Castro de Castelo Velho (Terena)
Castro de Castelo Velho (Terena) | |
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Património Nacional | |
DGPC | 70472 |
SIPA | 8904 |
Geografia | |
País | Portugal |
Localidade | Terena |
Coordenadas |
O Castro de Castelo Velho é um povoado calcolítico da freguesia de Terena, concelho de Alandroal no Alentejo Central.
História[editar | editar código-fonte]
Os primeiros assentamentos datam do Calcolítico.[1][2] No final da Idade do Bronze, o local tornou-se um centro de intensas atividades metalúrgicas.[1] [2]
Durante o período de colonização mourisca, o local foi ocupado por colonos muçulmanos.[1][2]
Durante o século XX (década de 1990), Manuel Calado realizou as primeiras escavações arqueológicas na área para estudar o povoado.[1]
Arquitetura[editar | editar código-fonte]
O antigo castro situa-se numa zona rural isolada, delimitada pela ribeira de Lucefécit.[1][2] O acesso ao local só é possível a partir do extremo oeste. Perto desse povoado encontra-se outro povoado designado "Castelo Velho 2", com características comuns, enquanto a 1500 m do local fica o Santuário de Endovélico em São Miguel da Mota.[1] [2] O povoado fortificado apresenta uma planta irregular, alterada em diferentes épocas. [1] [2] Em todo o seu perímetro existe uma encosta com vestígios visíveis de muros baixos,[1] [2] estando as maiores estruturas localizadas nas vertentes este e sul.[2] Ao longo do flanco norte, encontra-se uma pequena galeria irregular relacionada com a provável exploração mineira ou possível espaço ritual.[1] A galeria é conhecida como Casa da Moura, o que poderá ter um paralelo com os santuários etnográficos que existiram na região, como o Pego da Moura ou o Pego da Rocha da Moura (atribuídos a locais semelhantes encantados pelos Mouros). [1]
A defesa do povoado era garantida pela sua localização numa posição elevada, protegida pelo rio e pelas suas margens inclinadas a leste e oeste. [1] [2] A poente, encontra-se uma estrada estreita que permite o acesso ao local. [1] [2] Perto desta encontra-se a entrada principal do povoado, uma plataforma de xisto, onde são visíveis cerâmicas, escórias de fundição e restos de estruturas que poderão corresponder a uma área de habitação marginal ligada a atividades metalúrgicas.[1] [2]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l m Amendoeira, Paula (1999). SIPA, ed. «Povoado fortificado de Castelo Velho». SIPA – Sistema de Informação para o Património Arquitectónico. Consultado em 10 de abril de 2017
- ↑ a b c d e f g h i j k Martins, A. (2016). IGESPAR, ed. «Castro de Castelo Velho». IGESPAR-Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico. Consultado em 10 de abril de 2017
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Calado, Manuel (1993). Carta Arqueológica. Alandroal, Portugal: [s.n.]
- Vasconcelos, J. Leite de (1 de junho de 1895). O Archeologo Português, Colecção Illustrada de Materiais e Notícias. 1. [S.l.: s.n.]