Saltar para o conteúdo

Batalha de La Motta (1513)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Retrato de Prospero Colonna (1452–1523), condottiere italiano

A Batalha de La Motta, também conhecida como Batalha de Schio, Batalha de Vicenza ou Batalha de Creazzo, ocorreu em Schio, na região italiana do Vêneto, República de Veneza, em 7 de outubro de 1513, entre as forças da República de Veneza e uma força combinada da Espanha e do Sacro Império Romano-Germânico, e foi uma batalha significativa da Guerra da Liga de Cambrai.[1] Um exército veneziano sob o comando de Bartolomeo d'Alviano foi decisivamente derrotado pelo exército espanhol/imperial comandado por Ramón de Cardona e Fernando d'Ávalos.[2]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

O comandante veneziano, Bartolomeo d'Alviano, inesperadamente deixado sem apoio francês, recuou para a região do Vêneto, perseguido de perto pelo exército espanhol sob o comando de Ramón de Cardona.[3] Enquanto os espanhóis foram incapazes de capturar Pádua, eles penetraram profundamente no território veneziano e em setembro estavam à vista de Veneza em si.[3] O vice-rei espanhol de Nápoles, Ramón de Cardona, tentou um bombardeio da cidade que se mostrou amplamente ineficaz; depois, não tendo navios com os quais atravessar a lagoa, voltou para a Lombardia.[3] D'Alviano, tendo sido reforçado por centenas de soldados e voluntários da nobreza veneziana, e canhões e outros suprimentos, tomou a iniciativa e perseguiu o exército de Cardona, com a intenção de não permitir que os espanhóis saíssem da região do Vêneto.[1]

Fernando d'Ávalos, Marquês de Pescara, foi o comandante da infantaria espanhola na Batalha de La Motta

Batalha[editar | editar código-fonte]

O exército veneziano, comandado por Bartolomeo d'Alviano, finalmente enfrentou o exército de Cardona fora de Vicenza, uma cidade no nordeste da Itália, em 7 de outubro de 1513. A infantaria espanhola e alemã, composta por 7 000 homens, liderados por Fernando d'Ávalos e Georg von Frundsberg, bem-posicionados e prontos para a batalha, lançaram uma forte carga contra o exército veneziano, causando milhares de mortos e feridos (mais de 4 500 baixas) nas fileiras do exército veneziano.[1][2] Este foi um duro golpe, forçando os venezianos a fugir, e dispersando todo o exército de D'Alviano.[3]

Retrato presumido de Bartolomeo d'Alviano por Giovanni Bellini

As forças dos dois comandantes continuaram a escaramuçar na região mais a nordeste da Itália, Friuli-Venezia Giulia, pelo resto de 1513 e até 1514.

Consequências[editar | editar código-fonte]

Embora os venezianos tenham sido derrotados decisivamente pelos espanhóis, a Liga Santa não conseguiu dar sequência a essas vitórias.[1] A morte do rei da França, Luís XII, em 1 de janeiro de 1515, levou Francisco I ao trono. Tendo assumido o título de Duque de Milão em sua coroação, Francisco imediatamente se moveu para recuperar suas propriedades na Itália. Uma força combinada suíça e papal se moveu para o norte de Milão para bloquear as passagens alpinas contra ele, mas Francisco evitou as passagens principais e marchou pelo vale do Stura.[4] A vanguarda francesa surpreendeu a cavalaria milanesa em Villafranca, capturando Prospero Colonna.[2] Enquanto isso, Francisco e o corpo principal dos franceses enfrentaram os suíços na Batalha de Marignano em 13 de setembro.[5]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d Norwich pág. 429
  2. a b c Taylor. The Art of War in Italy (1494–1529)
  3. a b c d Norwich pp. 428–429
  4. Norwich p. 430
  5. Norwich p. 431

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • Norwich, John Julius. A History of Venice. New York: Vintage Books (1989) ISBN 0-679-72197-5.
  • Kamen, Henry. Empire: How Spain Became a World Power 1492–1763. New York: HarperCollins (2003) ISBN 0-06-019476-6.
  • Taylor, Frederick Lewis. The Art of War in Italy 1494–1529. Cambridge University Press, 1921. Westport: Greenwood Press (1973) ISBN 0-8371-5025-6.
  • Montgomery, Bernard Law. A History of Warfare. New York: World Publishing Company (1968) ISBN 0-688-01645-6.
  • Guicciardini, Francesco. The History of Italy. Translated by Sydney Alexander. Princeton: Princeton University Press (1984) ISBN 0-691-00800-0.
  • Mallet, Michael and Shaw, Christine. The Italian Wars 1494–1559. Harlow: Pearson Educated Limited (2012) ISBN 978-0-582-05758-6.
  • Baumann, Reinhard. Georg von Frundsberg. München: Süddeutscher Verlag (1984) ISBN 3-7991-6236-4.