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Comunhão Anglicana Independente

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A Comunhão Anglicana Independente Mundial (em inglês, The Anglican Independent Communion Worldwide), sigla AIC-W, é uma das várias comunhões de essência (ethos) anglicana, denominadas de continuantes, não ligadas oficialmente à Sé de Cantuária (em inglês, Canterbury),

História e abrangência

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A Comunhão Anglicana Independente surgiu no ano de 1997 pela iniciativa do Bispo anglicano estadunidense Peter A. Compton-Caputo.[1]

A sede da Comunhão Anglicana Independente está na Inglaterra, onde possui a sua Sé Catedral (Saint Thomas Cathedral), e atualmente está presente em várias partes do globo[2]:

No Brasil, a Comunhão Anglicana Independente já foi representada pelas seguintes Jurisdições: no início pela Igreja Anglicana do Brasil - IAB; que foi constituída como trabalho missionário e apoio de seus Bispos Metropolitanos, após a saída desta da Comunhão, por questões internas, em 2007, ficou representada pela Diocese Anglicana Católica do Brasil, elevada à condição de Província Eclesiástica por ato do Primaz da Comunhão a partir de janeiro de 2008, passando a ser denominada de Província Anglicana Tradicional (ou Igreja Anglicana Tradicional do Brasil - IATB), posteriormente também excluída da Comunhão no início de 2010. Com a exclusão da IATB, permaneceu na estrutura da Comunhão apenas a Diocese do Japi, reconhecida como autônoma a partir de março/2011 com a re-estruturação havida da Comunhão Anglicana Independente Mundial (em ingles: The Anglican Independent Communion Worldwide).

Características

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A comunhão, por ser continuante, possui uma característica eclesial mais conservadora se comparada à Comunhão Anglicana de Cantuária, a maior e mais antiga das comunhões anglicanas existentes, porém, mantém as várias vertentes do Anglicanismo histórico: a evangélica, a anglo-católica, a moderada e a carismática.

De igual maneira que as igrejas anglicanas pertencentes à Comunhão Anglicana de Cantuária, as Igrejas (ou Províncias Eclesiásticas) ligadas à Comunhão Anglicana Independente intitulam-se como católicas e reformadas. A Fé, o Ordenamento e a Prática Litúrgica estão expressos no Livro de Oração Comum e no Ordinal Anglicano, nas versões pós 1662 (época da Restauração Inglesa após o governo puritano de Oliver Cromwell[3]), e mais resumidamente no Quadrilátero de Lambeth de 1888.[4] Este documento define os elementos essenciais da Fé e da Ordem Anglicanas para a busca da unidade cristã, quais sejam:

  1. As Escrituras do Antigo e Novo Testamentos como a Palavra revelada de Deus;
  2. O Credo Niceno e Apostólico como a declaração suficiente da fé cristã.
  3. Os sacramentos do Batismo e da Eucaristia celebrados com as palavras e os elementos usados por Jesus Cristo na última ceia; e
  4. O Episcopado Histórico, como símbolo da unidade Cristã.

A diferença substancial da Comunhão Anglicana Independente Mundial em relação à Comunhão Anglicana de Cantuária vem das questões surgidas no interior desta última quanto à questão do liberalismo versus ortodoxia e do modernismo versus Tradição, a partir da década de 1990. Assim, historicamente, decorre do fracionamento havido no Anglicanismo, fenômeno este existente em todos os ramos do cristianismo provenientes da Reforma Protestante do séulo XVI.

Notas e Referências

  1. History of The Anglican Independent Communion - http://www.anglo-tradicional.org/indexPrincipal.asp?CodID=13 Arquivado em 3 de setembro de 2009, no Wayback Machine.
  2. Províncias Eclesiásticas AICW - http://theaicw.webs.com/ecclesiasticalprovinces.htm Arquivado em 30 de dezembro de 2010, no Wayback Machine.
  3. CAIRNS, E. E. O Cristianismo através dos séculos: Uma história da Igreja Cristã. 2ª Ed. São Paulo: Vida Nova Editora, 1995. Pgs.278s
  4. Nota: The "Quadrilateral" immediately following was adopted at the 1888 Lambeth Conference. It was based on a declaration of the House of Bishops of the Protestant Episcopal Church issued in Chicago in 1886. The full text of the earlier Chicago declaration follows the Lambeth resolution - http://www.acahome.org/tac/index.htm Arquivado em 5 de janeiro de 2010, no Wayback Machine.

Ligações externas

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