Bolborhynchus lineola

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O periquito-catarina, também chamado de catarininha, é uma pequena espécie de papagaio com plumagem verde e multiplas listas escuras nas asas, costas e pescoço.

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

São conhecidas duas subepécies dessa ave[1]:

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPeriquito-catarina

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Género: Bolborhynchus
Espécie: B. lineola
Subespécie: B. l. lineola (Cassin 1853)

B. l. tigrinus (Souance 1856)

Nome binomial
Bolborhynchus lineola
(Cassin, 1853)
Distribuição geográfica

Descrição[editar | editar código-fonte]

Tem em média 16cm e pesa entre 42 e 52 gramas. É verde e possui listras escuras em suas partes superiores, exceto no topo da cabeça. Suas partes inferiores são verde-oliva, com listras muito escuras nas laterais (logo abaixo da asa). A parte de cima de suas asas é preta, a parte inferior de sua asa em uma discreta faixa azul e sua cauda é verde, mais escura que o resto do corpo. Seus olhos são de cor marrom escura e seu bico e pernas são rosados.[3]

Macho e fêmea são muito semelhantes, mas machos possuem listras mais escuras que fêmeas.[4]

Habitat e distribuição[editar | editar código-fonte]

Periquitos-catarina são encontrados em florestas e montanhas de até 3.300m de altitude. Podem ser avistadas desde o sul do México até o norte da América do Sul (Venezuela e Colômbia).[1]

Alimentação[editar | editar código-fonte]

Não há muitas informações disponíveis sobre a alimentação desta ave. Grandes grupos desta ave já foram observados se alimentando de sementes de bambu, especialmente do gênero Chusquea no Panamá.[5][6][7] Em Costa Rica, também foram observadas se alimentando de sementes e frutas de várias árvores e arbustos, incluindo Myrtis, Heliocarpus e Miconia.[8]

Comportamento[editar | editar código-fonte]

Gregarismo[editar | editar código-fonte]

Grupo de periquitos-catarina

Periquitos-catarina são aves extremamente sociais. São frequentemente vistas em grupos grandes de mais de 100 indivíduos.[1]

Voo[editar | editar código-fonte]

Estas aves possuem um voo rápido e ágil. Normalmente observadas voando acima da copa das árvores.[8] Raramente observadas em pouso.[1]

Vocalização[editar | editar código-fonte]

Os chamados de voo do periquito-catarina são descritos como "conversas musicais de alta frequência constantemente proferidas em voo[6]", "chamados estridentes, curtos e estridentes, como 'chirr' it e chirr' it chi', etc., que se propagam bem e muitas vezes são difíceis de localizar[9]"; e como "um característico som baixo e melodioso[10]". Outras vocalizações incluem "em alerta antes de decolar, uma conversa áspera e nasal[8]".

Reprodução[editar | editar código-fonte]

Ninho[editar | editar código-fonte]

Presumidamente, faz seus ninhos em cavidades em árvores, porém hão há comprovação para isso. Vários casais da espécie semelhante Bolborhynchus orbygnesius foram observados utilizando um ninho feito de galhos comunitariamente próximos do Parque Nacional Los Cardones[11], o que pode indicar que as presunções sobre a espécie podem estar incorretas.

Incubação e filhotes[editar | editar código-fonte]

Segundo observações de indivíduos sob cuidados humanos, botam de 2 a 4 ovos e a incubação dura entre 18 e 21 dias. Os filhotes saem do ninho com aproximadamente 5 semanas de vida.[4] Apenas as fêmeas foram observadas incubando os ovos.[12] É importante ressaltar que os comportamentos dessas aves em cativeiro podem diferir do comportamento das aves em ambiente selvagem, pois não há informações e observações suficientes para descrever a reprodução destes animais em seu habitat natural.

Avicultura[editar | editar código-fonte]

O periquito-catarina é comum no mercado pet devido ao seu comportamento calmo e devido a grande variedade de cores disponíveis.[4]

Mutações[editar | editar código-fonte]

Silvestre
Turquesa
Lutino
Azul
Cremino
Cinza

Referências

  1. a b c d e Soberanes-González, Carlos A.; Rodríguez-Flores, Claudia I.; Arizmendi, Marîa del Coro; Schulenberg, Thomas S. (2020). «Barred Parakeet (Bolborhynchus lineola), version 1.0». Birds of the World (em inglês). doi:10.2173/bow.barpar1.01. Consultado em 6 de agosto de 2023 
  2. Farnsworth, Andrew; Lebbin, Daniel J. (4 de março de 2020). «Roraiman Flycatcher (Myiophobus roraimae)». Cornell Lab of Ornithology. Birds of the World. Consultado em 6 de agosto de 2023 
  3. a b Forshaw, Joseph (2006). Parrots of the World – An Identification Guide. [S.l.]: Princeton University Press. pp. 237 e 238. ISBN 978-0691092515 
  4. a b c Alderton, David (2014). The Ultimate Encyclopedia Of Caged And Aviary Birds: Practical Family Reference Guide To Keeping Pet Birds, With Expert Advice On Buying, Understanding, Breeding And Exhibiting Birds. [S.l.]: Southwater. p. 197. ISBN 978-1843091646 
  5. Ridgely, Robert (1981). Um guia para os pássaros do Panamá. [S.l.]: Princeton University Press 
  6. a b Hilty, Steven; Brown, William (1986). A Guide to the Birds of Colombia. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 978-0691083728 
  7. Hilty, Steven (2002). Birds of Venezuela. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 978-0691092508 
  8. a b c «Stiles, G. and Skutch, A. (1989) Guía de Aves de Costa Rica. Cornell University Press, New York. - References - Scientific Research Publishing». www.scirp.org. Consultado em 6 de agosto de 2023 
  9. «Howell, S.N.G. and Webb, S. (1995) A Guide to the Birds of México and Northern Central America. Oxford Universidad Press, Oxford, 851 p. - References - Scientific Research Publishing». www.scirp.org. Consultado em 6 de agosto de 2023 
  10. Schulenberg, Thomas; Stotz, Douglas; Lane, Daniel; O'Neill, John; Parker III, Theodore (2010). Birds of Peru. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 9780691130231 
  11. Krabbe, Niels; Sureda, Ana Laura; Canelo, Roberto (dezembro de 2009). «Primer registro documentado de la Catita Andina Bolborhynchus orbygnesius en Argentina, usando comunalmente un nido de palitos para descansar». El hornero (2): 95–98. ISSN 0073-3407. Consultado em 6 de agosto de 2023 
  12. «Collar, N.J. (1997) Family Psittacidae (Parrots). In Del Hoyo, J., Elliot, A.E. and Sargatal, J., Eds., Handbook of the Birds of the World, Lynx Edicións, Barcelona, 280-477. - References - Scientific Research Publishing». scirp.org. Consultado em 6 de agosto de 2023