Saltar para o conteúdo

Baanes I de Siúnia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Baanes.
Baanes I de Siunique
Baanes I de Siúnia
Bandeira da Igreja Apostólica Armênia
Morte 974
Nacionalidade Armênio
Ocupação Bispo
Título Católico
Religião Igreja Apostólica Armênia

Baanes I de Siúnia (em armênio/arménio: Վահան Ա Սյունեցի; romaniz.: Vahan I Syunets’i; m. 974), apelidado Pequeno Baanes (em armênio: Վահանին; romaniz.: Vahanik), foi o católico de todos os armênios de 967 até sua deposição em 969.

Nome[editar | editar código-fonte]

Baanes (Βαάνης, Baánes) é a forma grega do teofórico armênio Vahan (Վահան), que derivou de Vahagn (Վահագն). Vahagn, por sua vez, foi um deus da mitologia armênia que derivou seu nome do parta Varragne (*Warhragn) / Vartagne (*Warθagn), do persa antigo Vertragna (Vṛθragna) e do avéstico Varetragna (vərəθraγna), que era o nome de um dos deuses do panteão iraniano. Como teofórico foi citado em armênio como Vrã (Vrām), em persa médio como Varrã (Warahrān) e Varã (Wahrām), em grego como Boanes (Βοάνης, Boánes), Baanes (Βαάνης, Baánes), Baranes (Βαρανης), Baânio (Βαανιος, Baanios), Uarrames / Varrames (Ουαρράμης, Ouarrámes), Barã (Βαραμ, Baram), Baramo (Βάραμος, Báramos) e Baaam(a)anes (Βαραμ(a)άνης, Baram(a)anes), [1][2] em georgiano como Barã (ბარამ, Baram),[3] em latim como Veramo (Veramus)[4] e Vararanes[5] e em persa novo como Barã (بهرام, Bahrām).[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Baanes era o filho de Javanxir, senhor de Balque, em Siúnia.[6] Em 958, no concílio de Kapan que colocou ordem na organização da Igreja Apostólica Armênia na região, é consagrado pelo católico Ananias I de Moxoena como metropolita de Siúnia.[7] Permaneceu no cargo até a morte de Ananias, em 967,[8] quando foi eleito católico no concílio de Siracavão.[6] Seus pareceres favoráveis ao calcedonianismo levaram a convocação dum sínodo em Ani em 969 pelo rei Asócio III (r. 951–977), ao qual decidiu não comparecer.[9] No sínodo decidiu-se pela remoção de Baanes e a nomeação de Estêvão III. Baanes refugiou-se na corte do rei Abusal Amazaspes (r. 953–968) de Vaspuracânia, onde foi considerado como católico titular. Imprudentemente, Estêvão III deslocou-se depois à corte de Vaspuracânia admoestar pessoalmente seu rival e Abusal mandou prendê-lo. Baanes morreu em 974 e não é substituído em Vaspuracânia, deixando o sucessor de Estêvão III, Cachique I Arsaruni, como católico.[8]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Ananias I de Moxoena
Católico de todos os armênios
967-969
Sucedido por
Estêvão III

Referências

  1. Justi 1895, p. 363.
  2. a b Vários autores 1988.
  3. Rapp 2014, p. 203.
  4. Moisés de Corene 1736, p. 292.
  5. Martindale 1971, p. 945.
  6. a b Grousset 1947, p. 486.
  7. Dédéyan 2007, p. 256.
  8. a b Dédéyan 2007, p. 280.
  9. Grousset 1947, p. 487.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Grousset, René (1947). Histoire de l’Arménie des origines à 1071. Paris: Payot 
  • Justi, Ferdinand (1895). «Werepraghna 24». Iranisches Namenbuch. Marburgo: N. G. Elwertsche Verlagsbuchhandlung 
  • Martindale, J. R.; A. H. M. Jones (1971). «Vararanes». The Prosopography of the Later Roman Empire, Vol. I AD 260-395. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press 
  • Moisés de Corene (1736). Historiae Armeniacae libri III. Londres: Caroli Ackers 
  • Rapp, Stephen H. Jr. (2014). The Sasanian World through Georgian Eyes: Caucasia and the Iranian Commonwealth in Late Antique Georgian Literature. Farnham: Ashgate Publishing, Ltd. ISBN 1472425529 
  • Vários autores (1988). «Bahrām». Enciclopédia Irânica Vol. III, Fasc. 5. Nova Iorque: Universidade de Colúmbia