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Myiopsitta monachus: diferenças entre revisões

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A '''caturrita''' (''Myiopsitta monachus''), também conhecida como
A '''caturrita''' (''Myiopsitta monachus''), também conhecida como
'''catorra''' ou '''cocota''', é uma [[aves|ave]] da da família [[Psittacidae]]. A caturrita é nativa das regiões subtropical e temperada da [[América do Sul]]. São encontradas nos pampas à leste dos [[Andes]] na [[Bolívia]], [[Paraguai]], [[Uruguai]] e sul do [[Brasil]] até a região da [[Patagônia]] na [[Argentina]]. A caturrita também é conhecida no Brasil por '''catorra''', '''cocota''', '''periquito barroso''', '''papo branco''' e outros nomes, dependendo da região.
'''catorra''' ou '''cocota''', é uma [[aves|ave]] da da família [[Bonde da stronda]]. A caturrita é nativa das regiões subtropical e temperada da [[América do Sul]]. São encontradas nos pampas à leste dos [[Andes]] na [[Bolívia]], [[Paraguai]], [[Uruguai]] e sul do [[Brasil]] até a região da [[Patagônia]] na [[Argentina]]. A caturrita também é conhecida no Brasil por '''catorra''', '''cocota''', '''periquito barroso''', '''papo branco''' e outros nomes, dependendo da região.


As caturritas têm penas verdes no dorso, que contrastam com a barriga, peito, garganta e testa acinzentados. O bico é pequeno e alaranjado. No peito, a plumagem é escamada e nas asas e cauda possuem penas longas azuladas. As caturritas adultas têm 28 a 30 cm de comprimento total.
As caturritas têm penas verdes no dorso, que contrastam com a barriga, peito, garganta e testa acinzentados. O bico é pequeno e alaranjado. No peito, a plumagem é escamada e nas asas e cauda possuem penas longas azuladas. As caturritas adultas têm 28 a 30 cm de comprimento total.

Revisão das 17h48min de 13 de junho de 2013

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCaturrita

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Subfamília: Psittacinae
Género: Myiopsitta
Espécie: M. monachus
Nome binomial
Myiopsitta monachus
(Boddaert, 1783)
Distribuição geográfica

A caturrita (Myiopsitta monachus), também conhecida como catorra ou cocota, é uma ave da da família Bonde da stronda. A caturrita é nativa das regiões subtropical e temperada da América do Sul. São encontradas nos pampas à leste dos Andes na Bolívia, Paraguai, Uruguai e sul do Brasil até a região da Patagônia na Argentina. A caturrita também é conhecida no Brasil por catorra, cocota, periquito barroso, papo branco e outros nomes, dependendo da região.

As caturritas têm penas verdes no dorso, que contrastam com a barriga, peito, garganta e testa acinzentados. O bico é pequeno e alaranjado. No peito, a plumagem é escamada e nas asas e cauda possuem penas longas azuladas. As caturritas adultas têm 28 a 30 cm de comprimento total.

As caturritas são aves gregárias, que vivem em bandos de 15 a 20 aves (bandos maiores, até de 100 aves, não são incomuns), e não migratória. A época de reprodução decorre de julho a novembro.

A caturrita é a única espécie de psitacídeos que constrói o seu próprio ninho. Todos os outros membros do grupo (papagaios, araras, etc) fazem ninhos em buracos ocos de árvores, barrancos ou cupinzeiros. Os casais de caturritas nidificam com o resto do seu bando e podem formar ninhos comunitários com, no máximo, um metro de diâmetro e 200 kg de peso. Os ninhos são estruturas cilíndricas fechadas, unidas aos ninhos vizinhos através das paredes externas. As caturritas constroem os ninhos com gravetos, nos galhos mais altos de diferentes tipos de árvores. Os ninhos são usados durante todo o ano. Quando não estão no período reprodutivo, as caturritas usam-nos para dormir ou como protecção em caso de tempestades. As caturritas chega a por 11 ovos por postura, sendo que cerca de 7 dos filhotes conseguem chegar a idade adulta.

Na natureza, a alimentação das caturritas é composta por frutos, verduras, legumes, sementes de arbustos e capins, flores e brotos, e mesmo em cativeiro, não é recomendado o uso de alimentos fora desse padrão.

Subespécies

São conhecidas quatro sub-espécies de caturritas:

  • M. m. monachus, encontrada no sul do Brasil, Uruguai e nordeste da Argentina;
  • M. m. calita, encontrada no oeste e sul da Argentina;
  • M. m. cotorra, que vive no sudeste da Bolívia, Paraguai, norte da Argentina, e sul do Brasil, e;
  • M. m. luchsi, uma população isolada na Bolívia, que são menores e exibem comportamentos de nidação diferentes.

Praga

No sul do Brasil, na Argentina e no Uruguai, a caturrita é considerada praga em zonas de cultivo de milho e sorgo e em pomares. Com o desaparecimento das matas onde viviam, as caturritas começaram a procurar alimento nas culturas que hoje ocupam seu habitat natural. Com alimento fácil e a extinção progressiva de seus predadores, como o gavião, a população da espécie aumentou facilmente.

O cultivo de eucalipto, originário da Austrália e introduzido no Brasil entre os anos de 1855 e 1870, também tem um papel importante na explosão populacional das caturritas. A caturrita encontrou no eucalipto um local perfeito para nidificar, construindo ninhos nos galhos mais altos do eucalípto (a 10 metros de altura), os ovos, filhotes e adultos ficam muito bem protegidos do ataque dos seus inimigos naturais e dificultando o controle populacional por parte do homem.

Em outras regiões, onde não há uma agricultura de gramíneas muito extensa, como é o caso do Pantanal Matogrossense, as caturritas causam danos localizados, mas de pouca expressão. A presença de predadores naturais e espécies competidoras as mantém em níveis populacionais compatíveis.

Nos Estados Unidos, exemplares fugidos do cativeiro se reproduziram e agora também estão presentes em New York, New Jersey, Flórida e Virgínia, preocupando as autoridades ambientais americanas.

Também na Europa existem comunidades nidificantes, nomeadamente na Espanha e na Bélgica. Foram libertadas no inicio do século XX num dos parques da cidade de Bruxelas e é hoje em dia possível encontrá-los numa parte significativa dos espaços verdes urbanos.[1] Entretanto começam a surgir possíveis avistamentos da espécie noutras áreas urbanas próximas.

Referências

  1. De Schaetzen, R., and J. P. Jacob. 1985. Installation d'une colonie de Perriches Jeune-veuve (Myiopsitta monachus) a Bruxelles. Aves 22: 127-130

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