Basílio de Brito Malheiro do Lago
Basílio de Brito Malheiro do Lago (Ponte de Lima, Portugal, (?) - Sabará, Minas Gerais, Brasil, c. 1808[1]) foi um militar português radicado no Brasil. Ao lado de Joaquim Silvério dos Reis, foi um dos delatores de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes[2][3], delação esta que culminou na prisão do inconfidente e sua posterior execução[4].
Biografia
[editar | editar código-fonte]Possuía o cargo de Tenente Coronel na capitania das Minas Gerais. Figurou ao lado de Joaquim Silvério dos Reis como os delatores do movimento, estando sua carta-denúncia arrolada nos autos da devassa da Inconfidência Mineira[5]. Tal delação fora realizada em troca do perdão de suas dívidas para com a Coroa Portuguesa[2]. Terá ficado rico como contrabandista de diamantes no Distrito Diamantino, além de manter lavras de ouro no Serro. Sonegações teriam levado Brito a contrair enormes dívidas com a Coroa, o que teria levado o militar a se afeiçoar com a causa da Inconfidência[6]. Posteriormente fora motivado a delatar o levante em troca do perdão pelos seus crimes[7].
Últimos anos e morte
[editar | editar código-fonte]Se retirou para a Fazenda do Palmital, de sua propriedade na cidade do Serro, onde viveria os seus últimos anos[6]. Em seu testamento, lavrado em 1806, transparece o reproche sofrido pelos habitantes da capitania de Minas, devido a sua delação que teria frustrado o levante inconfidente[8].
Referências
- ↑ «Inconfidência Mineira». Descubra Minas. Consultado em 24 de maio de 2015
- ↑ a b «Resposta de Tiradentes». Museu Histórico Nacional. Consultado em 23 de maio de 2015
- ↑ «Tiradentes - Inconfidência Mineira». Universitário. Consultado em 23 de maio de 2015
- ↑ «Tiradentes». Britannica. Consultado em 23 de maio de 2015
- ↑ Autos de Devassa da Inconfidência Mineira. Belo Horizonte: Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais. 2015. Consultado em 24 de maio de 2015
- ↑ a b Júnior, Augusto de Lima (1955). Pequena história da inconfidência de Minas Gerais. I. Belo Horizonte: Itatiaia. p. 63/64. Consultado em 24 de maio de 2015
- ↑ Ferreira Furtado, Júnia (2009). Anais do Museu Paulista (PDF). 2. São Paulo: Scielo. p. 161. Consultado em 23 de maio de 2015
- ↑ Martins, Tarcísio José (2008). Quilomdo do Campo Grande - A História de Minas que se Devolve ao Povo. Contagem: Santa Clara. p. 74. ISBN 978-85-87042-76-7. Consultado em 24 de maio de 2015