Batalha das Berlengas (1666)

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Batalha das Berlengas
Guerra da Restauração
Data 28 de Junho a 1 de Julho1666
Local Berlengas, Portugal
Desfecho Vitória espanhola, forte tomado e destruído
Beligerantes
Portugal Espanha
Comandantes
António Avelar Pessoa Diego Ibarra
Forças
28 homens 15 navios

1,500 homens
Baixas
1 homem morto

4 homens feridos

9 peças de artilharia capturadas
511 homens mortos

30 homens feridos

1 nau afundada

2 naus seriamente danificadas

A Batalha das Berlengas travada em 1666, durante a Guerra da Restauração, junto ao Arquipélago das Berlengas, foi uma luta entre os defensores portugueses do Forte de São João Baptista, sob a chefia do cabo António Avelar Pessoa, e o ataque de uma frota espanhola comandada por Diego de Ibarra.[1] Este último estava sediado nessas águas porque tinha por objectivo raptar a rainha D. Maria Francisca de Sabóia na sua chegada ao Reino de Portugal, à época do seu casamento com D. Afonso VI.

A frota invasora, que tinha destruído as pescas portuguesas, bombardeado cidades ao longo das costa continental e cortado o fornecimento de alimentos por via marítima em um mês, era composta por 15 embarcações com centenas de homens enquanto que no forte era composto por um efetivo de pouco mais de duas dezenas de soldados.

Numa operação combinada de bombardeio naval e desembarque terrestre os atacantes perderam, em apenas dois dias, 400 soldados em terra e 100 nos navios (contra um morto e quatro feridos pelos defensores), sendo afundada a nau Covadonga e seriamente avariadas outras duas, afundadas no regresso a Cádis. Após enorme e heróica resistência foi destruído e toda a guarnição foram capturados. Mesmo assim, para isso para a praça ser ocupada teve que ser traída por um desertor, por ter ficado sem mais munição e mantimentos, e finalmente quando tinha perdido nove das peças da sua artilharia capturadas pelos invasores.

Quanto ao militar português, provavelmente ferido durante o comando, foi preso e acabou por morrer a bordo de um barco da esquadra quando era conduzido ao porto de Cádiz, em Espanha. Hoje o barco que faz a ligação a Peniche tem o seu nome.

Depois deste ataque, cem anos depois, o rei português mandou reparar a fortaleza, aumentando o poder de fogo da mesma, como atesta a inscrição na porta de armas.

Referências

  1. «cemal». www.fcastelo.net. Consultado em 28 de abril de 2016