Cauda poli-A
Cauda Poli-A é uma estrutura localizada na extremidade 3' da maioria dos mRNA de eucariotos, sendo composta pela ligação de 80 a 250 resíduos de Adenina. Esta cauda serve para a ligação de proteínas específicas, as quais possivelmente dão ao mRNA proteção contra a degradação enzimática. Muitos mRNA procarióticos também possuem cauda poli-A, no entanto, nestes organismos, esta estrutura estimula ao invés de oferecer proteção contra a ação de enzimas.É feita a adição de várias adeninas pois a ligação delas é mais fácil de ser quebrada.A região de término da cauda poli-A é AAUAAA.[1]
A cauda Poli-A também é uma estrutura necessária para o início da tradução nos eucariotos. Visto que sua estrutura se liga com o Quepe na extremidade 5' e forma uma estrutura de RNAm circular. A ligação das extremidades cria um complexo, que é reconhecido pelos iniciadores de tradução e permite a associação das subunidades Ribossomais e dos demais fatores de iniciação e elongamento da tradução. [2]
A regulação do tamanho da Cauda Poli-A também está relacionado com a regulação da expressão gênica e estabilidade do RNAm, ou seja:
- Se a cauda é maior, o gene transcrito será mais expresso, ou expresso por um período maior de tempo. E a proteína formada estará em maior quantidade na célula. Isso é observado em proteínas que são expressas constitutivamente na célula e tem função de manutenção do metabolismo.
- Se a cauda é menor, o gene será menos vezes transcrito. Portanto, na célula haverá uma quantidade menor da proteína formada. Essa regulação é observada em genes que são transcritos em situação de estresse e que mesmo em menor quantidade já causam efeito grande.[3]
Referências
- ↑ NELSON, D. L.; COX, M. M.. Lehninger Principles of Biochemistry. 4 ed. W.H. Freeman & Co, 2004. 1100 p. ISBN 9780716764380
- ↑ Higgs, Paul G.; Lehman, Niles (janeiro de 2015). «The RNA World: molecular cooperation at the origins of life». Nature Reviews Genetics (em inglês) (1): 7–17. ISSN 1471-0056. doi:10.1038/nrg3841. Consultado em 1 de agosto de 2022
- ↑ MacKellar, C. (julho de 1998). «Principles of Genetics, by P. Snustad, M. Simmons, J. Jenkins». Human Reproduction & Genetic Ethics (1): 7–7. ISSN 1028-7825. doi:10.1179/hrge.4.1.02g11w4928187644. Consultado em 1 de agosto de 2022
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