Conservatório Nacional de Lisboa: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Pintopc (discussão | contribs)
Linha 63: Linha 63:


Este projecto não foi concretizado, e um ano mais tarde foi criado (decreto de 5 de Maio de 1835), o Conservatório de Música como anexo à [[Casa Pia]], sob direcção do próprio [[João Domingos Bomtempo]].
Este projecto não foi concretizado, e um ano mais tarde foi criado (decreto de 5 de Maio de 1835), o Conservatório de Música como anexo à [[Casa Pia]], sob direcção do próprio [[João Domingos Bomtempo]].
Catia santos cobra 10 á hora


==Ligações==
==Ligações==

Revisão das 12h06min de 4 de abril de 2013

Conservatório Nacional.
Diário do Governo de 17 de Novembro de 1836.

O Conservatório Nacional é uma escola superior pública para o ensino das artes, que inclui a Escola de Música do Conservatório Nacional e a Escola de Dança do Conservatório Nacional. Conservatório (do latim: conservatoriu), é um estabelecimento dedicado ao ensino da música, canto e matérias relacionadas. O primeiro conservatório foi fundado em 1537 em Nápoles pelo padre espanhol José Tapia; chamado Santa Maria de Loreto e tinha por objectivo dar instrução às crianças órfãs, incluindo também a prática da música.[1]

História

O Conservatório Geral de Arte Dramática foi fundado em 1836 por Decreto da rainha D. Maria II de Portugal, no âmbito de um plano para a fundação e organização de um Teatro Nacional proposto por João Baptista de Almeida Garrett. Este estava então dividido numa Escola Dramática ou de Declamação, numa Escola de Música e numa Escola de Dança, Mímica e Ginástica Especial.

Incorporou-se neste estabelecimento o Conservatório de Música, criado na Casa Pia por Decreto de 1835.

Em reformas posteriores, o nome do Conservatório foi alterado para Conservatório Real de Lisboa e o da Escola Dramática ou de Declamação para Escola de Arte de Representar, já depois da implantação da República, quando o Conservatório passou a ser designado por Conservatório Nacional.

Por Decreto de 4 de Julho de 1914 foi concedida, pela primeira vez, à Escola de Arte de Representar autonomia administrativa.

Nesta Escola foi criado, por Decreto de 19 de Maio de 1914, o curso de cenografia e decoração teatral (cujo ensino seria ministrado no salão grande de pintura do Teatro Nacional Almeida Garrett, o qual, considerado como dependência da Escola de Arte de Representar” ficava “exclusivamente destinado ao serviço e oficinas do respectivo professor”) e, por Decreto de 6 de Agosto de 1914, o curso de indumentária prática teatral.

Toda esta tradição foi sendo mantida e desenvolvida nas reformas posteriores do ensino da área do Teatro e transparece hoje nos cursos ministrados na Escola Superior de Teatro e Cinema.

No que ao Cinema se refere, o respectivo curso só foi introduzido no Conservatório Nacional, como experiência pedagógica, a partir de 1971, no âmbito do processo de reforma empreendido por Madalena Perdigão, sendo ministro José Veiga Simão.

Foi então criada a Escola Piloto para a Formação de Profissionais de Cinema, cujo curso se iniciou em 1973 e teve, desde o princípio, a preocupação de aliar à transmissão de conhecimentos técnicos inerentes à prática das profissões do Cinema uma vertente mais artística.

O curso que a Escola Superior de Teatro e Cinema hoje ministra é ainda o resultado de uma evolução radicada naquele primeiro curso de cinema que, aliás, foi pioneiro no ensino superior público português.

A Escola Superior de Teatro e Cinema

Edifício da Escola Superior de Teatro e Cinema.
Grande Auditório da Escola Superior de Teatro e Cinema.

Pelo Decreto do Governo n.º 46/85, de 22 de Novembro, a Escola Superior de Teatro e Cinema que até então funcionara sob a dependência da Direcção-Geral do Ensino Superior e fora dirigida desde 1983 por uma Comissão Instaladora composta pelos professores Jorge Listopad, como presidente, e José Bogalheiro, como vogal, é integrada no Instituto Politécnico de Lisboa, estabelecimento de ensino superior politécnico público criado pelo Decreto–Lei nº 513-T/79, de 26 de Dezembro.

A Escola Superior de Teatro e Cinema passou, assim, a constituir uma unidade orgânica do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL) e manteve-se em regime de instalação, sob a direcção da referida comissão instaladora, até à publicação dos seus Estatutos no Diário da República, 2ª série, n.º 15, de 18 de Janeiro de 1995.

A construção na Amadora, dentro da zona da grande Lisboa, de um edifício de raiz para a Escola Superior de Teatro e Cinema, o primeiro destinado a uma escola de ensino superior artístico em Portugal, permitiu, finalmente, a transferência em 1998 das suas actividades do velho edifício do Convento dos Caetanos em Lisboa, onde Almeida Garrett instalara com carácter provisório em 1836 o Conservatório Geral de Arte Dramática, para umas instalações modernas, dotadas de espaços lectivos adequados, de estúdios, de salas de espectáculos e de visionamento, de biblioteca e refeitório que possibilitam as melhores condições de trabalho para os alunos que a frequentam.

A estrutura bi-departamental da Escola, resultante da herança histórica das pré-existentes escolas de Teatro e de Cinema do Conservatório Nacional, levou a que os seus Departamentos sejam dotados de alguma autonomia pedagógico - científica interna, consagrada estatutariamente.

A Escola Superior de Teatro e Cinema tem vindo a afirmar-se, nacional e internacionalmente, como uma Escola de referência nos seus domínios, integrada em importantes organizações internacionais quer do âmbito do Teatro, como o ITI - International Theatre Institut, quer do âmbito do Cinema, como o CILECT – Centre International de Liaison des Écoles de Cinéma et Télévision, quer no das Artes em geral, caso da ELIA – European League of Institutes of Arts.

Esta preocupação pela internacionalização fez também com que a Escola reforçasse a sua participação activa em programas de intercâmbio de discentes e docentes com Escolas estrangeiras, no âmbito de programas específicos como o Sócrates/Erasmus e o Leonardo Da Vinci, bem como através de programas bi-laterais com Universidades da América Latina (Brasil, Argentina, México).

A Escola de Música do Conservatório Nacional

A Escola de Música do Conservatório Nacional é uma das escolas que compõem o Conservatório Nacional.

A criação de um Conservatório para o ensino da música em Lisboa é fortemente devida ao compositor português João Domingos Bomtempo (1775-1842), que era igualmente um pedagogo de reconhecido mérito. Quando regressou a Portugal (1834), Bomtempo pôs em prática a reforma do ensino musical em Portugal, com base nos contactos que foi fazendo no estrangeiro e com a observação das respectivas reformas de ensino musical, tanto em França como na Inglaterra.

O projecto inicial surgido aquando da criação de um Conservatório de Música seguia o modelo da escola de música parisiense. Foi em Junho de 1834 e era proposto um plano ambicioso com 18 professores e 16 disciplinas, a saber:

Este projecto não foi concretizado, e um ano mais tarde foi criado (decreto de 5 de Maio de 1835), o Conservatório de Música como anexo à Casa Pia, sob direcção do próprio João Domingos Bomtempo. Catia santos cobra 10 á hora

Ligações

Referências