Catonephele numilia

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaCatonephele numilia
Macho de C. numilia, visto de cima
Macho de C. numilia, visto de cima
Macho de C. numilia, visto de baixo
Macho de C. numilia, visto de baixo
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Nymphalidae
Subfamília: Biblidinae[1]
Tribo: Biblidini[2]
Género: Catonephele
Hübner, [1819][1]
Espécie: C. numilia
Nome binomial
Catonephele numilia
(Cramer, [1775])[1]
A fêmea de C. numilia é a maior borboleta nesta ilustração do ano de 1856.[3]
Sinónimos
Papilio numilia Cramer, [1775]
Papilio micalia Cramer, 1777
Epicalia penthia Hewitson, 1852
Epicalia esite R. Felder, 1869[1]
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Catonephele numilia é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae, encontrada do México até a Argentina.[4] Apresentam dimorfismo sexual bem aparente. Machos são de uma coloração negra uniforme, vistos por cima, com duas manchas amarelas em cada asa anterior e uma mancha de igual coloração em cada asa posterior; nunca atingindo a borda das asas. Também apresentam pequenas pontuações em azul, ou até mesmo quase formando uma faixa, na borda das asas posteriores. Fêmeas são de coloração também negra, tendo como característica principal uma faixa branca cruzando quase toda a metade das asas anteriores e duas fileiras de pontuações lineares, de coloração branco azulada, próximas à borda das asas posteriores; também apresentando tons de vermelho no canto inferior da borda superior das asas anteriores. Vistos por baixo, ambos os sexos apresentam padronagem de folha seca.[5][6][7] Machos e fêmeas atingem um pouco menos de 7 centímetros de envergadura.[carece de fontes?]

Hábitos[editar | editar código-fonte]

Borboletas da espécie Catonephele numilia são vistas se alimentando sobre frutos em fermentação.[8] Machos, por vezes, absorvem umidade do solo, rica em minerais, ao longo de trilhas florestais. São solitários e, se alarmados, voam por alguns momentos, circulando com cautela e logo retornando próximos a sua posição original. Empoleiram-se em troncos de árvores e paredes rochosas, muitas vezes em uma postura de cabeça-para baixo. Também se aquecem sob o sol, em folhas ou galhos, geralmente a menos de um metro do solo. Fêmeas são menos abundantes, podendo ser vistas, ocasionalmente, em trilhas ensolaradas.[6]

Ciclo de vida[editar | editar código-fonte]

Os ovos são encontrados em plantas do gênero Alchornea (Euphorbiaceae), como A. costaricensis ou A. latifolia[1]; sendo de coloração branca, em forma de barril e depositados individualmente. Lagartas de C. numilia são de coloração predominantemente verde; contendo dois prolongamentos negros, como chifres, acima da cabeça e numerosos prolongamentos espinescentes em seu dorso. Vista frontalmente, a cabeça da lagarta é avermelhada, com duas faixas laterais negras.[6][9]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

Catonephele numilia possui cinco subespécies:[1]

  • Catonephele numilia numilia - Descrita por Cramer em 1777, de exemplar proveniente das Antilhas.
  • Catonephele numilia penthia - Descrita por Hewitson em 1852, de exemplar proveniente do Brasil.
  • Catonephele numilia esite - Descrita por R. Felder em 1869, de exemplares provenientes do México e Panamá.
  • Catonephele numilia neogermanica - Descrita por Stichel em 1899, de exemplar proveniente do Paraguai.
  • Catonephele numilia immaculata - Descrita por Jenkins em 1985, de exemplar proveniente do México.

Referências

  1. a b c d e f «Catonephele» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2015 
  2. «Biblidinae (Boisduval, 1833)» (em inglês). Butterflies and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2015 
  3. William Chapman Hewitson. «Illustrations of new species of exotic butterflies: selected chiefly from the collections of W. Wilson Saunders and William C. Hewitson. Volume III» (em inglês). John van Voorst, London. Internet Archive. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2015 
  4. Andrew V. Z. Brower. «Catonephele numilia (Cramer, 1775)» (em inglês). Tree of life web project. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2015 
  5. «Catonephele numilia penthia (Hewitson, 1852)» (em inglês). Lepidoptera brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2015 
  6. a b c Adrian Hoskins. «Blue-spotted Firewing - Catonephele numilia (Cramer, 1775)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2015 
  7. John Bokma. «Female Blue-frosted Banner (Catonephele numilia esite, R. Felder, 1869)» (em inglês). Johnbokma.com. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2015 
  8. Jessie Pereira dos Santos; Cristiano Agra Iserhard; Melissa Oliveira Teixeira; Helena Piccoli Romanowski (2011). «Fruit-feeding butterflies guide of subtropical Atlantic Forest and Araucaria Moist Forest in State of Rio Grande do Sul, Brazil» (em inglês). Biota Neotropica, vol. 11, no. 3. 14 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2015 
  9. «Catonephele numilia esite (R. Felder, 1869) - immatures, page 2» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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