Coen Rōshi

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Coen Rōshi
Nome completo Cláudia Dias Baptista de Souza
Nascimento 30 de junho de 1947 (76 anos)
São Paulo, SP
Residência São Paulo
Nacionalidade brasileira
Escola/tradição Sōtō
Título abadessa , recebido em 12 de outubro de 2007
Religião Zen budista
Página oficial
https://www.zendobrasil.org.br/monja-coen-roshi/biografia/

Cláudia Dias Baptista de Souza (São Paulo, 30 de junho de 1947[1]), conhecida como Coen Rōshi (japonês: 孤円 老師?) ou Monja Coen, é uma monja zen budista brasileira de ascendência portuguesa, e missionária oficial da tradição Soto Shu com sede no Japão.[2] Monja Coen também é a Primaz Fundadora da Comunidade Zen Budista, criada em 2001 com sede no bairro paulistano do Pacaembu. Seu pai era filho de portugueses, e sua mãe oriunda da família paulista quatrocentona Dias Baptista, de grandes proprietários de terra no Alto Vale do Ribeira, por quem descendente do açoriano Manoel Rosa Luís e de Thomas Dias Baptista, mineradores que residiram em Apiaí - SP. Ela é prima de Sérgio Dias Baptista, Arnaldo Dias Baptista e Cláudio César Dias Baptista, mais conhecidos por seus trabalhos com a banda Mutantes.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Criada no Cristianismo, tendo estudado em colégio de freiras, dedicou-se a estudar o Budismo no Zen Center of Los Angeles, em 1983, logo depois partindo para o Japão e convertendo-se à tradição budista zen no Convento Zen Budista de Nagoia, tendo também estudado nos templos de Aichi Senmon Nisodo e Tokubetsu Nisodo. Antes de dedicar sua vida a religiosidade, atuava como jornalista e repórter em diversos jornais de São Paulo. Em 2009, aos 62 anos, entrevistada pelo Museu da Pessoa, Monja Coen falou um pouco acerca do início da carreira como jornalista:

"Eu era tímida, eu tinha muita dificuldade em entrevistar as pessoas, inúmeras vezes eu voltava pra redação sem as perguntas básicas. Miguel Jorge, antes de eu sair dizia: “Quem, quando, como, onde e por quê?”. Você tem que trazer essas cinco respostas. Então tá bom. E muitas vezes eu não trazia as respostas todas e eles diziam: “Volta”. E eu ia, morrendo de vergonha, tocar de novo a campainha, e eu tinha que perguntar da intimidade das pessoas, quando elas não queriam falar era horrível aquilo, era um sacrifício, um sufoco. Até que eu comecei a perceber que não era pra mim que elas falavam, e não era eu que estava preocupando, era um público muito maior. Até você desfazer, como foi doloroso e difícil. E escrever também, no estilo do jornal, da maneira que eles queriam foi muito laborioso. E eles foram maravilhosos."[3]

De volta a São Paulo em 1995, liderou atividades no Templo Busshinji, tornando-se a primeira mulher e a primeira monja de ascendência não-japonesa a assumir a Presidência da Federação das Seitas Budistas do Brasil por um ano.

Em 2001, fundou a Comunidade Zen Budista Zendo Brasil, com sede em São Paulo, para disseminar os ensinamentos do Zen Budismo, ordenar monges e monjas e servir à comunidade através de palestras, liturgias e bençãos de sabedoria.

Monja Coen é mais conhecida por fazer palestras, participar de reuniões e diálogos inter-religiosos e promover a Caminhada Zen, em parques públicos, projeto com objetivos ambientais e de paz.

Livros publicados[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Museu da Pessoa». www.museudapessoa.net. Consultado em 27 de agosto de 2015 
  2. «A estrela do zen-ativismo». Veja. 18 de janeiro de 2006. Consultado em 25 de junho de 2012 
  3. «Monja Coen em entrevista para o Museu da Pessoa». Consultado em 17 de outubro de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]