Caio Márcio Fígulo (cônsul em 162 a.C.)
Caio Márcio Fígulo | |
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Cônsul da República Romana | |
Consulado | 162 a.C. 156 a.C. |
Caio Márcio Fígulo (em latim: Caius Marcius Figulus) foi um político da gente Márcia da República Romana eleito cônsul por duas vezes, em 162 e 156 a.C., com Públio Cornélio Cipião Násica Córculo e Lúcio Cornélio Lêntulo Lupo respectivamente. Caio Márcio Fígulo, cônsul em 64 a.C., era, provavelmente, seu bisneto.
Primeiros anos e primeiro consulado (162 a.C.)
[editar | editar código-fonte]Em 169 a.C., Fígulo foi eleito pretor e comandou a frota romana durante a Terceira Guerra Macedônica. Em 162 a.C., foi eleito cônsul pela primeira vez, com Públio Cornélio Cipião Násica Córculo, mas os dois tiveram que renunciar depois que líder de uma das centúrias morreu durante a Assembleia das centúrias e os áugure decretaram que a eleição era inválida. O cônsul Tibério Semprônio Graco, que comandava a eleição, declarou a validade da votação e, por isso, Fígulo partiu para a Gália Cisalpina, a província que lhe havia sido designada. Logo depois, Graco escreveu para o Senado afirmando ter cometido um erro ao interpretar os auspícios e, por isso, Fígulo renunciou.[1][2]
Segundo consulado (156 a.C.)
[editar | editar código-fonte]Foi eleito cônsul novamente em 156 a.C., desta vez com Lúcio Cornélio Lêntulo Lupo e ambos receberam o comando da campanha contra os dálmatas e panônios utilizando Aquileia como base principal. Enquanto Lupo seguiu para a Panônia, Fígulo invadiu a Ilíria. No início, a iniciativa foi dos inimigos e seu acampamento chegou a ser atacado pelas tribos ilírias, mas depois, já durante a campanha invernal, conquistou uma por uma as cidades menores até que finalmente chegou em Delmínio, a capital dálmata.[3][4][5]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Cônsul da República Romana | ||
Precedido por: Mânio Juvêncio Talna com Tibério Semprônio Graco II |
Públio Cornélio Cipião Násica Córculo (anul.) 162 a.C. com Caio Márcio Fígulo (anul.) |
Sucedido por: Marco Valério Messala |
Precedido por: Sexto Júlio César |
Lúcio Cornélio Lêntulo Lupo 156 a.C. com Caio Márcio Fígulo II |
Sucedido por: Marco Cláudio Marcelo II |
Referências
- ↑ Cícero, De Nat. Deor. II 4; De Divio II 35; Ad Q. Frat. II 2.
- ↑ Valério Máximo, Nove Livros de Feitos e Dizeres Memoráveis I 1. § 3; Plutarco, Marcell. 5; Júlio Obsequiens 74.
- ↑ Políbio, Histórias XXXII 24.
- ↑ Apiano, Illyr. 11; Floro IV 12.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita Epit. XLVII.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]Fontes primárias
[editar | editar código-fonte]- Lívio. Ab Urbe condita libri 🔗 (em inglês). [S.l.: s.n.]
Fontes secundárias
[editar | editar código-fonte]- Broughton, T. Robert S. (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas
- (em alemão) Fridericus Münzer: Marcius 61). In: Realencyclopädie der classischen Altertumswissenschaft (RE). Vol. XIV,2, Stuttgart 1930, Col. 1557–1559.
- (em alemão) Caio Márcio Fígulo (cônsul em 162 a.C.). In: Der Neue Pauly (DNP). Volume [I 11] M. Figulus, M., Metzler, Stuttgart 1996–2003, ISBN 3-476-01470-3, Pg. Carolus Ludovicus Elvers.