis of genetic variation in Ashkenazi Jews by high density SNP genotyping"]
* [http://www.kayj.org/ Nusach Ashkenaz, and Discussion Forum]
* [http://www.moreshesashkenaz.org/ Ashkenaz Heritage]
{{Refend}}
{{Demografia de Israel}}


{{Portal3|Europa|Judaísmo|Israel}}

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[[Categoria:Grupos étnicos de Israel]]
[[Categoria:Grupos étnicos da Rússia]]
[[Categoria:Etnias judaicas]]
[[Categoria:Povos semitas]]