Chefe Silva
| Chefe Silva | |
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| Nascimento | 29 de março de 1934 |
| Morte | 14 de outubro de 2015 |
| Cidadania | Portugal |
António da Silva (Caldelas, Amares, 29 de março de 1934 - Lisboa, 14 de outubro de 2015[1]) mais conhecido por Chefe Silva, foi um chef de cozinha e empresário português. Foi dos mais conceituados e famosos Chefs de Cozinha Tradicional Portuguesa, e ficou conhecido pela revista TeleCulinária, da qual foi o fundador,[2] e também pelos inúmeros programas televisivos em que participou.[2]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Oriundo da Vila Termal de Caldelas, no concelho de Amares,[3] a sua família materna, era de origem humilde, camponeses que se estabeleceram por Caldelas, já a família paterna, é proveniente da família Vinhas, família conceituada da terra.
Cedo ficou órfão de pai, e como na escola o consideravam inteligente, passou para o seminário para estudar para padre, no entanto pela falta de vocação, fugiu, foi para Caldelas e começou a trabalhar nas obras e também como ferreiro. Pensou ser empregado de mesa, mas ganhou o gosto pela culinária com a mãe.
Aos 18 anos mudou-se para Lisboa e trabalhou no actual Turim Suisso Atlântico Hotel e, depois, no Hotel do Império. Com 24 anos, viajou até Lourenço Marques,[3] onde se tornou chefe de cozinha do Hotel Girassol, do Hotel Xai-Xai e do restaurante do aeroporto local.
De regresso a Lisboa, trabalhou no Hotel Avenida Palace[4] e deu aulas na Obra das Mães e no Instituto Culinária Margarina Vaqueiro.
Após ter terminado o curso na Escola de Hotelaria de Lisboa com distinção, foi chefe do Grill do Hotel Altis e depois diretor de Produção da Eurest Portugal. Mais tarde inaugurou o restaurante Super Chefe, em Lisboa. Foi, durante 30 anos, director técnico da revista Tele-Culinária.
Autor de diversos livros, ao longo da vida foi agraciado com vários prémios e medalhas. Foi membro honorário de várias confrarias gastronómicas nacionais e internacionais, foi fundador e presidente da [Associação de Cozinheiros e Pasteleiros de Portugal](https://www.acpp.pt/) e membro honorário da Academia do Bacalhau em Nova Jérsia. Em janeiro de 2001 o Chefe Silva foi entronizado Confrade de Honra da Confraria Gastronómica do Bacalhau, e em janeiro de 2004 foi entronizado Confrade Efetivo da mesma Confraria. Foi homenageado, em 2004, pela Câmara Municipal de Amares com o descerramento de uma placa toponímica com o seu nome na vila de Caldelas, sua terra natal. [5]
Televisão[editar | editar código-fonte]
- Teve um programa televisivo na RTP, em 1975, onde apresentava receitas culinárias.
- Participou em vários programas televisivos a convite de Júlio Isidro
- Participou durante vários anos no programa; Praça da Alegria da RTP
Livros[editar | editar código-fonte]
- Em 2002, o "Chef" lançou o seu primeiro livro, "Petiscos e Patuscadas"
- 2002 - "Sabores Além-Mar"
- 2003 - "Bacalhau à Portuguesa"
- 2004 - "Bolos e Doces à Chefe Silva"
- 2004 - "Bacalhau à Chefe Silva"
- 2005 - "Doçaria Conventual Portuguesa"
- 2006 - "Best Of - As Minhas Melhores Receitas" (apresentando algumas inéditas) - Texto Editores
- 2015 - "Best Of - As Minhas Melhores Receitas" (receitas do Chefe Silva, confeccionadas e divulgadas ao longo de mais de 60 anos) - Casa das Letras
Referências
- ↑ Miguel Soares (14 de Outubro de 2015). «Morreu o cozinheiro "Chefe Silva"». Antena 1. Consultado em 14 de Outubro de 2015. Cópia arquivada em 14 de Outubro de 2015
- ↑ a b Filomena Martins (14 de Outubro de 2015). «Morreu o chef Silva». Observador. Consultado em 14 de Outubro de 2015. Cópia arquivada em 14 de Outubro de 2015
- ↑ a b «"A minha mulher não me queria na cozinha"». Cofina Media. 6 de Julho de 2008. Consultado em 14 de Outubro de 2015. Cópia arquivada em 14 de Outubro de 2015
- ↑ «Morreu António Silva, o famoso chef português». Notícias ao Minuto. 14 de Outubro de 2015. Consultado em 14 de Outubro de 2015. Cópia arquivada em 14 de Outubro de 2015
- ↑ Wook, Chefe Silva, Wook, 22 de junho de 2015
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- 2004 - "Chefe Silva - O Sr. Tele Culinária", da autoria do jornalista Amilcar Malhó, é o primeiro livro com a chancela das Edições Plural