Saltar para o conteúdo

Banco ritual taíno

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Banco ritual taíno
Banco ritual taíno
Autor desconhecido
Data sécs. XIII ~XVI
Género Escultura
Técnica Madeira e ouro
Altura 44 cm x 22 cm x 13 cm
Localização Museu Britânico, Santo Domingo

O Banco Ritual Taíno é um objeto oriundo da Era pré-colombiana caribenha, um pequeno banco feito de madeira na forma de um homem de quatro (pés e mãos). Foi feito pelo povo Taíno, antes de Cristóvão Colombo ter chegado no Caribe. Foi encontrado numa caverna próxima a Santo Domingo, República Dominicana, sendo um importante testemunho da cultura e civilização Taína existente antes do contato com europeus.

O assento é feito a partir da madeira dura chamada Lignum vitae (Gaïac) oriunda da árvore . In this case the Lignum vitae is from the Guaiaco.[1] As flores dessa árvore são a flor nacional da Jamaica..[2] A pequena cadeira pequena foi feita na forma animalesca de um homem de quatro patas. A cabeça é decorada com ouro e a figura é esculpida com órgãos genitais masculinos embaixo.[3]

Os chamados Duhos são bancos esculpidos em madeira encontrados nas casas dos caciques Taíno ou Chefes mais elevados em toda a região do Caribe. Tais Duhos "figuravam de forma proeminente na manutenção dos sistemas políticos e ideológicos Taíno. . . [e eram] . . . significativamente marcas de poder, prestígio e ritual ". Foram encontrados Duhos feitos tanto de madeira e como de pedra, embora os feitos de madeira tendiam a não durar tanto como as cadeiras de pedra e, portanto, os primeiros são muito mais raros.[4] Esse assento Taíno é um dos dois chamados 'Duho' 'no Museu Britânico que originalmente foram encontrados na ilha Hispaniola. O outro também é modelado antropomorficamente, mas nesse caso a semelhança com um homem na área do estômago é mais proporcional.[5][6] Há outro duho de madeira nas coleções do Museu Britânico que foi encontrado na ilha de Eleuthera nas Bahamas.[7]

Dentre as primeiras pessoas com quem Colombo fez contato no continente americano eram Taíno. Sua civilização de 7 mil anos não se beneficiou do contato com europeus, já que muitos foram escravizados ou morreram de doenças trazidas pelos colonizadores. Os primeiros exploradores notaram que alguns dos Taínos por vezes usavam drogas alucinógenas. As drogas e os cachimbos para fumá-las eram chamados de cohoba (Acacia angustiloba). É provável que um desses chefes tenha usado tal banco para fumar essas drogas. O banco do Museu Britânico tem uma tigela acima da figura cabeça, que pode ter sido usada para conter a cohoba durante rituais envolvendo seus deuses, os Zemi.[8]

Museu Britânico

[editar | editar código-fonte]

Esse exemplar do Museu Britânico foi escolhida para ser uma das peças de “Uma História do Mundo em 100 Objetos”, uma série de programas de rádio que começaram em 2010 e que foram criados em um Parceria entre a BBC e o museu.[9]

  1. Taino ritual seat, British Museum, accessed 6 October 2010
  2. «National Symbols». Emancipation & Independence. Jamaica Information Service. Consultado em 7 de outubro de 2010 
  3. British Museum Collection
  4. Conrad, Geoffrey W., John W. Foster e Charles D. Beeker, "Artefatos orgânicos da Manantial de la Aleta, República Dominicana: observações preliminares e interpretações", "Journal of Caribbean Archaology". 2: 6, 2001.
  5. «The Taíno of the West Indies». World Tim Line. British Museum. Consultado em 7 de outubro de 2010 
  6. British Museum Collection
  7. British Museum Collection
  8. "Deity Figure (Zemi) Dominican Republic; Taino (1979.206.380)" In Heilbrunn Timeline of Art History. New York: The Metropolitan Museum of Art, 2000 October 2006; retrieved 22 September 2009
  9. Taíno Ritual Seat «Taíno Ritual Seat» Verifique valor |url= (ajuda). BBC. Consultado em 11 de outubro de 2010