Balibo (filme)

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Balibo
Austrália
Timor-Leste
2009 •  cor •  111 min 
Gênero drama
Direção Robert Connolly
Produção Anthony LaPaglia
Dominic Purcell
Baseado em Cover-Up, de Jill Jolliffe
Elenco Anthony LaPaglia
Oscar Isaac
Damon Gameau
Gyton Grantley
Nathan Phillips
Mark Winter
Thomas Wright
Bea Viegas
Música Lisa Gerrard
Cinematografia Tristan Milani
Edição Nick Meyers
Distribuição Transmission Films
Lançamento
  • 24 de julho de 2009 (2009-07-24) (MIFF)
  • 14 de agosto de 2009 (2009-08-14) (Austrália)
Idioma inglês
tétum
Orçamento AU$ 4 500 000

Balibo é um filme de guerra australiano de 2009 que segue a história dos "Cinco de Balibo" (Balibo Five), um grupo de jornalistas (dois australianos, dois britânicos e um neo-zelandês) que foram capturados e mortos enquanto trabalhavam pouco antes da invasão indonésia de Timor-Leste em 1975. Embora historicamente preciso, o filme é vagamente baseado no livro Cover-Up de Jill Jolliffe, uma jornalista australiana que conheceu os homens antes de serem mortos.[1]

O filme segue o jornalista Roger East, interpretado por Anthony LaPaglia, que viaja para Timor-Leste em 1975 para investigar as mortes dos Cinco de Balibo as vésperas da invasão indonésia de Timor-Leste.[2] Oscar Isaac interpreta o jovem José Ramos-Horta (que mais tarde receberia o Prêmio Nobel da Paz e se tornaria o segundo presidente de Timor Leste)[3] que se une a East no filme.

As filmagens começaram em 30 de junho de 2008, em Dili, Timor-Leste,[4] e o filme foi lançado no ano seguinte. Foi produzido pela Arenafilm na Austrália, com Robert Connolly como diretor, David Williamson como roteirista e o professor Clinton Fernandes como consultor histórico.[5][6] LaPaglia, também produtor executivo, declarou que Roger East foi "provavelmente o melhor papel que já tive".[7]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

A história é contada pelo jornalista veterano Roger East. Apresentado como um correspondente estrangeiro, antes destemido, mas que no momento trabalhava em relações públicas em Darwin. East é atraído para Timor-Leste por José Ramos-Horta, da Fretilin; na época o jovem e carismático secretário de Relações Exteriores do país. Inicialmente recusando se envolver, o jornalista muda de ideia depois que Ramos-Horta mostra fotos de cinco repórteres desaparecidos na cidade fronteiriça de Balibo.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Produção[editar | editar código-fonte]

Balibo foi o primeiro longa-metragem a ser realizado em Timor-Leste. As filmagens em Dili começaram em 31 de julho de 2008, com a polícia das Nações Unidas fechando as estradas, para permitir que as cenas fossem filmadas.[8]

A versão dos eventos mostrada no filme foi validada por um legista australiano em 2007. Após uma nova revisão das evidências, o legista determinou que os jornalistas foram executados enquanto tentavam se render às forças indonésias, contrariando a versão oficial de Jacarta que sempre sustentou que os jornalistas morreram acidentalmente durante um fogo cruzado quando as tropas indonésias combateram os rebeldes timorenses da Fretilin. O filme retrata os jornalistas, que trabalhavam para redes de televisão australianas, sendo brutalmente executados sob as ordens dos militares indonésios para impedir que as notícias da invasão fossem divulgadas internacionalmente. O diretor Robert Connolly declarou que não pretendia provocar Jacarta, mas queria examinar um momento importante da ocupação de Timor-Leste pela Indonésia, que durou de 24 anos e provocou a morte de cerca de 183.000 pessoas.[9][10]

Proibição da Indonésia[editar | editar código-fonte]

O filme estreou na Indonésia no Festival Internacional de Cinema de Jacarta de 2009. No entanto, antes de uma exibição privada, o filme foi banido pela Agência de Censura para Filmes da Indonésia. O ministro das Relações Exteriores da Indonésia, Marty Natalegawa, afirmou que a proibição era evitar uma "percepção negativa global da Indonésia". Os militares indonésios apoiaram a proibição, com um porta-voz dizendo que o filme poderia prejudicar as relações da Indonésia com Timor-Leste e Austrália. Também repetiu a versão oficial dos eventos, a saber, que os jornalistas foram mortos em um fogo cruzado, e não pelas tropas indonésias.[11][12]

Referências