Christine Ahn

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Christine Ahn é uma activista pela paz e escritora sul-coreana e estadunidense, fundadora da Woman Cross DMZ, um movimento global de mulheres que advogam pelo fim do conflito entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, e co-fundadora do Korea Policy Institute (KPI).

Percurso

Christine Ahn nasceu na Coreia do Sul e imigrou para os Estados Unidos quando tinha 3 anos.[1]

Filha mais nova de 10 irmãos, dos quais 9 eram mulheres, ganhou consciência sobre o papel da mulher na sociedade com a sua mãe, que apesar da sua baixa escolaridade e de ter passado por uma guerra e por uma ditadura, sustentava a família e a mantinha unida.[1]

Christine tem um mestrado em Política Internacional pela Universidade de Georgetown e um certificado em Horticultura Ecológica pela Universidade da Califórnia,[2] [3] e recebeu uma bolsa de investigação da Universidade de Michigan para estudar os esforços das mulheres das Coreias do Norte e do Sul que lutam para construir a paz na Zona Desmilitarizada da Coreia (DMZ).[1]

Em 2005, Christine Ahn foi uma das fundadoras do Korea Policy Institute (KPI), um instituto educativo-académico criado por coreano-americanos.[4]

Em 2014, Christine Ahn foi também uma das fundadoras da Women Cross DMZ, um movimento global de mulheres que advogam pelo fim do conflito entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, pela reunião de famílias e que quer assegurar a liderança das mulheres na construção da paz.[2]

Women Cross DMZ

Em 24 de maio de 2015 um grupo formado por 30 mulheres activistas pela paz, incluindo a feminista Gloria Steinem e duas ganhadoras do Prémio Nobel da Paz, Mairead Maguire da Irlanda do Norte e Leymah Gbowee da Libéria, cruzaram a Zona Desmilitarizada marchando da Coreia do Norte em direcção à Coreia do Sul, para exigir a realização de um tratado com vista ao término formal da Guerra da Coreia e a reunificação da península.[5][6]

Dois anos após a campanha, em 2017, a coordenadora internacional da campanha Women Cross DMZ, Christine Ann, foi impedida de entrar na Coreia do Sul. Segundo o Ministério de Justiça daquele país, a activista poderia ferir os interesses e a segurança pública nacionais. Em entrevista ao New York Times, Ahn disse suspeitar ter sido colocada na lista negra da Coreia do Sul pela então presidente Park Geun-hye, devido a sua participação na organização da campanha.[7]

Reconhecimentos

A OMB Watch incluiu Ahn no seu Quadro de Mérito com uma Estrela em Ascenção de Interesse Público e quer a Fundação Agape como a Fundação Wallace Alexander Gerbode a reconheceram pelo seu activismo pela paz.[2][8]

Referências

  1. a b c Ahn, Christine (30 de novembro de 2018). «Christine Ahn | In Her Own Words». Nuclear Age Peace Foundation (em inglês). Consultado em 16 de dezembro de 2019 
  2. a b c «Christine Ahn». Foreign Policy In Focus (em inglês). Consultado em 16 de dezembro de 2019 
  3. «Christine Ahn». Women Cross DMZ (em inglês). 25 de outubro de 2018. Consultado em 16 de dezembro de 2019 
  4. «History | Korea Policy Institute» (em inglês). Consultado em 16 de dezembro de 2019 
  5. Sang-Hun, Choe (24 de maio de 2015). «Peace Activists Cross Demilitarized Zone Separating Koreas». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331 
  6. «Mulheres ativistas cruzam a fronteira coreana ao sul para promover a paz». R7.com. 24 de maio de 2015. Consultado em 16 de dezembro de 2019 
  7. Sang-Hun, Choe (17 de julho de 2017). «American Peace Activist Is Denied Entry to South Korea». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331 
  8. Center for Effective Government, Center for Effective Government (2015). «OMB Watch 20th Anniversary Celebration». Center for Effective Government. Consultado em 16 de dezembro de 2019