Branding sensorial

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Branding Sensorial é o conjunto de percepções sensoriais que envolvem uma marca. Devido ao desgaste que as publicidades tradicionais visuais e auditivas vêm tendo, cada vez mais as empresas exploram os outros sentidos para envolver ainda mais o consumidor. Dado que a maior parte do que compramos é feito de forma racional[1] (há uma lógica no consumo), os sentidos desempenham importante papel na compra ou não do produto. Quando uma marca consegue criar uma sinergia entre os diferentes sentidos, ela se torna forte e memorável na mente do consumidor.

Apresentação[editar | editar código-fonte]

A massificação do conteúdo publicitário nas últimas décadas na mídia visual fez com que o consumidor criasse um filtro para o que é divulgado por ela. Por isso, a exploração dos outros sentidos no campo publicitário tem sido fundamental para que uma marca consiga convencer o consumidor de uma forma eficiente. Nessa conjectura, as marcas têm se preocupado não somente com seu logotipo, que é a parte visual, mas também numa identidade sonora, como o caso da Intel, num cheiro específico, como as roupas da Abercrombie & Fitch, ou ainda numa experiência tátil distinta como o peso dos controles remotos da Bang e Olufsen[2] O objetivo do Branding Sensorial é capitalizar as emoções e sensações humanas a fim de dar à marca um valor além do que apenas o seu produto valeria.

Sentidos[editar | editar código-fonte]

Visão[editar | editar código-fonte]

É o sentido mais utilizado nas campanhas de marketing devido à facilidade de sua aplicação em diversos meios. Através do sentido visual, uma marca consegue se diferenciar pelo seu logotipo, com sua cor, forma, ícone, mascote etc. O Viagra, por exemplo, deve grande parte de seu reconhecimento a sua cor azul e ao seu formato distinto.

Audição[editar | editar código-fonte]

A audição é o sentido ligado ao ânimo e às emoções. Em Branding, seu uso vai além de jingles, sendo usada também como identidade sonora por marcas como Nokia (Nokia tune) e Intel (Intel Inside). Por consequência para que a finalidade seja conseguida, será necessário ter em atenção a forma como esta pode influenciar o cliente. É necessário ter em atenção que características são importantes no momento de apresentar a parte auditiva, ou seja conhecer bem o ambiente em que será inserido e qual o momento poderá ser mais apelativo para o cliente. Deste modo se aparecer um jingle num anúncio de rádio tem de se ter em consideração se o mesmo não passa despercebido depois de passar determinada música ou anúncio, por haver algo que os assemelhe.

Olfato[editar | editar código-fonte]

Está relacionado às lembranças. O uso de fragrâncias é bastante utilizado por marcas de automóveis e roupas, porém, um crescente número de empresas de diversos ramos já tem utilizado desse recurso do branding sensorial.

Paladar[editar | editar código-fonte]

O uso do paladar no Branding Sensorial é utilizado principalmente em comidas e bebidas, porém, este sentido poderia ser ampliado para reforçar marcas como as de pasta de dente e chicletes.

Tato[editar | editar código-fonte]

Muitas vezes, para se ver um produto, basta tocá-lo. Sentir um produto é essencial para formar nossa concepção sobre a marca. Por isso fazemos um test-drive antes de comprarmos um carro, pois são as experiências táteis como sentir o volante e o banco que decidem sobre a compra do automóvel.

Music Branding[editar | editar código-fonte]

Music Branding é uma seleção de músicas estudadas para transmitir uma determinada sensação ou mensagem. Normalmente, para desenvolver esse serviço, é preciso elaborar um estudo profundo da marca.

Uma boa programação musical pode nos fazer sentir bem, assim como uma seleção de músicas erradas pode nos fazer sentir mal e consequentemente prejudicar os negócios … bem, preferimos o exemplo positivo (sempre). Por isso a importância de contratar uma empresa especializada em music branding.

Referências

  1. LINDSTROM, M. A Lógica do Consumo. Nova Fronteira, 2009. 208 p.
  2. LINDSTROM, M. Brand sense. Porto Alegre: Bookman, 2012. 176 p.