Ato locucionário

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Em linguística e filosofia da linguagem, ato locucionário é a designação dada à categoria dos atos de fala que agrupa a dimensão linguística propriamente dita: a disposição de sons para efetivar determinada significado referencial e predicação.[1]

De acordo com a teoria desenvolvida inicialmente por John Langshaw Austin e retomada por outros pesquisadores, como John Searle e Jacques Derrida, a realização dos atos de fala é a própria significação da linguagem. A primeira das três dimensões que compõem os atos de fala é o ato locucionário, que, dotado de sentido e referência, organiza formas linguísticas (fonemas, morfemas, sintagmas etc.) sintática e semanticamente a partir das regras gramaticais.[2][3] O ato locucionário está integrado às outras duas dimensões: ato ilocucionário e ato perlocucionário.[4]

Referências

  1. Pinto, Joana Plaza (2007). «Conexões teóricas entre performatividade, corpo e identidades». DELTA. 23 (1): 1-26. doi:10.1590/S0102-44502007000100001. Consultado em 25 de outubro de 2020 
  2. Ottoni, Paulo (2002). «John Langshaw Austin e a Visão Performativa da Linguagem». DELTA. 18 (1): 117-143. doi:10.1590/S0102-44502002000100005. Consultado em 25 de outubro de 2020 
  3. Marcondes, Danilo (2010). «Por uma visão performativa da pragmática: significado e ação». Cognitio: Revista de Filosofia. 11 (2): 267-278. Consultado em 25 de outubro de 2020 
  4. Martins, Francisco; Costa, Arilson; Pôrto, Karime (2000). «O delírio à luz da teoria dos atos de fala». Psicologia: Reflexão e Crítica. 13 (1): 179-187. doi:10.1590/S0102-79722000000100018. Consultado em 4 de novembro de 2020