Barreto Coutinho
Barreto Coutinho | |
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Nascimento | Ermírio Barreto Coutinho da Silveira 30 de junho de 1893 Brasil Limoeiro |
Morte | 31 de agosto de 1975 (82 anos) Brasil Curitiba |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | médico, poeta |
Ermírio Barreto Coutinho da Silveira (Limoeiro, 30 de junho de 1893 — Curitiba, 31 de agosto de 1975) foi um médico e poeta brasileiro.[1]
Formação
[editar | editar código-fonte]Iniciou Direito na Faculdade de Direito do Recife, porém não concluiu o curso.
Iniciou o curso de medicina na Faculdade de Medicina da Bahia, transferindo-se, no segundo ano, para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde concluiu o curso, em 1918, em plena epidemia de Gripe espanhola.
Em seu Álbum de Doutorandos, editado com atraso por conta da necessidade de combate à epidemia, seu colega A. Xavier de Oliveira escreveu, a seu respeito:
“ | Médico, poeta, jornalista e satírico. Sua vida é de contínuo humor. Todos os colegas lhe reclamam sempre um pouco de atenção e de palestra, que sabe fazer espirituosa e interessante. Pode reinar o mais absoluto silêncio onde esteja uma centena de estudantes! Chegue o Coutinho e ter-se-á logo em que prender a atenção: um gesto seu, uma palavra sua, uma ideia faz despertar a todos do torpor em que, acaso, encontrem-se. Ainda mais. Nos assuntos de alta relevância, em que se empenha a sério, ninguém mais se interessa e trabalha do que ele. Talvez até guarde consigo um atroz recôndito inimigo que sua energia não deixa que se transforme em chaga cancerosa… Os seus dotes de espírito e de coração mandam que se veja nele um homem triunfador e feliz.[2] | ” |
Atuação profissional
[editar | editar código-fonte]Antes de sua formatura em medicina, trabalhou como redator em A Província, do Recife.
Como médico, empenhou-se, desde estudante, no combate à Gripe espanhola no Rio de Janeiro, transferindo-se, depois, para Curitiba, onde exerceu sua profissão.
Participação literária
[editar | editar código-fonte]Barreto Coutinho pertenceu às seguintes entidades literárias:[2]
- União Brasileira de Trovadores - seção Paraná (foi presidente);
- Sociedade Brasileira de Escritores Médicos;
- Academia de Letras José de Alencar;
- Centro de Letras do Paraná;
- União Brasileira de Escritores;
- Associação Profissional de Escritores do Paraná.
Livros publicados
[editar | editar código-fonte]- …Um médico de saúde - 1959 (memórias);
- Radiações do ocaso - 1969 (poemas);
- Florações do outono - 1970 (poemas).
Patrono
[editar | editar código-fonte]Barreto Coutinho é homenageado pela Academia Brasileira de Médicos Escritores, como patrono da cadeira 41.[3]
Trova famosa
[editar | editar código-fonte]Em 1912 o jornal A Província publicou um poema de Barreto Coutinho intitulado Mãe querida. Um poema com 10 estrofes de 4 versos: as duas primeiras com decassílabos, que faziam introito para as oito seguintes, em redondilhas.[4][5]
A sexta estrofe assim expressava:
“ | Uma vez vi-a rezando aos pés da Virgem Maria; era uma Santa escutando o que outra santa dizia. |
” |
Um anônimo desgarrou-a do poema, alterou o primeiro verso e a divulgou como uma trova. Muitas vezes creditada a outros autores, até que em 1968 a União Brasileira de Trovadores deu oficialmente o crédito ao verdadeiro autor.
A trova, modificada e famosa, diz:
“ | Eu vi minha mãe rezando aos pés da Virgem Maria; era uma Santa escutando o que outra santa dizia. |
” |
Notas e referências
- ↑ «Recanto das Letras». Recantodasletras.com.br
- ↑ a b BEGLIOMINI, HELIO. Imortais da Abrames. São Paulo:Expressão e Arte Editora, 2010. Pág. 464
- ↑ «ABRAMES». Abrames.com.br. Consultado em 29 de agosto de 2012
- ↑ «Eu vi minha mãe rezando». Falandodetrova.com.br
- ↑ «EU VI MINHA MÃE REZANDO». Ulustosa.com
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Eu vi minha mãe rezando». www.josedomingos.com.br