Bonifácio Frederico

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Bonifácio Frederico
Morte 1376
Progenitores
Irmão(ã)(s) Pedro Frederico, Jaime Frederico

Bonifácio Frederico foi um nobre catalão ativo na Grécia Central como senhor de Caristo de 1359 até 1365 e então como conde de Salona e proprietário de vários outros feudos no Ducado de Atenas até sua derrota num conflito com seu sobrinho Luís Frederico no final da década de 1370.

Vida[editar | editar código-fonte]

Bonifácio foi o filho de Alfonso Frederico, vigário-general do Ducado de Atenas e Ducado de Neopatras, e de Maria de Verona, filha do barão de Caristo, Bonifácio de Verona.[1] Quando Alfonso Frederico morreu em 1338, Bonifácio herdou a Baronia de Caristo de sua mãe e várias outras possessões na Ática. Ele permaneceu na Sicília até 1359, quando foi para a Grécia para reclamá-los.[2][3] Em 1365, contudo, vendeu sua baronia de Caristo com todos os seus domínios, incluindo servos, para Veneza, que há muito cobiçava-a, por 6 000 ducados.[4]

Jaime Frederico também legou a seu irmão "todos os seus direitos e propriedades" no Ducado de Atenas, incluindo o Condado de Salona com Lidorício e Veteranitsa, mas não Zetúnio e Siderocastro, que passaram para o filho de Jaime, Luís Frederico. Jaime também deu-lhe a ilha de Egina, que Bonifácio conferiu a seu filho Pedro. Quando Jaime morreu em 1366, isso deixou Bonifácio e seu sobrinho Luís como os dois senhores mais poderosos nos domínios catalães. Os dois viam-se com maus olhos, com Luís questionando a cessão dos domínios de seu pai para Bonifácio.[5]

Na disputa resultante, Luís prevaleceu: em 1375, foi reconhecido por Frederico III da Sicília como vigário-general de Atenas e Neopatras, e num combate entre Luís e Bonifácio logo depois, o primeiro venceu. Pedro, filho de Bonifácio, foi enviado ao exílio e preso em Aragão, Luís confiscou seus domínios, enquanto Bonifácio morreu em algum momento antes de setembro de 1380.[5] Em 8 de maio de 1381, a viúva de Bonifácio, Dúlcia, e seu outro filho, João, obtiveram um perdão real para Bonifácio bem como a restauração de suas propriedades confiscadas de Pedro IV de Aragão. É incerto, contudo, se eles realmente receberam a posse de quaisquer destes domínios.[6]

Referências

  1. Miller 1908, p. 242–243, 266.
  2. Miller 1908, p. 266.
  3. Setton 1975, p. 194.
  4. Miller 1908, p. 302.
  5. a b Setton 1975, p. 211–212.
  6. Setton 1975, p. 213.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Miller, William (1908). The Latins in the Levant, a History of Frankish Greece (1204–1566). Nova Iorque: E.P. Dutton and Company 
  • Setton, Kenneth Meyer (1975). The Papacy and the Levant, 1204–1571: Volume I. The Thirteenth and Fourteenth Centuries. Filadélfia: The American Philosophical Society. ISBN 0-87169-114-0